terça-feira, 27 de novembro de 2012

O Baú do Nicolau tem de tudo: olha só o que encontrei dentro dele!!!

Gente! "Futucando" o meu Baú, mas lá no fundo mesmo, fiquei impressionado o que ainda tinha guardado nele! Olha! Muitas coisas boas ainda existem! Pra começar achei um vídeo cassete, da marca Philips daqueles de quatro cabeças, novinho e era o "top de linha", na época. Por curiosidade liguei o aparelho e pra minha surpresa, não é que ele ainda deu seu ar da graça? Na foto abaixo, o meu vídeo cassete da marca Philips. Apesar do tempo que passou guardado estava com uma ótima aparência.

Não chegou a funcionar, conforme já citei acima mas, pelo tempo que passou parado ainda acendeu o seu painel. Acredito com uma boa limpeza e uma revisão bem feita por um técnico em eletrônica, vai deixar ele funcionando bem. Encontrei também muitas fitas de vídeo cassete VHS, na sua maioria gravadas, acredito eu, com fatos da época. Com certeza deve ter várias com documentários dos Beatles passados na época por alguma emissora de TV. Eu sempre gostava gravar alguns programas "Globo de Ouro", exibido pela rede Globo, nos anos 80. Tem varias fitas VHS com filmes e documentários. Muitas compradas já gravadas. Na foto abaixo, detalhes das várias marcas de fita VHS, como também algumas gravadas e outra gravadas por mim. Maravilha!

Estava pensando em levar todas elas para alguém que saiba testar e, se ainda estiverem e boas condições, pagarei então para grava-las em DVD. Creio que vou encontrar muitas surpresas nessas fitas. Tem inclusive uma delas que está gravada uma viagem que fizemos até Fortaleza de carro no ano de 1993. Eu, Fatima e nossas filhas, o Bazileu, colega da TELASA e familia e o nosso amigo Alirio, da CEAL e suas filhas. Nossas filhas eram bem pequenas. Acredito que a mais nova, devia ter uns três anos. Foi realmente uma viagem maravilhosa! Acredito que também tinham mais fitas VHS de outras viagens que fizemos na época. Estou ancioso para ver o que realmente tem gravado nelas e se vai ser possível recuperar as essas gravações. Encontrei também muitas fitas cassetes, daquelas que tocavam em gravadores e toca-fitas e que, se podia gravar e reproduzir músicas em toca-fitas de carros ou então em toca-fitas portáteis e também em vários equipamentos de som. Aliás, até hoje todos os equipamentos de som ainda tem toca-fitas. Na foto abaixo! várias fitas cassetes que tenho e que foram gravadas por mim ou adquiridas já gravadas. No lado esquerdo da foto, algumas das várias marcas que existiam no mercado.

Tinham equipamentos de som que vinham com dois toca-fitas. Podíamos tocar em um dos toca-fitas e gravar no outro a mesma música ou então gravar em alta velocidade numa fita virgem, o que tinha gravado em outra fita colocada em um desses dois toca-Fitas. Eu tinha um desses mas, infelizmente não guardei, até porque ainda hoje existem mini e micro sistema de som e nele ainda vem o tocador e gravador de fita cassete. Eu tenho um bem simples da Philco. O bom era quando essas fitas cassetes enganchavam enquanto estavam sendo reproduzidas e quando tirávamos elas do toca-fitas, ela estava totalmente embolada e fora da sua capa de proteção. Para voltarmos a fita para sua posição original, isto é, para dentro da capa, utilizávamos uma caneta BIC que encaixava certinho nos furos que faziam a fita rodar e tocar quando colocada no toca-fita. Na foto abaixo o meu mini sistem, onde posso tocar CD, Pendrive e fita cassete.

Eu tinha ou melhor, tenho ainda uma caixa própria para guardar essas fitas cassetes e que sempre andava no porta-luvas do meu carro, para curtir enquanto dirigia ou quando estava parado em algum lugar. Muitas vezes parava o carro em um barzinho, abria as portas do meu carro, ligava o som e, tome música e cerveja! Era bom demais! Sempre fazia essas aventuras com o meu cunhado Sergio e o meu amigo Joel. Muitas vezes entrávamos de noite à dentro e só parávamos quando a cerveja não entrava mais. Bons tempos aqueles! Muitas pessoas sempre perguntavam onde Eu tinha comprado aquelas fitas. Na foto abaixo, a minha caixa de fitas, que sempre levava no meu carro. Tem vários estilos de música: Brega, Roberto Carlos, Beatles, Creedence e muitos outros. Eram seleções das melhores músicas desses cantores e conjuntos da época.

Como já falei, tinham fitas que eu mesmo gravava e muitas outras que já comprava gravadas em lojas do ramo, existentes em Maceió. A Eletrodisco, o Cantinho da Música e a Aky Discos, eram lojas bem conhecidas aqui em Maceió e tinham uma infinidade de opções de cantores e conjuntos que faziam sucesso na época. Só gravava quem tinha muita paciência para escolher músicas por música em vários LP's, colocar aqueles "bolachões" no toca-disco e depois ter a sorte de colocar a agulha do braço do toca-disco entre uma música e ligar o gravador para conseguir gravar a faixa escolhida, de modo que o início da gravação coincidisse com o início da música escolhida. Fiz muito isso! Eu achava arretado! Fazia com o maior prazer pois, sempre fui apaixonado por música. Na foto abaixo detalhes da minha caixa de fita cassete.

Com certeza, vou escolher as melhores fitas VHS como também algumas fitas cassete e guarda-las para mostrar para os meus netinhos como era na nossa época para conseguirmos curtir um som legal. Tentarei guardar também o Videocassete para também mostrar para todos aqueles que não alcançaram essa maravilhosa época e então poder ver e conhecer esses equipamentos de última geração da nossa geração. Tenho também uma fita cassete que ganhei há mais de 15 anos, quando era gerente da Divisão de Operações na TELASA. Guardei essa fita porque, além de ter sido presente de minha amiga Carla Coelho que, juntamente com sua mãe Sonia Lopes, trabalhavam comigo na DIOP. Criaturas maravilhosas e muito competentes. Somos fãs incondicionais dos Beatles e isso não podemos negar. Essa fita tinha sido gravada com músicas dos quatro cabeludos de Liverpool, depois que eles se separaram e estavam seguindo as suas carreiras solos. As músicas escolhidas, eram as melhores dos quatros cabeludos. Essa fita cassete tinha até um título, colocado por ela: "FAB FOUR IN SOLO". Essa fita tinha sucessos tais como: Stand by my, Jealous Guy, My sweet Lord, It don't come easy, Tomorrow, Wild life... Na foto abaixo, detalhe da fita cassete que ganhei da Carla Coelho. Excelente! Essa também fazia parte da minha caixa de fitas cassetes e sempre que podia, estava curtindo essa maravilhosa fita.

Tenho também uma outra fita cassete, dentre as muitas que guardei e que essa, Eu guardo com muito carinho e com muito cuidado, pois se trata de uma fita cassete onde tem gravada a voz linda e meiga da minha primeira filha Paulinha ainda muito novinha. Acredito que ainda não tinha os seus 2 anos. Foi por volta do ano de 1985. Essa fita cassete, tem mais de 20 anos e ainda toca. Coloquei ela para tocar no meu mini sistem e ela funcionou muito bem! Pela voz da Paulinha, creio que na realidade ela não tinha nem dois anos. Nem falava direito. Tem também várias músicas que Eu gravei, a voz da Maria, nossa secretária e que cuidava com muito carinho e responsabilidade da Paulinha. Anos atrás, casou e nos deixou e foi morar o seu esposo Herculano aqui mesmo em Maceió. Estou guardando essa fita também para mostrar para toda minha família num momento especial. Vou pagar para alguém gravar todo o conteúdo dessa fita num CD. Na foto abaixo a foto da fita cassete com a voz da minha filha.

Nessa fita tem com certeza, a minha voz fazendo muitas palhaçadas e era a alegria da minha filhinha Paula, que morria de rir! Gostava muito de fazer essa brincadeira para passar o meu tempo e principalmente o da minha filhinha Paula. Gravava tudo isso com rádio e toca-fita da marca SEMP - Toshiba, que tinha em casa emprestado pela minha irmã Rubia. Com a invenção do CD e do DVD, tudo isso ficou obsoleto como esses já estão ficando. As tecnologias de mídias mecânicas já estão com os dias contados. Hoje os chamados "pendrives", acumulam uma quantidade incontáveis de músicas. Por exemplo: tenho um pendrive onde tenho armazenado mais de mil músicas e um HD externos de 500 GB com mais de 35.200 músicas que ganhei do meu amigo Francisco, pai do meu genro Davi. Na foto abaixo temos as novas mídias utilizadas para gravação de músicas e filmes. São vários: CD's, DVD's, Pendrives e HD's e muito mais, cuja capacidade de armazenamento varia de 1 GB à 2 TB e até muito mais.

