quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Esfriando a cabeça lá no Bar do Chopp!!!

É meus amigos! De repente, me veio à mente lembranças dos meus bons tempos de universitário. Lá atrás, na década de 70, quando após uma aula ou uma prova de Resistência dos Materiais, com o famoso Professor Cabús, íamos esfriar a cabeça no Bar do Chopp e tomar uma cerveja bem gelada. "Mofada" ou "véu de noiva", era como chamávamos na época, a cerveja bem gelada que quando retirada daquelas geladeiras que mais pareciam frigoríficos, formava aquela camada branca de gelo na garrafa. O Bar do Chope era um dos "Points" mais frequentados no Centro de Maceió na nossa época e ficava localizado na Rua do Imperador, em frente a Igreja do Livramento.
Na foto abaixo, retirada do Google, temos a antiga Praça Dona Rosa da Fonseca onde funcionava o Bar do Chopp. Lamentavelmente nem o Bar e principalmente a Praça já não existem mais. Uma prova incontestável da incompetência da maioria dos nossos políticos e autoridades do nosso estado. A foto é muito antiga, mas a Praça nos anos 70 era muito parecida com a da foto. O Bar funcionava no imóvel do lado direito da foto.  Aquelas portas davam acesso ao Bar. Existiam também várias mesas espalhadas na Praça e era onde sempre costumávamos ficar olhando o movimento das "cocotas" que por ali passavam. O Bar era o reduto da boemia e muito frequentado pelas pessoas, que na sua grande maioria, trabalhavam no comércio. Tinha determinadas horas que era comum ver pessoas de mais idade lendo um jornal ou folheando uma revista tomando um chope ou uma cerveja, na maior tranquilidade. Muitas vezes se viam também grupo de pessoas que simplesmente ali se reuniam para tomar um café expresso, fumar um cigarro e discutir política e futebol.


A cerveja tinha que ser a antártica e da cidade do Cabo/PE, muito consumida na época, pelo seu excelente e inconfundível sabor(fabricada com água de excelente qualidade de uma fonte existente no Município) e sempre acompanhada de um delicioso e famoso tira-gosto de tripa de porco bem frita e crocante com limão. Era excelente! Tinha também um outro tira-gosto, muito bem lembrado pelo meu amigo Equinho que era o ovo cozido com casca, na água com colorau. O interessante era que, com o colorau na água, após o cozimento do ovo, a sua casca ficava com a cor do colorau. Avermelhada, chamando atenção dos consumidores. Esse tira-gosto era muito comum e ficava exposto nos fiteiros existentes nos balcões dos bares daquela época, assim como o torresmo e muitos outros. Claro que existiam muito mais tira-gostos, mas como éramos estudantes, esses eram os mais solicitados por serem mais baratos e quebravam tranquilamente o galho.
Segundo o Érico, meu amigo de infância, colega de faculdade e que sempre estava esfriando a cabeça no Bar do Chopp, certa vez, numa dessas idas ao Bar com o Missinho, outro amigo de infância, os dois devoraram nada menos do que dez ovos cozidos, cada um. Agora imaginem só a quantidade de cerveja que tomaram e o efeito colateral depois da digestão!!! Eita tempo bom!
Passávamos horas e mais horas tomando cerveja e conversando. Os assuntos eram os mais diversos possíveis que ia desde as matérias que estávamos estudando, futebol, festas, etc, etc... de vez em quando saía uma fofoca que era de lei! Mas, com certeza, o assunto mais comentado era sobre as "cocotas"! Nesse tema éramos mestres! Saía de tudo! Tudo e mais alguma! Sem contar com os olhos atentos nas que por ali passavam.
Ficávamos tão entretidos com o papo que quando nos dávamos conta, tínhamos tomado mais de uma caixa de cerveja e traçado vários pratos de tira-gostos. Agora quer ver confusão! Era na hora de pagar a conta! Meu amigo! Haja choro e discussão para saber quem tinha bebido o que e quem tinha comido o que! PQP! Tinha aquele que cobrava até os centavos. Por sinal muito valorizado na época.
Lamentavelmente o que era bom acabou, ficando apenas as boas recordações. 

Nicolau Cavalcanti em 28/08/2013

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