quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Cheguei aos 6.1!!! Bom demais!!!

Eita 6.1! Bem que poderia ser 1.6! 6 seria de bom tamanho! O ideal seria apenas 1.0! Mas na realidade é 6.1!!! Maravilha!!! Viver em qualquer idade é muito bom!!! É bom demais!!!
Deus! A Família! Os Amigos! Os Desafios! O ontem! O hoje! Tudo está nesses 6.1!!! O amanhã! Viverei bem vivido para depois contar!!! Meus agradecimentos a todos pelas felicitações!!!
Salve 23 de outubro de 2013!!!

Nicolau Cavalcanti em 24/10/2013

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Meu grande amigo José Palmeira. O Zé Barbeiro. Quanta saudade!!!

Resolvi escrever algumas linhas sobre o meu grande e inesquecível amigo José Palmeira, mais conhecido como Zé Barbeiro, pela grande amizade que surgiu simplesmente do nada e de repente se solidificou e durou pelo menos 35 anos. Não porque tenha frequentado a sua residência nesse período, nem tão pouco, porque tenha conhecido a sua maravilhosa família. Isso é que foi realmente lamentável. Éramos simplesmente amigos. O nosso contato era apenas nos dias em que ia cortar os meus cabelos.
A nossa amizade começou se não estou enganado, nos meados dos anos setenta, quando procurava uma nova barbearia para cortar os meus cabelos e, descobri por acaso, a Barbearia "El Saloon", Rua Cincinato Pinto, em frente a uma panificação que ainda existe na esquina das Ruas Cincinato Pinto e Moreira e Silva, no Centro da cidade e que na época tinha o nome de Panificação Leão Branco.  A barbearia, um pouco menor, funciona até hoje. Era uma sala onde na época trabalhavam quatro barbeiros. Às vezes trabalhava também uma manicure. Se não estou enganado trabalhavam dois irmãos, um senhor, baixo e já de meia idade e o nosso amigo Zé, que na época devia ter os seus 35 anos já que ele era dez anos mais velho do que eu. No início cortei cabelos com todos os barbeiros já que obedecíamos a ordem de chegada e tínhamos que cortar com o barbeiro da vez. Todos eles tinha uma forma de trabalhar e atender cada cliente.
O tempo passou e comecei a gostar não só do trabalho, mas também da forma como tratava seus clientes, do barbeiro que na época só conhecia com Senhor José. Era uma pessoa séria, comprometida e responsável com seu trabalho. Não admitia brincadeiras dos demais colegas no horário de trabalho para não comprometer a imagem do salão, já que muitos empresários e pessoas que trabalhavam e moravam na redondeza, iam  a barbearia cortar os cabelos ou simplesmente fazer a barba.
Passei então aos poucos a cortar o meus cabelos só com o Seu José. Quando chegava a minha vez e não era com ele, eu dava o meu lugar para outra pessoa até chegar a vez dele. De dois em dois meses assinava meu ponto na barbearia.
Isso aconteceu por muito e muitos anos. Só cortava os meus cabelos com o Seu Zé. Não tinha outra mão que cortasse a minha "juba" tão bem como ele. Durante todos esses anos, só me lembro de ter cortado os meus cabelos uma vez com outro barbeiro, quando passei dois meses em Fortaleza e não tive como voltar à Maceió.  Nem quando estava morando em Campina Grande cortei com outro barbeiro. Vinha à Maceió passar o fim de semana e aproveitava para cortar o meu "parrau".
Não esqueço nunca quando na véspera do meu casamento, cheguei na barbearia já tarde e com medo de não dar tempo dele me atender, cheguei perto dele e falei: "Seu Zé! Amanhã é o dia do meu casamento! Dá para cortar os meus cabelos?". Ele sorriu e falou: "que novidade boa! Espere aí que daqui a pouco farei isso com o maior prazer!".
Depois de vários anos trabalhando na barbearia, pelo o que eu soube, começaram a surgir alguns desentendimentos com os colegas de trabalho, normal pelo tempo que passavam juntos mas, principalmente pelo alto custo do aluguel e das despesas com a manutenção do imóvel. Uma vez enquanto cortava os meus cabelos ele me confidenciou que estava construindo um salão aproveitando uma área na frente da casa e que estava anciloso para se mudar e, isso acontecendo, avisaria à todos os seus clientes e que eu estava nessa relação.
Um belo dia, chegando na barbearia para cortar os meus cabelos, qual foi a minha surpresa quando soube da notícia que o Seu Zé tinha terminado de montar o seu salão e que já estava trabalhando no novo endereço. Deixou o endereço para aquelas pessoas que não houve tempo de avisa-las, que foi o meu caso. O novo local ficava na Praça Raul Ramos, no Poço e com o nome Salão "Só Corte".
Na foto 1 abaixo, o cartão do Salão que Seu Zé distribuía com os amigos.


