domingo, 11 de novembro de 2012

Bar Senzala: "pense num bar escondidinho! Só chegava lá quem tinha o mapa da mina!!!"

Funcionava próximo a lagoa Mundaú, depois da Praça Pingo D’água, no Bairro do Trapiche da Barra, seguindo pela estrada de acesso ao Pontal da Barra, nos anos anos 70. Depois de um determinado ponto, entrava-se à direita e pegava-se uma estrada de barro muito estreita entre os coqueirais e árvores nativas existentes. Essa estrada dava acesso para vários sítios que ali existiam. inclusive existia um deles, que todos os sábados tinha um famoso "racha", jogo de futebol e que, algumas vezes a nossa turma participou, pois conhecíamos os filhos do proprietário.
Seguindo em frente na direção da lagoa, chegava-se ao Bar. Era um local muito isolado, mas muito legal e chegou a ser muito frequentado na época. No meio de diversos pés de coqueiros existiam diversas palhoças onde a turma se acomodava e fazia a festa. Cada palhoça tinha um ponto de luz que era de fato a iluminação do local. Os bancos eram de tábuas fixas em toras de coqueiros. O estacionamento era embaixo dos coqueiros e corria-se o risco do veículo ser atingido por um coco secos, mas isso era o de menos. Sempre conseguíamos um lugar entre um coqueiro e outro, livre dos cocos. Se não estou enganado, existia uma casa que servia de apoio para o Bar, onde funcionava a cozinha, os WC's e a administração do Bar. Devo ter ido por lá algumas poucas vezes. Eu, Fatima que na época era minha namorada e alguns casais conhecidos. Certa vez tinha terminado de assistir o filme "O império dos sentidos", no Cine Lux, uma produção franco-japonesa e que deu muito que falar na época, quado encontramos um casal conhecido e fomos tomar uma gelada, comer um bom tira-gosto, típico do local e bater aquele papo. Apesar do local ser isolado, gostava de frequentar o Bar Senzala. Nas noites de lua cheia, tinha algo mais para se apreciar. Se não estou enganado esse Bar, não vingou e logo, lamentavelmente, acabou.

Nicolau Cavalcanti em 11/11/2012

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