Se fizermos um simples cálculo e pegarmos essa quantidade imensurável de músicas e multiplicarmos por uma média de três minutos, tempo médio por músicas, vamos obter 105.600 minutos. Se dividirmos esse número por sessenta minutos, o que corresponde a uma hora, vamos ter 1760 horas e, se dividirmos esse resultado por 24, vamos ter de passar mais de 73 dias diretos sem fazermos nada, mas nada mesmo, só curtindo todas as 35.200 músicas, inclusive sem dormir. Na foto abaixo temos as novas mídias utilizadas para gravação de músicas e filmes. CD's, HD externo, pendrives de várias capacidades de armazenamento. Hoje já temos pendrives com capacidade de armazenamento de 250 GB. Os HD's chegam a 2 TB ou mais. É muita tecnologia para minha cabeça que se perde e se curva diante de tudo isso. Não sei o que os nossos netos e bisnetos irão alcançar, mas com certeza irão se espantar como nós ficamos boquiabertos com tudo isso que acontece hoje no mundo.

Nicolau Cavalcanti em 27/11/2012

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Churrascaria Centenário: "Eu e meu amigo Petrúcio! A saideira com certeza era lá!!!"

Eu e meu amigo Petrúcio Veras, sempre que podíamos estávamos juntos tomando um cervejinha bem geladinha, acompanhada de um bom tira-gosto e para completar, um bom papo. Fazíamos isso começando sempre na Venda do Seu Luiz, localizada na esquina da Avenida Siqueira Campos com a Praça do Pirulito, no Centro, depois íamos para a Macarronada Alvorada, que existia na esquina da Avenida Siqueira Campos com a Praça Afrânio Jorge, no Prado e quando dava na "veneta" e a conversa estava muito boa, íamos tomar a saideira e terminar a nossa conversa, na Churrascaria Centenário, que ficava localizada na Avenida Tomás Espíndola, de frente a Praça do Centenário, e se não estou enganado, praticamente com a esquina da Rua Dom Vital, do Farol.
Gostávamos muito de lá, por ser um ambiente tranquilo e sem muito barulho. Era um espaço amplo, tendo inclusive uma boa vista para a Praça do Centenário e da Avenida Tomás Espíndola. Também tinha um outro motivo! O meu amigo Petrúcio Veras morava com seu pai e suas irmãs, num antigo casarão em frente a Praça do Centenário, no lado oposto da Churrascaria Centenário, na Avenida Moreira e Silva, avenida de acesso ao centro da Cidade de Maceió. Claro! Íamos sempre no meu fusquinha amarelo, ano 72, bom todo!
Na realidade Eu e o meu grande amigo Petrúcio Veras na época tínhamos namoradas e o nosso papo, entre outros vários assuntos, normalmente versava sobre namoro. Eram namoros que, com certeza caminhavam a passos largos para um casamentos. Pelo menos o meu! A conversa era muito interessante mas, muitas vezes, se tornava repetitiva e até um pouco massante, em função de cada um de nós dois termos opiniões diferentes sobre esse e da maioria dos assuntos levantados durante o tempo em que permanecíamos conversando e nos divertindo. O Petrúcio era um cara mais velho do que eu e a sua forma de ver, entender e encarar as coisa era totalmente diferente da minha e porque não dizer, da nossa turma. Nossas conversas sempre geravam polêmicas, mas não ao ponto de abalar nossa sólida amizade. Muitas vezes dávamos um tempo, tomávamos um bom gole de cerveja, beliscávamos um pouco do tira-gosto, mudávamos de assunto e pronto!
Seu Luiz fechava a Venda, impreterivelmente às 22 horas. Horário britânico! Não tinha quem fizesse ele fechar a Venda mais tarde. Aliás! Ele começava avisar e recolher as garrafas, muito antes. Isso acontecia inclusive nas sextas-feiras, quando a maioria da turma estava lá reunida.
Acredito que frequentamos essa Churrascaria, no final dos anos 70. A cerveja estava sempre gelada e o tira-gosto normalmente era linguiça assada na brasa, acompanhada de farofa e vinagrete. O Garçon passava de mesa em mesa com aquele espeto cheio dessas linguiças oferendo aos clientes. Era bom demais! Às vezes a conversa se prolongava e só saíamos na poeira. Era um tal de pedir a saideira! Muitas das vezes,  o garçom chegava informando que a Churrascaria ia fechar e já vinha com a conta na mão. Sem opção e não tendo pra onde correr, terminávamos a cerveja e o tira-gosto, pagávamos a conta, aliás! Rachávamos a conta e partíamos.
Eu deixava o Petrúcio em sua casa e quando ainda estava com sede, passava pela Macarronada Alvorada e se ainda tivesse alguém conhecido, parava e ainda tomava uma geladinha, muitas das vezes apostando na "porrinha". Era realmente uma época maravilhosa! Meu compromisso nessa época era estudar, estagiar, namorar e perturbar na Esquina de Dona Amélia junto com a minha turma de infância. Tempo bom e que não volta jamais, mas que continua vivo e, muito vivo em nossas mentes. Essa história escrevi mais para lembrar dessa Churrascaria que ficou em minha memória.

Nicolau Cavalcanti em 26/112012

domingo, 25 de novembro de 2012

Bar do Valter: "Doutor! O seu pitu está reservado e está do jeito que o Senhor gosta: muito gordo e recheado de coral!!!"

Quase todas as sextas-feiras à noite quando era solteiro mas já namorava firme a minha esposa Fatima, tínhamos de assinar o ponto no Bar do Valter, na Massagueira, um Povoado pertencente ao Município de Marechal Deodoro, distante 12 km de Maceió. Acredito que nos meados dos anos 70. Saíamos no nosso fusquinha amarelo 72 ansiosos para tomar uma cerveja bem gelada, conversarmos e degustarmos vários tipos de tira-gostos servidos no Bar do Valter. O pitu era um deles. Algumas vazes levávamos a nossas amiga e depois comadre Saletinha, uma colega de trabalho e cúmplice do nosso namoro, como também a Loló, nossa amiga da Rua Piauí, rua onde a Fatima morava, na época. Na foto abaixo, o pitu cru, acabado de ser retirado do covo.

O Bar o Valter foi praticamente um dos primeiros a se instalar na Massagueira. Quando chegávamos a Massagueira, a entrada sempre foi a mesma. Quando chegávamos a beira da lagoa, não existia aquele bar que hoje fica de frente para a lagoa e se, não me engano é o "Recanto da Lagoa", nem tampouco o Bar do Renato, o primeiro do lado direito. Pegávamos a esquerda e o primeiro bar, se não estou enganado era o Bar do Valter. O Bar ficava de frente a lagoa Mundaú e se não estou enganado, ficava onde hoje é o Bar e Restaurante "Camarão Pirata", que por sinal é um excelente local. Sempre que posso estou por lá com minha família, saboreando os seus deliciosos pratos. 
O Bar do Valter tinha uma grande área coberta com várias mesas e no lado direito de quem entrava no Bar ficava a cozinha, os WC's e a administração. Ficava na beira da lagoa e tínhamos um visão privilegiada da lagoa Mundaú. À noite, o ambiente tinha pouca iluminação e sempre foi um local tranquilo. Nos finais de semana era bastante procurado pela turma jovem e de casais de namorados que gostavam de namorar tomando uma cervejinha e degustando os deliciosos tira-gostos oferecidos no cardápio, como era o nosso caso. Muitas famílias inteiras também se reuniam para curtir o local e também para saborearem os deliciosos pratos, na sua maioria de frutos da lagoa e do mar.
Em dias de lua cheia, não perdíamos uma noite! Era maravilhoso ver a  lua refletindo seus raios e sua forma nas águas da lagoa Mundaú, como também clareando o céu em sua volta e mostrando aquela grande silhueta das copas dos coqueirais que margeiam todo o outro lado da lagoa, formando com isso, um maravilhoso e indescritível visual.
Gostávamos do Bar do Valter não só por tudo que já escrevi acima, mas também pelo pela excelente figura humana do seu dono, o Seu Valter. Pessoa maravilhosa! Nunca fui no Bar do Valter sem que ele pelo menos uma vez, não fosse à nossa mesa para nos cumprimentar e para saber se tudo estava certo. Se a cerveja estava gelada e se os tira-gostos estavam do nosso agrado. Não tínhamos do que reclamar! Quando tinha um tempinho à mais, até sentava ao nosso lado na nossa mesa para prosar um pouco. Gostávamos muito da sua conversa.
Os tira-gostos além variados, eram deliciosos. Tinha o guaiamum cevado, o siri de coral, o filé de siri, o maçunim, caldinhos dos mais variados, sem contar com os pratos para refeição. A peixada, a camarãozada, a pituzada... eram deliciosos!  Porém tinha um tira-gosto que dava água na boca só em ver o seu nome estampado no cardápio. Era o pitu cozinhado na água, sal, coentro e cebolinha! O pitu, crustáceo encontrado na época em grande quantidade nas nossas Lagoa, pescados de forma artesanal com Armadilhas chamadas de "covos", confeccionadas artesanalmente pelos nativos. Lá no Bar do Valter, era comum ter no cardápio esse maravilhoso tira-gosto aguardando pelos insaciáveis amantes do crustáceo. Eu e a Fatima adorávamos o pitu! Na foto abaixo, os "covos" utilizados para a pesca do pitu.

