segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Churrascaria Centenário: "Eu e meu amigo Petrúcio! A saideira com certeza era lá!!!"

Eu e meu amigo Petrúcio Veras, sempre que podíamos estávamos juntos tomando um cervejinha bem geladinha, acompanhada de um bom tira-gosto e para completar, um bom papo. Fazíamos isso começando sempre na Venda do Seu Luiz, localizada na esquina da Avenida Siqueira Campos com a Praça do Pirulito, no Centro, depois íamos para a Macarronada Alvorada, que existia na esquina da Avenida Siqueira Campos com a Praça Afrânio Jorge, no Prado e quando dava na "veneta" e a conversa estava muito boa, íamos tomar a saideira e terminar a nossa conversa, na Churrascaria Centenário, que ficava localizada na Avenida Tomás Espíndola, de frente a Praça do Centenário, e se não estou enganado, praticamente com a esquina da Rua Dom Vital, do Farol.
Gostávamos muito de lá, por ser um ambiente tranquilo e sem muito barulho. Era um espaço amplo, tendo inclusive uma boa vista para a Praça do Centenário e da Avenida Tomás Espíndola. Também tinha um outro motivo! O meu amigo Petrúcio Veras morava com seu pai e suas irmãs, num antigo casarão em frente a Praça do Centenário, no lado oposto da Churrascaria Centenário, na Avenida Moreira e Silva, avenida de acesso ao centro da Cidade de Maceió. Claro! Íamos sempre no meu fusquinha amarelo, ano 72, bom todo!
Na realidade Eu e o meu grande amigo Petrúcio Veras na época tínhamos namoradas e o nosso papo, entre outros vários assuntos, normalmente versava sobre namoro. Eram namoros que, com certeza caminhavam a passos largos para um casamentos. Pelo menos o meu! A conversa era muito interessante mas, muitas vezes, se tornava repetitiva e até um pouco massante, em função de cada um de nós dois termos opiniões diferentes sobre esse e da maioria dos assuntos levantados durante o tempo em que permanecíamos conversando e nos divertindo. O Petrúcio era um cara mais velho do que eu e a sua forma de ver, entender e encarar as coisa era totalmente diferente da minha e porque não dizer, da nossa turma. Nossas conversas sempre geravam polêmicas, mas não ao ponto de abalar nossa sólida amizade. Muitas vezes dávamos um tempo, tomávamos um bom gole de cerveja, beliscávamos um pouco do tira-gosto, mudávamos de assunto e pronto!
Seu Luiz fechava a Venda, impreterivelmente às 22 horas. Horário britânico! Não tinha quem fizesse ele fechar a Venda mais tarde. Aliás! Ele começava avisar e recolher as garrafas, muito antes. Isso acontecia inclusive nas sextas-feiras, quando a maioria da turma estava lá reunida.
Acredito que frequentamos essa Churrascaria, no final dos anos 70. A cerveja estava sempre gelada e o tira-gosto normalmente era linguiça assada na brasa, acompanhada de farofa e vinagrete. O Garçon passava de mesa em mesa com aquele espeto cheio dessas linguiças oferendo aos clientes. Era bom demais! Às vezes a conversa se prolongava e só saíamos na poeira. Era um tal de pedir a saideira! Muitas das vezes,  o garçom chegava informando que a Churrascaria ia fechar e já vinha com a conta na mão. Sem opção e não tendo pra onde correr, terminávamos a cerveja e o tira-gosto, pagávamos a conta, aliás! Rachávamos a conta e partíamos.
Eu deixava o Petrúcio em sua casa e quando ainda estava com sede, passava pela Macarronada Alvorada e se ainda tivesse alguém conhecido, parava e ainda tomava uma geladinha, muitas das vezes apostando na "porrinha". Era realmente uma época maravilhosa! Meu compromisso nessa época era estudar, estagiar, namorar e perturbar na Esquina de Dona Amélia junto com a minha turma de infância. Tempo bom e que não volta jamais, mas que continua vivo e, muito vivo em nossas mentes. Essa história escrevi mais para lembrar dessa Churrascaria que ficou em minha memória.

Nicolau Cavalcanti em 26/112012

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