Foto 1
Ali iniciava mais uma etapa na vida do Seu Zé Barbeiro. Trabalhando em casa, perto de seus familiares sem aquele corre corre de antes, quando tinha de se deslocar até o Centro da cidade diariamente para trabalhar. No seu novo endereço trabalhava de segunda à sábado e nunca deixou seus clientes na mão. Algumas vezes chegava lá na hora do seu lanche e ele me falava: "Nicolau! Me dê um tempinho, só para forrar a barriga, que voltarei para cortar os seus cabelos.
A gente sempre conversava durante o corte dos cabelos. Era vascaino doente e sempre me dizia: "tem duas coisas que eu peço à Deus que não tire nunca de mim:  a primeira, lógico! É a saúde para que eu possa sempre está trabalhando e atendendo meus cliente e amigos! E a segunda, é permitir que eu não pare de tomar minhas poucas doses diárias de "caninha". Faço isso diariamente antes do jantar para relaxar e também para abrir o apetite. São duas ou no máximo três doses e já me dou por satisfeito". Ele também falava: "Nicolau não sei o que será de mim se algum dia tiver de parar de trabalhar. É um trabalho muito cansativo pois passo praticamente o dia de pé e com os braços numa posição não muito boa e no final do dia estou realmente exausto. Mas, esse contato diário com as pessoas, me faz muito bem. As conversa variadas e tudo mais é muito bom!"
Numa dessas idas ao Salão, enquanto cortava os meus cabelos, ele me falou que em função da construção de um primeiro andar que estava construindo em sua casa estava pensando em vender o seu carro, pois estava no projeto a construção de um elevador para facilitar o acesso ao 1º andar, onde iria morar. O térreo seria alugado para ajudar na renda mensal. Pedi para ver o carro, um fiesta 2004  com 4000 km rodados. O carro ainda cheirava a novo. Fiquei doido pelo carro, mas o preço estava Salgado. Ele não arredava o pé! Era aquele preço e pronto! Eu e minha esposa fizemos um sacrifício e compramos o carro. Foi um negócio bom para os dois. Eu com um carro novo e de procedência e ele com dinheiro para concluir a sua construção.
Seu Zé Barbeiro, era uma pessoa de estatura mediana e nos últimos anos tinha engordado bastante. Estava com uma barriga muito grande o que dificultava ainda mais o seu trabalho diário. Não fazia outro tipo de atividade. Era realmente uma pessoa sedentária. Aparentemente demonstrava ser uma pessoa muito calma.
Bem! O tempo passou e eu continuava freqüentando o Salão "Só Corte" até quando em setembro de 2009 fui acometido por um AVC isquêmico, o que me deixou praticamente dependente dos meus familiares pois, no início me deslocava com auxílio de uma cadeira de rodas e tudo que fazia tinha de ser com o auxílio deles. Era um verdadeiro sufoco.
E agora! Como iria cortar os meus cabelos? Conversando com minha esposa ela sugeriu que ligássemos para o Seu Zé perguntando se ele poderia vir aqui em casa fazer o trabalho, situação que não quis arriscar, até pela dificuldade e a distância para chegar em minha casa. Diante de tudo, resolvemos ir até a barbearia levando a cadeira de rodas no carro.
Ao chegar na barbearia fizemos todo um ritual para me retirar do carro com a ajuda do Edson, barbeiro que há pouco tempo ajudava Seu Zé na barbearia. Quando Seu Zé me viu e que realmente caiu na real que era eu sentado naquela cadeira de rodas, não se conteve e encheu seu olhos de lágrimas e tentando disfarçar a situação um pouco embaraçosa me perguntou: "o que aconteceu com você, amigo?" Eu tentando não ser muito contundente para não o deixar ainda mais assustado e emocionado, contei o que realmente tinha ocorrido comigo. Ele ficou muito abalado com o ocorrido e disse que eu devia ter ligado que ele arrumaria um tempo pra cortar os meus cabelos em minha casa.
A vida continuava e eu já sem o auxílio da cadeira de rodas continuava indo lá sempre que sentia necessidade de cortar os meus cabelos. Um certo dia, ao chegar na barbearia senti falta do meu amigo Zé Barbeiro e, perguntei ao Edson, sobre o seu paradeiro e ele me disse: "o Seu Zé está doente! Por incrível que pareça, sofreu também um AVC!". Eu não acreditei! Perguntei como ele estava e o Edson me disse que ele estava bem. Teve os membros do lado direito afetados, assim como eu mas não tinha o deixado com os movimentos tão comprometidos como os meus. Cortei os cabelos com o Edson e depois pedi para fazer uma visita ao Seu Zé. Ao chegar no primeiro andar utilizando o elevador, me deparei com o meu amigo abatido, mas bem! Tinha alguma dificuldade, para falar e se deslocar, mas não como as minha. Só lamentava não poder estar trabalhando. Nesse ponto, ele estava preocupado em função da perda de parte dos movimentos da sua mão direita, causada pelo AVC. Conversei bastante com ele, expliquei que ele teria de fazer um regime sério para perder peso, pois isso iria facilitar o trabalho de fisioterapia e o seu deslocamento. Citei inclusive o meu exemplo que tinha perdido 25 quilos. Disse também que o fundamental nessa doença era a paciência e perseverança. Desistir jamais! Me despedi e fui embora prometendo que voltaria depois para conversar. Ele ficou muito alegre com a minha visita e pediu que realmente aparecesse sempre que pudesse. Foi o que realmente fiz. Sempre que ia cortar os cabelos, perguntava por ele mas a resposta que tinha do meu amigo era que sempre estava deitado descansando e para não perturbar me contentava com as notícias do meu amigo  Edson.