Eu e a Fatima éramos dessas pessoas apaixonados por esse prato. Ele preparando na água e sal, como já citei anteriormente, era como nós gostávamos. Acompanhado de cerveja bem geladinha, Era de lascar! Esquecíamos do tempo! O pitu ensopado no coco era mais servido para refeição. E que refeição! Vinha acompanhado do pirão de farinha de mandioca e arroz branco.
Fizemos uma grande amizade com o Seu Valter e toda vez que chegávamos no bar, ele já se aproximava dizendo: "amigos, tudo bem? Hoje tem pitu e está muito bom! Do jeito que vocês gostam"! Era cada pitu que muitos deles mediam mais de um palmo. Aí não tinha graça! começávamos com o pitu e depois comíamos o que a barriga aguentasse. Na foto abaixo, o pitu cozinhado na água e sal pronto para ser degustado. Irresistível!

Um fato muito interessante aconteceu comigo e a Fatima numa dessas idas e vindas para o Bar do Valter. Estávamos como sempre, curtindo mais uma noitada maravilhosa e degustando aqueles maravilhosos tira-gostos. Não tínhamos pressa! Terminada a nossa farra, já bem tarde da noite, pagamos a conta, agradecemos o nosso amigo Valter e avisando que estaríamos de volta na semana seguinte, partimos. Ele como sempre fazia, agradeceu garantindo mais pitu ovado para nós, e sempre dos mais graúdos!
Hoje o pitu é um prato raro nos cardápios de bares e restaurante e quando se encontra é vendido à preço de ouro. Não sei se aqui em Maceió, existe algum restaurante que o famoso crustáceo conste no cardápio. Em alguns Municípios ribeirinhos ainda se encontra esse delicioso prato. Em Penedo, Município a mais de de 200 km de Maceió, ainda se encontra o pitu para se comprar e também para "traçar". Em Atalaia também existe um restaurante que  é muito famoso pela pituzada lá servida. Na foto abaixo, o pitu ensopado no coco. Com arroz, pirão de farinha de mandioca e um bom molho de pimenta, lambia-se até o prato! Delicioso!

Sim! Voltando aos entretantos! Saímos do bar no nosso fusquinha amarelo 72 em direção à Maceió e, não tínhamos percorrido 200 metros, quando percebi que um dos pneus estava baixo. Desci do carro e pra minha preocupação vi que realmente o pneu dianteiro direito estava furado. Pelo adiantado da hora, tinha de me virar sozinho. Pedi a Fatima para descer do carro, abri o "bocão" do fusquinha e retirei quase tudo de necessário para troca do pneu. Para minha surpresa, por mais que procurasse, não estava encontrando o danado do macaco. Não tinha como resolver aquele problema sozinho e nem tampouco com a Fatima.
Há uns 100 metros de onde parei o carro, tinha uma turma de nativos participando de um farra. Foi então que pensei! Vou chamar meus amigos daquela turminha ali para me ajudar e em troca daria uma grana para que eles continuassem bebendo pelo resto da noite. Não deu outra!  Fui Até eles, e pra minha alegria toparam na hora. Foi uma alegria geral e passamos a trabalhar na operação "troca pneu sem macaco". Tiramos a calota, daquela de ferro, em forma de cuia e niquelada, folgamos os 5 parafusos que prendiam jante, exatamente 5 parafusos. Depois levantamos o coitado do fusquinha no "muque", daí terminamos de retirar os parafusos, trocamos o pneu furado pelo o estepe, colocamos de volta os 5 parafusos, baixamos o fusquinha, reapertamos os parafusos e pronto! Tudo isso foi realizado com o lado do fusquinha levantado pelos nativos. Respirei fundo e tranquilo. Graças à Deus, tinha dado tudo certo. Os nativos ficaram tão empolgados com o trabalho que  até bateram palmas. Claro! no meio deles alguns já tinham tomado umas boas doses. Agradeci bastante a ajuda que nos deram e conforme tinha prometido, dei uma boa gorjeta para os meus amigos e eles muito satisfeitos também agradeceram bastante! Depois de todo esse trabalho, digno de uma equipe de fórmula 1, voltamos tranquilos para Maceió. Na foto abaixo Eu e meu fusquinha. Tinha muito cuidado com ele! Era um alisado danado! A Fatima dizia que eu gostava mais do meu fusquinha do que dela!

Confesso sinceramente, que não me lembro por quanto tempo, o Bar do nosso amigo Valter funcionou. Só sei que  fez muita falta quando acabou. E que falta viu!
Me lembro que há muitos anos atrás, estava andando no Centro de Maceió, quando de repente, vejo aquela figura simples, cruzando a calçada à minha frente. Parei e sem pestanejar falei: Seu Valter, o fazes por aqui, meu amigo? Ele acredito que, lembrando de mim, alegre e surpreso, por ter sido reconhecido, me cumprimentou e falou que estava dando um passeio em Maceió e aproveitando para resolver algumas pendências. Disse também que tinha vendido o Bar pois, apesar de ser uma boa fonte de renda, dava muito trabalho e que já não tinha mais idade nem paciência para administrar aquele tipo de negócio. Continuava trabalhando por conta própria, mas no ramo de corretor, negociando imóveis e terrenos, lá mesmo, na Massagueira.
Foi realmente uma pena que aquele Bar tenha acabado. Ficaram apenas as maravilhosas lembranças que me inspiraram a escrever essas poucas mas muito sinceras linhas, sobre o Bar e principalmente da maravilhosa criatura que era o nosso amigo VALTER!!!

Obs: Fotos copiadas do Google.

Nicolau Cavalcanti em 25/11/2012

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Será que essas situações acontecem com todos nós, pobres mortais???

Sabe gente! Quando inventei de listar algumas situações bizarras que, quer queira ou não, acontecem a todo instante com todos nós mortais, não tinha a intenção de certa forma, de criar polêmica, mas sim, fazer com que as pessoas que por um acaso, tivessem a coragem de pelo menos iniciar a leitura desse artigo, parassem e refletissem sobre se estão ou não, enquadradas em pelo menos um dos vários itens listados abaixo. Quando li alguns desses questionamentos para minha querida, amada e compreensível esposa, quase morri com o susto que levei, com a reação dela! "Como é Nicolau, que nessa altura do campeonato, você me vem com essas aberrações e ainda está querendo publicar isso no seu Blog! Me diga uma coisa com toda sinceridade! Você está querendo o que, com isso? Aparecer? Então porque não raspa a cabeça e pinta ela de vermelho?". Eu ainda assustado, retruquei! Se tivesse de raspar e pintar a cabeça, pitava era de azul, a cor do meu time do coração, o CSA!
Eu até esperava de minha esposa uma reação, porém não como aquela. Mesmo assim não baixei a cabeça! Gostei bastante da sua reação e, pensei: "se ela reagiu desse jeito, imagina quando divulgar no meu Blog. Com certeza, isso vai causar, o que espero que cause, indignação, raiva e até nojo! Mas é fato! Todos que não compartilham desses meus questionamentos, com certeza, tem culpa no cartório! Será que sou Eu, o único errado nesse mundo a escrever de tantas aberrações?
Então vamos lá! Será mesmo que isso nunca aconteceu com você? 

- Limpar ou lavar os olhos com o óculos no rosto!
- Vestir a camisa pelo avesso!
- Olhar no espelho, fazer uma careta e rir sozinho!
- Soltar um peido ou uma bufa no banheiro e rir sozinho!
- Peidar, na baixa, andando dentro de um ambiente público qualquer e rir!
- Olhar uma criatura gostosa na sua frente e imaginar ela totalmente pelada!
- Coçar ou passar a mão ou até mesmo um dedo nas partes íntimas e depois cheirar! Eu tenho inclusive, um amigo cujo apelido é "cheira pinta". Porque eu não sei!
- Falar com alguém achando que é uma pessoa conhecida!
- Esse é só para os homem: cortar os pelos do saco com uma tesoura e dar uma beliscada no coitado! Ai como dói!!!
- Colocar um determinado item do supermercado no carrinho de outra pessoa!
- Pegar o carrinho de uma outra pessoa em um supermercado!
- Dar uma bela de uma cagada e ao limpar  o"foreves", o papel higiênico furar! PQP! Que azar!
- Falar com alguém distraidamente pedindo opinião ou mostrando um determinado produto no supermercado ou em outra qualquer loja de departamento e quando cai na real, está falando com a pessoa errada!
- Tirar uma "catota", fazer aquela tradicional bolinha e depois olhar prum lado e pro outro e colar essa besteirinha na parte de baixo da mesa ou da cadeira, num local público!
- Olhar discretamente para o bumbum de uma gostosa que atravessa o seu caminho!
- Olhar discretamente para um lance de calcinha de uma gostosa distraída. Na minha época de adolescente, isso se chamava de "quique"! Não sei se escreve desse jeito.
- Vestir a cueca pelo avesso!
- Vestir a cueca no lado errado: a frente virada para trás!
- Soltar uma "bufa" e sujar a cueca/calcinha de merda!
- Esquecer de colocar açucar no café!
- Escarrar e engolir o catarro!
- Ficar na dúvida: será que fiz? E fazer novamente aquilo que já tinha feito!
- Ejacular dormindo! Sonhando é claro!
- Entrar no banheiro ou em outro aposento qualquer, apagar a luz acesa, pensando que estava acendendo!
- De vez em quando, ser surpreendido falando ou gesticulando sozinho, em local público!
- Está fazendo cocô, e quando o "dito cujo" cai, respiga pelo menos uma gotinha d'água no "arengueiro"!
- Tomar banho e lavar o "arengueiro", sempre depois de uma bela "cacada"!
- Palitar os dentes e comer o resto de comida retirada deles!
- Cutucar os ouvidos com os dedos e depois cheirar!
- Peidar enrolado da cabeça aos pés, na cama e, ficar cheirando! Aquele lençol "abafa peido" é o ideal!
- Passar a mão na axila suada e depois tomar aquele porre!
- cheirar a meia suja retirada do pé ou mesmo o tênis!
- Está tomando banho de mar, quando de repente é surpreendido com um baita de um "tolete" boiando na sua cara!...

Bem! Vou parar por aqui pois se tivesse de escrever tudo sobre esse tema, com certeza, passaria o resto da vida escrevendo sobre esse interessante e bizarro assunto. Prometo que atualizarei sempre que me lembrar de alguma nova situação.
Peço inclusive para os assíduos leitores desse Blog, que se lembrarem de alguma situação embaraçosa, que coloque no espaço reservado para comentários, na parte debaixo do artigo e assinem como anônimo, que eu incluirei nesse artigo. Não tenham vergonha de enviar. Garanto sigilo total sobre o nome de quem me enviou.

Nicolau Cavalcanti em 21/11/2012

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Nós da era analógica e eles da era digital! Quanta diferença!!!

Sinto muita saudade da minha maravilhosa infância! Lembranças que sobrevivem até hoje na minha não tão boa memória e a cada instante, seja observando uma criança brincando e até mesmo acompanhando o crescimento da minha netinha, isso me empolga! Não só pelo que hoje vejo, mas sim, pelo que realmente vi e vivi quando era criança. Me faz voltar no tempo e relembrar das inocentes brincadeiras, onde passávamos horas e horas brincando sem nos darmos conta nem nos preocuparmos de que tudo aquilo tinha, não digo uma data, mas sim, um período de tempo e que, passado esse tempo, só iríamos ter de nos contentar com as doces e magníficas lembranças. E que lembranças! Não sei se todas essas crianças e jovens de hoje passaram por essa inesquecível fase da vida. Acredito que não. Claro! Tiveram a sua infância mas, não como a nossa! Recheada de aventuras e de brincadeiras que, só nós, os mais antigos, tivemos o privilégio de viver e hoje só podermos recordar!
As crianças e os jovens de hoje, nasceram em berço esplendido! Já nasceram no mínimo, com um celular na mão. Os jogos já não são os mesmos de antigamente. São todos na sua maioria, jogados nas telinhas dessas modernas máquinas. O computador, o notebook, o tablet, o celular e muito outros equipamentos, fazem parte, não só da nossa vida, mas também do cotidiano de todas as crianças e jovens de hoje.
Esse tal mundo totalmente globalizado, digitalizado, cibernético, desumano que a cada dia subtrai das mentes dessas criaturas, o sentimento de viver juntos em família e transformam todas elas, em verdadeiros robôs que se deixam dominar por todas essas máquinas, que ao invés de ajudarem na formação intelectual e educacional, serve simplesmente apenas para corroer e acabar com essas mentes já totalmente sem os neurônios do bem. Mas do bem, no sentido de viver a vida dentro de um mundo real e fora desse mundo digital. Sabemos que isso é praticamente impossível. Acredito que essa situação, deveria ser feita de forma balanceada para que a moeda tenha realmente as suas duas faces.
Tiro pela minha querida netinha que, enquanto não tomou conhecimento dessas pequenas "armadilhas", que para a grande maioria das pessoas, tornam a vida mais fácil, curtia a vida numa boa brincando de boneca e de outras brincadeiras próprias da sua idade. Isso num pequeno intervalo da sua infância. Depois que começou a entender o que é celular, etc e tal, a coisa desandou. Hoje passa praticamente as horas vagas, com um iPad no colo, assistindo desenhos animados ou então jogando. O mais impressionante é o seu domínio sobre essas máquinas. Nós pais, avós e familiares, temos uma grande parcela de culpa pois, incentivamos e ficamos até boquiabertos com a sua performance no domínio e no manuseio dessas pequenas máquinas.
Até nós adultos, pela facilidade que temos para resolver coisas que antes só era possível resolver, indo ao local, hoje, com apenas um toque numa determinada tecla, resolvemos tudo. Estamos também, pouco a pouco, entrando na era digital.
E aí meus amigos! O que vai ser do nós velhos saudosistas, acostumados a caneta BIC, o lápis, das máquinas de datilografias Olivetti e da máquina de calcular, que no início dos anos 70 foi a grande "coqueluche" em termos de tecnologia. Ainda me lembro daquelas "bolachonas" da marca TEXAS... Na minha época, na Escola de Engenharia, começamos com a régua de cálculo. Os projetos arquitetônicos eram feitos numa prancheta, utilizando-se uma régua "T", esquadros, transferidor... Hoje temos aí o Auto Cad, e vários outros programas que faz tudo isso e muito mais coisas. Bota coisas nisso!
Aos trancos e barrancos, nós saudosistas, terminamos, mesmo que não queiramos, aceitar e entrar nesse mundo virtual pois, não podemos negar que hoje temos o mundo todo em nossas mãos. Aliás! Na telinha do nosso computador, notebook, iPad, celular... E tantos outros.

Nicolau Cavalcanti em 19/11/2012

domingo, 18 de novembro de 2012

O dia que desligaram a minha tomada! Faltou energia no meu cérebro. Não gravei nada!!!


Estava eu e minha esposa Fatima pela segunda vez em Salvador, no Hospital Sarah Kubitschek, onde fui chamado para me submeter ao tratamento das sequelas deixadas pelo AVC, do qual fui vítima. Isso aconteceu depois de ter esperado aproximadamente 10 meses, após ter sofrido o derrame.
O tratamento vinha se desenvolvendo de forma normal e a previsão era para ficar internado no mínimo por 30 dias. Próximo de completar os 30 dias internado, fiz vários exames para checar se as minhas taxas estavam dentro das faixas toleráveis. Vinha fazendo um regime rigoroso mas os exames eram necessários para que pudesse receber alta. Em exames realizados antes mesmo de ter o AVC, o exame de PSA, que mostra alterações na próstata, já vinha dando resultados acima do valor considerado normal. Nesse último exame realizado o PSA mantinha um pequena alteração para mais com relação aos meus últimos exames. Com isso a equipe médica que me acompanhava, resolveu prolongar por mais 30 dias o meu tratamento voltado para as sequelas do AVC e durante esse período, passaria a tomar um antibiótico para próstata para ver se essa alteração no valor do PSA, era em função de alguma inflamação.
Durante esse período passei exatamente como escrevi anteriormente fazendo fisioterapia e o tratamento com antibiótico para próstata. Faltando uma semana para receber alta, tudo estava muito bem. Vinha a cada dia, melhorando bastante das limitações causadas pelas sequelas deixadas pelo AVC. Pra falar a verdade, estava até começando a sentir saudades de tudo dali. Da equipe médica, da turma de enfermeiras, dos amigos que ali fizemos e de todos demais funcionários do hospital. Éramos tratados como Reis e Rainhas! Todos que ali se encontravam internados.
Num certo dia, normal como todos os outros, me acordei muito bem, disposto e fiz todas as tarefas do dia, numa boa. À noite, tomei o meu café, como de costume no horário de sempre, joguei dominó com a turma da nossa enfermaria e depois, eu e Fatima ficamos acordados, assistimos o Jornal Nacional e depois a novela e logo após fomos dormir. Ela dormia em um alojamento para acompanhantes, próximo a enfermaria onde eu ficava. Me ajeitei na cama, rezei pedindo à Deus para cuidar e proteger toda nossa família e fiquei deitado esperando o sono chegar.
Bem! Me apaguei e para meu espanto, fui acordado por uma das enfermeiras, acredito a que estava de plantão à noite, olhando para me e perguntando: "tudo bem com o Senhor, Seu Nicolau?" Eu, ainda um pouco sonolento, disse que sim mas sem saber onde estava. Fiquei assustado e não conseguia saber nem onde estava, nem o que tinha acontecido comigo. Olhei para o lado da cama e tinham alguns equipamentos de monitoramento ligados ao meu corpo. A enfermeira olhando para mim, mais uma vez perguntou: sabe quem eu sou? E Eu abanei a cabeça negativamente. Então ela me disse, eu sou a enfermeira fulana de tal! Eu continuava sem entender. Então ela me falou: "vem aí uma pessoa que você gosta muito!" Então apareceu uma pessoa, mais precisamente uma mulher e a enfermeira perguntou: "sabe quem essa aí?" Eu disse que não sabia. Ela então riu e me disse: "não está reconhecendo sua esposa Fatima! Seu Nicolau?" A Fatima se aproximou de mim e disse: "sou eu Nicolau!"
A enfermeira então disse: Nicolau! Você teve uma convulsão que durou aproximadamente 5 minutos, às duas e meia na manhã dessa madrugada. Você foi então transferido para a enfermaria 3, onde colocamos esses equipamentos para monitorar a pressão e a sua freqüência cardíaca. Enquanto ela falava Eu ia tomando pé das coisas e a minha memória estava voltando ao normal. A enfermeira me tranquilizando, disse que essa perda momentânea de memória, após uma convulsão era normal e que estava tudo bem comigo. Até brincou, perguntando se o que tenho entre as pernas é de ouro! Eu então disse que não tinha entendido. Então ela explicou: "quando você teve a convulsão você mijou na cama e nós enfermeiras tivemos que fazer a higiene no seu corpo e você não queria deixar! Claro que você não mijou e nem queria deixar a gente fazer a higiene no seu corpo, porque quis! Eram movimentos e reações sem nenhum controle da sua mente."
Enquanto ela continuava contando tudo que havia acontecido naquela noite, comecei a recuperar aos poucos a memória. Consegui reconhecer minha esposa, a enfermaria 3 e também a enfermeira que estava de plantão e que tinha me socorrido. Ela continuou contando como tudo aconteceu. Perguntei então como ela soube que eu tinha sofrido a convulsão. Ela então explicou que estava tudo correndo bem no seu plantão quando o alerta disparou informando que algum paciente na enfermaria 2 estava precisando de ajuda. Ao chegar na na enfermaria 2, a luz da cama do nosso amigo João estava acesa. Antes que ela chegasse na cama do João, ele já foi falando com um ar de preocupação: "o Nicolau está tendo alguma coisa!". Quando cheguei na sua cama, você estava se debatendo e já, todo mijado. Ela disse então que pelo meu quadro, que eu estava tendo uma convulsão. Me colocou imediatamente numa posição mais confortável e aguardou que convulsão passasse para proceder todas as providências. A convulsão passou e aí então ela já tinha acionado o médico de plantão e mais colegas para auxilia-lá. Depois que a convulsão passou ela disse que me chamou por várias vezes mas que eu falava coisa por coisa, embora tudo estava bem comigo. Me lembro que vagamente ouvia vozes, mas não sabia identificar de que era e de onde vinha.
Fui muito bem acompanhado durante a última semana que fiquei internado e passei a tomar diariamente um remédio que a princípio, evitaria que eu tivesse mais convulsões. tomo até hoje um remédio similar.
Enfim, terminou o meu tratamento e, voltei para Maceió, pedindo a Deus que me livrasse de ter mais convulsões.

Nicolau Cavalcanti em 18/11/2012 

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

A nossa secretária Quitéria, muito assustada gritou: "Arrocha Seu Descolau!!! E caiu na gargalhada!!!

Já casado e com a família crescendo, minha esposa Fatima resolveu contratar mais uma pessoa para ajudar a Maria, uma secretária que já tínhamos em nossa casa e apesar de ser uma excelente profissional não estava dando conta do serviço pois, tinha nascido a nossa segunda filha e com certeza tínhamos de ter mais uma secretária para dividir as tarefas diárias, que não eram poucas. A Maria era de União dos Palmares, um município a 80 km de Maceió e morava num sítio na zona rural do Município e nunca tinha trabalhado como doméstica, mas se adaptou rapidamente ao trabalho. Também pudera! A minha Sogra foi a professora E deixou a Maria "craque"!
Nessa época morávamos na Rua Campos Teixeira, no Conjunto Jardim Tropical, no quarto andar do Edifício Anturius, no bairro da Pajuçara. Como estávamos procurando alguém para auxiliar a Maria, nada melhor do saber dela conhecia alguém para ser sua companheira de trabalho, lá onde sua família morava. Ela prontamente respondeu que tinham várias pessoas que gostariam de trabalhar em Maceió, mas que ia escolher uma que gostasse realmente de trabalhar pois, muitas queriam apenas conhecer a cidade e principalmente ver e tomar banho de mar. De quinze em quinze dias a Maria tinha um fim de semana de folga e sempre viajava para visitar a família, cujas despesas eram todas por nossa conta. Foi numa dessas idas e vindas que ela trouxe a Quitéria. Uma criatura nova, de cabelos duros, enrolados e bem curtinho, mas pelo seu porte físico e pela disposição e alegria, acreditamos que a Maria tinha acertado em cheio. Era realmente uma pessoa muito alegre porém muito inocente. Já veio de lá com o apelido de "coquinho". Segundo a Maria esse seu apelido era porque a Quitéria tinha a cabeça bem redonda e seus cabelos curtos e enrolados que sempre estavam assanhados. Sua cabeça por ser redonda, parecia realmente um coco depois de retirada a casca. Era verdade mesmo!
Apesar das suas qualidades, era uma criatura praticamente analfabeta e falava muito errado. Mas, mesmo assim, achamos não ser motivo de preocupação. Sempre que podíamos, lhe orientava e corrigia algumas palavras e até frases, falada por ela. O engraçado era que ela só me chamava de Seu Descolau, mesmo tendo lhe ensinado como falar corretamente o meu nome Nicolau, só me chamava de Seu Descolau! Não tive jeito!
A matutinha se adaptou rapidamente ao trabalho e com a nossa família. Gostava muito das nossas crianças. Deixávamos as duas totalmente a vontade e isso ajudou bastante, principalmente à Quitéria, que era recém chegada.
O nosso apartamento tinha apenas dois banheiro, um social que era utilizado pela nossa família e um outro na área de serviço que era utilizado pelas nossas secretárias.
O nosso banheiro tinha a sua ventilação, voltada para a área de serviço. Um retângulo de 0,20x1,00 m, na altura de mais ou menos 2,10m. Era um local inconveniente para a ventilação, mas infelizmente não se tinha outra opção pois, fazia parte do projeto do edifício. Tudo que se fizesse no banheiro, dependendo da altura, se ouvia tudinho na área de serviço.
Pois bem! Certa vez, estava Eu no banheiro, bem à vontade, sentado no trono, sério que nem um "porco mijando", quando sem querer, deixei escapar um baita de um peido. Daqueles de estremecer todo o banheiro. Confesso que foi daqueles que não se pega nem pelo rabo, de tão rápido como escapou. O fedor era insuportável. Mais parecia uma mistura de enxofre, gás butano e outros gazes não identificados cuja mistura engarrafada poderia ser utilizado como arma letal. Foi quando, de repente, sem que nem pra que, ouvi a voz da Quitéria gritando, sem nenhum constrangimento, como se estivesse lá na roça: "arrocha Seu Descolau! Arrocha Seu Descolau!", E depois ouvi dela uma longa e estridente gaitada vinda da área de serviço. Eu não me contive e, também caí na gargalhada. Ri pra me acabar! A Fatima ouvindo toda aquela algazarra, correu para ver o que estava acontecendo. A nossa secretária "coquinho", ainda rindo, contou tudo para ela, tim tim, por tim tim!
Depois que passou aquele momento de pura histeria. Parei e pensei: Ora bolas! Será que fiz alguma coisa diferente ou errada? Será que só eu tenho "cu"? Será que ninguém, nunca passou por uma situação constrangedora, como essa? Será que ninguém soltou um "porrote" ou nenhuma "bufa", sem querer? Estou pagando pra ver! Já dizia o verso de um autor desconhecido mas, com muita propriedade e profundidade:

Peida Eu e peida tu,
Peida todos que tem cu,
Peida o Rei e peida o Papa,
De peidar ninguém escapa...

Meu Avô também já dizia: "o peido é um mal inquilino! Não cumpriu o contrato! Rua!!!

Essa história, por incrível que pareça e para meu azar, foi parar exatamente na boca do "Bocão", nosso amigo Osman Ramires, que com a sua boca avantajada, também nunca foi de guardar segredo. Logo essa história se espalhou de tal forma, que toda a TELASA estava sabendo dessa bizarra e engraçada história.
Bem! O tempo passou e eu não tinha como tornar pública essa história, já que na época não tínhamos toda essa gama de tecnologia às nossas mãos, para que todos os mortais que tem abaixo do osso do "mucumbu", esse orifício, que muitos utilizam de forma errada mas que, esse danado desse orifício, nas suas horas de lazer, exatamente nas horas em que mais sofremos, gosta muito de fazer imitações, como é o caso: imitar a "vuvuzela", aquela gaita africana, muito tocada em uma das Copas.
Vou ter de parar por aqui pois, sem que, nem pra que, a barriga começou a dá sinais de que algo de errado está para acontecer. Ainda bem que já não moro mais no mesmo apartamento e a nossa secretária Quitéria, infelizmente já não está mais com a gente. Arrumou um matuto, casou e vive feliz em algum lugar da nossa Alagoas, com uma ruma de filhos. Fui!!!

Nicolau Cavalcanti em 15/11/2012

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

O Cantinho do Galo: "Pense num Barzinho legal!!!"

Quem não lembra do "Cantinho do Galo? Pois é era um Barzinho muito badalado na época e era frequentado pela turma jovem nos anos 70. Funcionava na Rua Desembargador Almeida Guimarães, no Bairro da Pajuçara. Nas sextas-feiras e nos sábados à noite era uma das diversas opções que se tinha para curtir o fim de semana junto aos amigos. Ao se entrar no Bar, no lado direito tinha uma área descoberta com muitas mesas e, era o local preferido da turma jovem. Aliás! Era o Bar propriamente dito. No lado esquerdo tinha uma estrutura onde funcionava a cozinha, com duas grandes janelas, para o lado da área descoberta onde eram servidos os pedidos dos clientes, os WC's e a administração do Bar.
O Bar tinha um famoso tira-gosto dentre os vários que ali eram servidos, como também um "rango", muito delicioso e degustados pelos frequentadores depois de tomarem todas. Servia para forrar a "pança". Confesso que não me lembro do nome do tira-gosto nem tão pouco do "rango", mas confesso que experimentei dos dois. Aliás! Sempre que íamos lá pedíamos os dois.
Baixava muito por lá com o meus amigos Mário Veiga, o Zezinho e o Carlinhos Matasma. Todos fãs de carteirinha dos Beatles. O meu amigo Mário Veiga que lamentavelmente já faleceu, na época, como nós, era estudante universitário. Quando alguém passava no vestibular, tinha de comprar um "kit do fera", onde normalmente vinha uma bolsa de plástico na cor que representava o curso, uma boina, na mesma cor da bolsa, com o nome do curso estampado na parte lateral e uma camisa branca, onde tinha estampada a frase "FERA", com o ano e também com o escudo que representava o curso.
Pois bem! O nosso amigo "Ciro", como era chamado o Mário Veiga, pra todo canto que ia levava a tal bolsa debaixo do braço, principalmente quando íamos para o "Cantinho do Galo". O nosso amigo Mário Veiga tinha nesse caso, realmente um motivo, que para nós, era muito justo. Dentro da bolsa ele levava um gravador e toca fita portátil que na época era "coqueluche"! Levava também várias fitas cassetes com músicas dos Beatles, como também de vários conjuntos internacionais famosos na época.
Chegávamos no Bar, sentávamos em uma das mesa, pedíamos uma cerveja e ficávamos curtindo as músicas dos Beatles e outras. O gravador tocando em cima da mesa, como também algumas fitas cassetes, chamavam a atenção de muitos, principalmente das "cocotas". Às vezes o barulho das pessoas conversando era tão grande que mal dava para ouvir as músicas. Coisas de marmanjo loucos pelos Beatles! Era muito bom! era bom demais! O movimento das "cocotas" no Bar era grande. A todo instante chegava no Bar aquela turma de garotas bonitas e alegres para aproveitar a noite, com suas mini saias, melhorando bastante o visual do ambiente.
Não sei por quanto tempo durou o "Cantinho do Galo", porém desfrutamos de bons momentos naquele ambiente. Quando a turma da Esquina de Dona Amélia ia pra lá, a "zorra" era total. Ninguém segurava a nossa turma. Não perdíamos o nosso humor e nem a vontade de viver em cada minuto que tínhamos e podíamos aproveitar juntos.

Nicolau Cavalcanti em 13/11/2012

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

As nossas pedaladas de bicicleta: íamos tomar banho no Fragoso! Pense num banho maravilhoso!!!

Uma das várias e várias opções que a nossa turma tinha, para preencher o tempo, era alugar bicicletas para pedalar por aí a fora, sem rumo e sem destino, no final dos anos 60. Íamos para qualquer lugar. Eram vários amigos, que se aventuravam nesses passeios. Muitos sem saber se quer pedalar direito. Saíamos por aí fazendo barbeiragem pelas ruas de Maceió. Era o meu caso. Outros muito afoitos, se arriscavam bastante com os piques apostando corrida com os demais ou então fazendo piruetas pelas ruas. Nessa época, o trânsito era uma maravilha. Andava-se sem essa preocupação de hoje em dia. Mesmo assim já existiam barbeiros nos volantes.
Na época, alugava-se bicicletas por um determinado tempo e o mínimo de tempo era o mínimo de dinheiro que se tinha na mão. Na Rua Dona Rosa da Fonseca, no Centro, tinha uma pessoa que ganhava alguns trocados alugando. As "magrelas", faziam jus a apelido. Era uma mais derrubada do que a outra. Muitas soltavam a corrente, outras tinham os pneus tão carecas, que se passasse por cima de uma "tóia" de cigarro acessa, corria o risco de estourar. Os freios! Meus Deus do céu! Muitas vezes tínhamos de dar "cavalo de pau" para brecar. Éramos verdadeiros loucos e corajosos para enfrentar essas emocionantes aventuras. 
Saíamos pedalando pelas ruas do Centro de Maceió, pela orla e quando tínhamos alguns trocados a mais, partíamos rumo ao Bairro de Bebedouro. Cada um que fizesse suas barbeiragens, sem ter medo de nada. Não tinha buraco, calçada ou qualquer outro obstáculo que nós não ultrapassássemos. Era "fé em Deus e pé na tábua!". Era aquele bando de "não faz nada", procurando aventura para diminuir a grande quantidade de adrenalina acumulada e que nos deixava sempre muito inquietos. Gostávamos muito de ir ao famoso Banho do Fragoso, no Bairro de Bebedouro. O banho era maravilho. A água era corrente de um rio que não me lembro o nome, que represada abastecia uma piscina criando esse excelente banho. Não me lembro realmente do endereço do Banho do Fragoso, só sei que sempre chegávamos lá.
Depois de pedalarmos por um bom tempo, chegávamos então ao Banho do Fragoso. Se não estou enganado, entrava-se por uma entrada lateral da casa onde morava os Fragosos e chegávamos a uma área de mata. Era um local muito bonito e, que dali, já se ouvia o zum zum zum e a gritaria das pessoas tomando banho na grande piscina, que ficava no meio de uma mata virgem. No local, vários grupos de pessoas se aglomeravam na grama, acredito que eram famílias ou amigos como nós, que aproveitavam a ocasião para usufruir daquele magnífico visual e conversar "miolo de pote" e de tomar banho de piscina. Quando a turma entrava na piscina, era aquele barulho infernal de mãos e pernas batendo e se debatendo na água, como também de gritos e risadas que a turma empolgada soltava. Quem não gostava, muitas vezes, era o o velho Fragoso.
De olho na hora para devolvermos as bicicletas, ficávamos até os últimos minutos e quando percebíamos que já estava na hora de voltar a tempo de devolvermos as bicicletas, sem ter que pagar nada a mais, pelo aluguel, então saíamos feito um bando de loucos, pegávamos as bicicletas e voltávamos voando para a esquina de Dona Amélia. Lá chegando, fazíamos uma rápida revisão para ver se tudo estava em ordem com as "magrelas", e se alguma coisa estava diferente. Qualquer peça quebrada ou danificada, tínhamos que pagar. Se acontecia, de alguma sair errada, então combinávamos para que todos afirmássemos que o problema já existia desde quando alugamos as bicicletas. Afinal de contas, eram bicicletas velhas e muito rodadas. Então íamos todos juntos, devolver as ditas cujas. Como era bom! Íamos para vários lugares, mas o melhor era realmente o Banho do Fragoso e a zona que se fazia.
Escrevi essas mal traçadas linhas, mas confesso para todos que fui buscar essas informações no fundo do baú da minha memória. Posso até ter errado na descrição desse inesquecível banho, mas com certeza existiu e tomamos muito banho por lá.

Nicolau Cavalcanti em 12/11/2012

domingo, 11 de novembro de 2012

Bar Senzala: "pense num bar escondidinho! Só chegava lá quem tinha o mapa da mina!!!"

Funcionava próximo a lagoa Mundaú, depois da Praça Pingo D’água, no Bairro do Trapiche da Barra, seguindo pela estrada de acesso ao Pontal da Barra, nos anos anos 70. Depois de um determinado ponto, entrava-se à direita e pegava-se uma estrada de barro muito estreita entre os coqueirais e árvores nativas existentes. Essa estrada dava acesso para vários sítios que ali existiam. inclusive existia um deles, que todos os sábados tinha um famoso "racha", jogo de futebol e que, algumas vezes a nossa turma participou, pois conhecíamos os filhos do proprietário.
Seguindo em frente na direção da lagoa, chegava-se ao Bar. Era um local muito isolado, mas muito legal e chegou a ser muito frequentado na época. No meio de diversos pés de coqueiros existiam diversas palhoças onde a turma se acomodava e fazia a festa. Cada palhoça tinha um ponto de luz que era de fato a iluminação do local. Os bancos eram de tábuas fixas em toras de coqueiros. O estacionamento era embaixo dos coqueiros e corria-se o risco do veículo ser atingido por um coco secos, mas isso era o de menos. Sempre conseguíamos um lugar entre um coqueiro e outro, livre dos cocos. Se não estou enganado, existia uma casa que servia de apoio para o Bar, onde funcionava a cozinha, os WC's e a administração do Bar. Devo ter ido por lá algumas poucas vezes. Eu, Fatima que na época era minha namorada e alguns casais conhecidos. Certa vez tinha terminado de assistir o filme "O império dos sentidos", no Cine Lux, uma produção franco-japonesa e que deu muito que falar na época, quado encontramos um casal conhecido e fomos tomar uma gelada, comer um bom tira-gosto, típico do local e bater aquele papo. Apesar do local ser isolado, gostava de frequentar o Bar Senzala. Nas noites de lua cheia, tinha algo mais para se apreciar. Se não estou enganado esse Bar, não vingou e logo, lamentavelmente, acabou.

Nicolau Cavalcanti em 11/11/2012

sábado, 10 de novembro de 2012

Bar do Piaba: "ou melhor! Bar Fundo de Quintal!!!"

Funcionava no quintal da casa da mãe do Piaba(Ademir), um nos nossos amigos da turma, na Avenida Siqueira Campos, próximo a antiga CILA - Companhia Industrializadora do Leite de Alagoas, fábrica de beneficiamento de leite, na época. Era realmente um Bar totalmente ,improvisado onde se utilizava praticamente toda a estrutura da casa para o Bar, a cozinha, o sanitário, parte da sala e o quintal eram utilizados tanto para as pessoas que frequentavam o bar, como pelos familiares do Piabinha. Era um bar onde só freqüentavam pessoas conhecidas e amigas do Piaba e de sua família. O nome correto para o Bar deveria ter sido “fundo de quintal”. Fui poucas vezes, mas tive a sorte de tomar uma cervejinha bem geladinha e comer um baita de um prato de feijoada como tira-gosto. Aliás! Falando de tira-gostos, a Mãe do Piaba era a cozinheira e uma cozinheira, diga-se de passagem, de mão cheia! A feijoada era deliciosa! Nas tardes de sábado sempre tinha uma roda de samba, com pessoas da nossa turma e pessoas conhecidas do Piaba, regada a cerveja bem gelada e tira-gostos dos mais variados, preparados como sempre, pela mãe do Piabinha. O nosso amigo Bebeu era frequentador assíduo do Bar. A família do Piaba, era muito legal! Só de ter a paciência de aturar um bando de bêbados e o barulho das batucadas ou principalmente nos finais das farras, onde só para pagar a conta era uma verdadeira confusão, até se chegar ao valor exato que cada qual iria pagar. Mas tudo isso fazia parte das nossas saudáveis brincadeiras. O Bar, creio que durou muito pouco tempo. Mas, foi muito bom enquanto funcionou. Tudo que aconteceu na época e conseguia juntar a nossa turma era sempre bom! O Piabinha continua aquele mesmo cara alegre e brincalhão de sempre. Agora é metido a político.

Nicolau Cavalcanti em 10/11/2012

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

O Boteco do Nicolau: "Festa dos meus 60 anos! Pense numa festa de arromba!

Inicio com essa foto ao lado que mostra o quanto a festa dos meus 60 anos foi realmente bem bolada. e tudo isso, graças as idéias da minha esposa Fatima e das minhas três filhas. essa foto mostra apenas o detalhe do convite: um CD com 150 "cavernosas" músicas da minha época. Ficou realmente e simplesmente maravilhoso!
Passou rapidinho a data dos meus 60 anos. Comemoramos como uma data normal. Um bolo à noite, com a família e pronto. Mas sentia no ar, algo diferente com relação aos movimentos e a forma de se comportar tanto da minha esposa Fatima, como das minhas duas filhas, já que a terceira tinha vindo de Campinas no fim de semana anterior ao meu aniversario, matar a saudade da gente e, trouxe até um belo presente de aniversario para mim. Passou o fim de semana junto com a família e voltou no domingo pela manhã. Deu os meus parabéns e um forte abraço e lamentou não poder ficar para comemorar os meus 60 anos. Lamentei muito, mas também, era por motivo justo: trabalho! Na foto abaixo, Eu e Fatima chegando na festa. Eu já estava emocionado e querendo chorar.

Depois do meu aniversário, como já falei, o movimento lá em casa aumentou e comecei a ficar de orelhas em pé. Relembrei à todas o aviso que tinha dado para as quatro alguns dias antes do meu aniversário: "Não gostaria que fizessem nenhum tipo de festa". Na quinta-feira depois do meu aniversário, uma grande surpresa: minha filha que tinha viajado no domingo, estava de volta inclusive com o seu noivo o Davi. No mesmo dia, sem que nem pra que, chega a Maceió, um grande amigo meu, direto de Araxá em Minas para me visitar. Olha! Achei muito estranho a chegada desse meu amigo. Comecei a pensar que de fato, estavam tramando alguma coisa para mim. Na foto abaixo, a decoração da entrada do Boteco.

Depois de tanto reclamar e pedir por várias vezes, uma explicação plausível sobre tudo aquilo que vinha acontecendo, minha esposa Fatima, resolveu então abrir o jogo e dizer que de fato estava preparando uma festa, mas coisa muito simples e que não havia motivos para eu ficar preocupado. Seria na sexta-feira às 20:00 horas, mas o local, era segredo e só na hora Eu iria saber. Comecei a pensar besteiras e rezar pedindo à Deus para que a sexta-feira chegasse logo para me livrar desse compromisso. Sempre fui assim! Não por elas, mas sim por eu ser uma pessoa muito ansiosa e, só bastava um surpresa dessa, pra me deixar doido. Na foto abaixo, detalhe de um radiola com vários discos de vinil, do meu cunhado Sergio.

Enfim o grande dia chegou. Fui o primeiro a botar a "beca". Estava pronto esperando quatro mulheres e uma criança, trocarem de roupa e, também botarem suas "becas". Às 20:00 horas eu já pronto, conforme acertado. O tempo passava e eu mais ansioso ficava. Saímos de casa quase às 21:00 horas e, pelo que eu sabendo, todos os convidados já estavam no salão, só aguardando a nossa família chegar. Até aí, tudo bem!
Chegamos ao local e eu já imaginava onde era. A nossa amiga e vizinha Joelma, proprietária do salão, estava nos aguardando na entrada e pediu que estacionasse o nosso carro no estacionamento no interior da casa. Fizemos de acordo com o solicitado e quando descemos  do carro, começou então as grandes emoções! E que emoções! Na foto abaixo detalhe da mesa de aperitivos e tira-gostos só para aguardentes.

Apareceu em nossa frente um cinegrafista com um baita de um holofote e uma câmera filmando Eu e a Fatima enquanto adentrávamos ao salão. Eu, como sempre, nervoso perguntei: Fatima, pra que essa coisa toda? E já imaginava o que ia me acontecer dali por diante. Na entrada do salão tinha uma mesa enfeitada com uma série de objetos, como se fosse uma entrada de um Boteco. Ao lado da mesa tinha uma radiola original mas funcionando, do meu cunhado Sergio, com vários disco de vinil da época da Jovem Guarda, espalhados sobre ela. Uma brasa mora! O salão estava decorado também com vários discos de vinil pendurados no teto e alguns nas paredes, etc, etc. A decoração estava simples mas, muito bonita. Na foto abaixo, detalhes do bolo. Tudo a ver comigo! Além de muito bonito estava também muito gostoso! Delicioso!

Enquanto entrávamos no salão, além do cinegrafista que filmava os mínimos detalhes, começaram a aparecer muitas pessoas conhecidas, inclusive muitas que não via há um bom tempo, querendo me abraçar e desejar um feliz aniversário. Mas não eram poucas não! Era muita gente!
Quando parei e observei aquela quantidade de amigos, todos de pé, me aguardando, realmente não me contive e comecei a chorar. Mas, chorar mesmo e me tremia da cabeça aos pés. Estava muito emocionado e estava vendo a hora de não conseguir ficar de pé. Me segurei na Fatima e, olhando para ela perguntei: "você está querendo me matar, minha esposa?", ela rindo me disse: "isso é só o começo, marido!".
Praticamente todos os colegas da Oi estavam lá. Os colegas que trabalhavam na TELASA, também estavam bem representados e nos prestigiando. Os meus amigos de infância, e que amigos! Na sua maioria estavam presentes. Até o Petrúcio Veras! meu amigo Petrucio, que dificilmente participa dos nossos encontros, também estava por lá. A minha amiga Lourdinha, também compareceu. Todos os meus familiares como também o de Fatima estavam todos presentes na festa. Dona Odete, minha querida sogra e sua irmã Odila. Era pura emoção! E ainda, segundo a minha esposa Fatima, faltou muita gente. A família de nossos amigos Francisco e Valéria, pais do Davi, meu querido genro, também marcaram presença. Assim como Seu Joaquim e Dona Yvonete, pais da Valéria. seu irmão Daniel e sua esposa Marta também foram nos prestigiar. Na foto abaixo, detalhe da decoração.

De um lado do salão, tinha uma mesa com várias garrafas de aperitivos, e vários tipos de tira-gostos. Tinha Camarão de água doce, cozido na água e sal, tamarindo, chumbrego... Teve amigo que não arredou o pé da mesa. O "Pintinho", foi um deles! Eu andei por lá, apenas para comer os tira-gostos e acompanhar os amigos que lá estavam, lamentando muito, não poder acompanha-los numa "lapada"! Tiramos muitas fotos. e que fotos!
O salão estava lotando. Eram mais de 50 mesas e, apenas algumas estavam vazias. Com certeza, daqueles amigos que foram convidados e infelizmente não puderam comparecer. Todos bebendo, conversando e comendo tira-gostos, dos mais variados. Todos de boteco. Na foto abaixo, mais detalhes da decoração.

Tinha a carne do sol desfiada, língua de boi guisada, sarapatéu, caldinhos de massunin e de feijão, camarão de água doce cozido na água e sal... Tinha até café e papa de maisena! Tinha também uma estante com vários sachês de amendoim, para tira-gosto, confeito de hortelã, daqueles de antigamente, chiclete de bola e jujuba. Comida e bebida, tinha de monte, para todos os convidados e de todos os sabores.
No final do salão, um conjunto tocava sem parar músicas da Jovem Guarda. Só sucesso! Tocou do início até o final da festa. Muitos casais dançavam, inclusive eu e a Fatima. Dancei até com o meu amigo David! Um Mineiro de Araxá, que veio exclusivamente para a minha festa. Ele e a sua esposa Rosangela. Pense num casal maravilhoso! Na foto abaixo, Eu e minha maravilhosa família. Somos de fato uma família muito feliz!

Claro que o Geraldo e o Equinho, não poderiam deixar de dar o seu show à parte e dançaram até twist! Muito bem por sinal! Eu não parava. Ia de mesa em mesa, conversar e agradecer a presença dos convidados, tirando fotografias e filmando aqueles momentos que, com certeza, irão ficar documentados para o resto da minha vida, da minha família e de todos os amigos que lá compareceram. Apesar do meu esforço, ainda assim, não consegui registrar em fotos, presença de vários casais e pessoas amigas. Claro! Apareceram em diversas fotos mas, não comigo. Eu gostaria de aproveitar essas "maus traçadas traçadas linhas", para pedir desculpas a essas pessoas que infelizmente não conseguir documentar as suas presenças junto a mim. Na foto abaixo, Eu, Fatima e a turma do Porto de Maceió. Aliás! Turma maravilhosa!

Todos os convidados eram só elogios com relação a festa. Tudo isso não seria possível se não fosse planejado e organizado pela minha esposa Fatima. Segundo ela, desde fevereiro começou os preparativos e assim mesmo não tinha saído como ela queria. Pra mim foi nota 1000! O convite foi realmente de uma criatividade maravilhosa! Fiquei impressionado quando vi. Eu confesso à vocês que não teria cabeça para criar um convite tão bem bolado. E se tivesse, não tinha como colocar essa criatividade em prática e deixar tudo pronto e confeccionado no seus mínimos detalhes. Na foto abaixo, Eu e os meus grandes amigos de infância. Que maravilha!

Um CD com mais de 150 músicas, todas da Jovem Guarda e sucessos internacionais dos anos 60,70 e 80. Só música de "primeira"! O CD era a cópia de um LP. Com faixas, e até o selo da gravadora. A capa, de um lado tinha detalhes do Boteco e tinha também uma caricatura minha, que acharam no convite de minha formatura, do final dos anos 70.A contra capa, fotos de capas de LP's de cantores e conjuntos da época da Jovem Guarda. Ficou realmente um trabalho digno de um profissional do ramo. Só tomei conhecimento no dia da Festa. Muito bom! Perfeito! Na foto abaixo, eu e a turma da Oi. Não tinha como não me emocionar. Só tinha fera! Foi realmente um forte teste para o meu coração.

Tudo isso foi pensado e realizado pela Fatima e a Joyce, filha dos nossos amigos Joel e Neide. A impressão e montagem dos CD's, foi realizado pela empresa gráfica do irmão da Fatima. Depois de montado ficou uma "obra prima"! Confesso à todos vocês que fiquei muito emocionado e agradecido por ter a amizade e o carinho de todas as pessoas que ali compareceram e que compartilharam da nossa felicidade, não só pela data, mas também dando uma demonstração de uma grande amizade verdadeira. Um detalhe muito importante é que sou gêmeo com a minha irmã Fatima e a festa também foi realizada para ela. Na foto abaixo, eu, Fatima e o Sr. Newton e a Sra. Rita, os pais do Igor, nosso genro.

Bem! A festa continuou e a nossa turma de infância resolveu se reuniu e fomos todos pra frente do salão, onde o conjunto tocava e cantamos juntos "amigos para sempre" com a ajuda de todos os convidados. Foi uma improvisação mas, ficou muito legal, deixando muita gente emocionada. Depois, apesar de estar muito emocionado, apresentei os meus grandes amigos e agradeci a presença de todos. O Missinho, o Geraldo "Cabeção" e o Mario "Pitota", amigos meus de infância, também usaram da palavra e então paramos para deixar que a festa continuasse. Na foto abaixo, Eu, Fatima e minhas maravilhosas irmãs.

O conjunto continuou tocando, alguns casais dançando, a maioria da turma bebendo e degustando os diversos tira-gostos e, como sempre, conversando. O nosso amigo "Pintinho", empolgado com a festa, não desgrudava da mesa com aperitivo. Tomou todas! Era uma "lapada", um camarão e, estava tudo bem! E assim foi até o final da festa. Outros colegas e amigos também entraram no embalo e não tinha quem segurasse essa maravilhosa turma. Eu, daqui pra nós, morrendo de inveja, sem poder tomar nem um golinho. Era só água e refrigerante. Mas, superei a vontade e brinquei tranquilo. Na foto abaixo, Eu, Fatima e a família do Sergio, meu cunhado.

Já era perto da meia noite, quando a Fatima reuniu toda a turma para cantar os parabéns. Tinha muita gente e o local onde estava a mesa com o bolo estava repleto. Todo mundo queria participar daquele momento único. Cantamos os parabéns e, a Fatima pediu para repetir e dessa vez foi para a Fatima minha irmã. Depois, todo mundo voltou para suas mesas e a farra continuou enquanto o bolo era servido. Depois de servido o bolo, muitos amigos começaram a se despedir. Eu insistindo para todos ficassem mais um pouco, pois ainda tinha cerveja e tira-gostos bastante. Dava para várias "saideiras"! Na foto abaixo, Eu e meus grandes amigos Joel, David e meu cunhado Sergio. Amigos para sempre!
Eu, agradecendo a todos pela presença e todos elogiando e agradecendo o convite para participar daquela linda e emocionante festa. Eu só tinha que agradecer e dizer que tudo partiu da minha querida esposa e que ainda estava muito emocionado por tudo aquilo que estava acontecendo. Era um verdadeiro sonho, eu no meio de todas aquelas pessoas amigas. Todas satisfeitas! Foi maravilhoso! Jamais passou pela minha cabeça, que esse encontro fosse se realizar! Na foto abaixo, eu, Fatima, minhas filhas, nossos genros e minha linda netinha. Momentos inesquecíveis e maravilhosos, Eu vivi nessa Festa!

Gostaria de terminar essa breve descrição do que foi a minha maravilhosa festa dos meus 60 anos e confesso à vocês que passaria horas e horas para descrever o que aconteceu naquela noite e talvez não conseguisse e não tivesse palavras pra descrever na sua totalidade, todas as emoções vividas naquela noite. Só quem esteve lá, é que sabe e realmente sentiu o que se passou naquele salão e quantas emoções todos nós vivemos juntos. Creio que jamais irei esquecer da festa do "Boteco do Nicolau". Não só Eu mas, todos que nos prestigiaram com a suas ilustre presenças. Na foto abaixo, eu, Fatima, meu genro Davi e minha filha, Sr. Joaquim e Sra. Yvonete, avós do meu genro, seu filho Daniel e sua esposa Marta. Família maravilhosa!

Gostaria de agradecer no fundo do meu coração a minha querida e amada esposa Fatima que mais uma vez mostrou e demonstrou sua grande dedicação e seu grande amor por mim. Como já citei anteriormente, desde fevereiro que ela e minhas filhas trabalharam nesse maravilhoso projeto que culminou com essa Festa indescritível! Fenomenal! Meus 60 anos! O Boteco do Nicolau! o projeto ficou tão bem bolado que só senti que alguma coisa iria acontecer poucos dias, antes da Festa, quando sem querer a Fatima deixou vazar coisas que me deixaram de orelhas em pé. Na foto abaixo Eu, minha maravilhosa família, nossa amiga Joelma que nos presenteou nos cedendo o seu Salão para que a festa fosse realizada e seu filho Igor. Amigos e vizinhos maravilhosos!

Mesmo assim deixei os fatos acontecerem para ver o que iria acontecer no final. Não poderia jamais acabar com a empolgação da Fatima minha esposa. Eu notava nos seus olhos a felicidade de estar fazendo essa Festa para mim. Fui então surpreendido por essa magnífica e indescritível festa que surpreendeu e empolgou não só à mim, mas à todos que lá estiveram. Vou ter que me inspirar e pensar nos 60 anos da minha Fatima. Vou ter que buscar não sei onde, muita inspiração. Mas muita mesmo! Se ela e minhas filhas começaram no início do ano, Eu por vias das dúvidas vou começar a planejar desde já e creio que não vou e nem posso decepciona-la.

Nicolau Cavalcanti em 08/11/2012