Soube depois em uma das vezes que estive por lá que ele lamentavelmente tinha sofrido um novo AVC e que dessa vez foi mais forte. Fui visita-lo e o que vi, me deixou muito triste e preocupado. Meu amigo Zé estava muito deprimido e segundo a sua esposa, tinha voltado a comer de tudo e a beber. Um certo dia, muito deprimido tomou um "porre" daqueles. Mal fazia a fisioterapia e a hidroginástica  e não queria saber mais de nada. Até receber os amigos e clientes não gostava mais de receber. Descer para a barbearia e conversar com as pessoas nem pensar! Eu era uma das poucas exceções. Aliás! Ele gostava muito de conversar comigo. Ficava muito alegre e quando me despedia, ele pedia para voltar sempre que pudesse. Dizia que passaria o dia colocando os assuntos em dia.
Da última vez que ví o meu amigo Zé, fiquei mais uma vez muito mais preocupado. Estava deitado, mais gordo e com mais dificuldade para andar. Conversamos muito sobre a nossa doença e achei ele muito triste. Tentei mais uma vez passar para ele que uma dieta seria muito importante e que sair e passear seria muito bom. Comentei depois com minha esposa que Seu Zé tinha se rendido para doença e achava difícil a sua situação. Não via nenhuma reação para que ele tentasse sair daquela situação.
Passados uns dois meses voltei ao salão para mais uma vez cortar os cabelos e se possível conversar com meu amigo Zé Barbeiro. Ao chegar ao salão pedimos para  que o barbeiro Edson abrisse o portão da garagem, local por onde sempre entrava por ser de fácil acesso. Logo que entrei, como sempre fazia, perguntei pelo seu Zé. Foi quando meu amigo Edson falou: "o Seu Zé se foi! Pois é amigo! Ele morreu!". Eu sem acreditar no que tinha ouvido perguntei: "como é a história?", e ele com a cabeça baixa, confirmou o que tinha me dito: é meu amigo o nosso amigo Zé nos deixou! Ainda sem acreditar e muito emocionado, meu olhos encheram de lagrimas mas me contive pois a sua filha Fatima, que morava com ele estava perto. Continuava estupefato com a notícia. Da última vez que nos encontramos, apesar da sua situação, não esperava jamais receber essa notícia. O pior é que já fazia mais de um mês que ele havia morrido. Foi no dia 13 de agosto. Perguntei para o Edson como ele tinha morrido e ele me disse que tinha sido de repente. Se não me engano teve um ataque  fulminante do coração, não suportou e morreu. Perguntei também como estava a sua esposa e a família e ele me respondeu que estava sofrendo muito com a perda, mas estava tentando superar essa tragédia. Pedi para falar com ela, depois do corte dos meus cabelos, ele perguntou para a filha se havia possibilidades e ela disse que com certeza e seria muito bom para sua mãe. Enquanto cortava os cabelos minha esposa conversava com sua filha Fatima.
Terminado o corte, ainda muito abalado e muito emocionado, eu, minha filha Renata e minha esposa Fatima subimos para falar com a sua esposa. Ela já estava nos esperando à porta, demos as nossas condolências, lamentamos muito o que havia ocorrido e agradecendo o convite, entramos e nos acomodamos no sofá. Ela sentou numa cadeira na nossa frente e já chorando tentou explicar como tudo aconteceu e como ele vinha se comportando ultimamente. Disse que foi tudo de repente. Tudo que já havia relatado anteriormente para mim, ela mais uma vez, confirmou.
Conversamos por um bom tempo e para não sermos inconvenientes, nos despedimos e nos colocando à disposição para qualquer coisa que fosse necessário. Prometi inclusive que continuaria cortando os cabelos lá no Salão. Ela ficou muito satisfeita pois com isso iria ajudar a família.
Fomos embora, e no carro eu, minha filha Renata e minha esposa Fatima, todos abalados, continuamos conversando sobre o assunto, foi quando minha esposa falou: ele suicidou-se Nicolau! Eu disse é verdade! Deixou se entregar pela doença e olha só o que deu! Meu Deus! É verdade! isso é um verdadeiro suicídio. Aí a Fatima retrucou! Não Nicolau, você está ficando doido? O Seu Zé suicidou-se! Diante de uma notícia tão contundente, eu mais uma vez não me contive e enchi os olhos de lágrimas e ainda impressionado com tão trágica notícia falei: pelo amor de Deus! Como é a história? Ele suicidou-se? Então ela confirmou e isso me fez sentir uma profunda tristeza e pensar como estava o meu amigo Zé para tomar um decisão como essa. Quanto desespero meu Deus! Que solução trágica tomou o meu amigo Zé! 
Segundo a Fatima, a sua filha, ele estava em casa, no quarto quando uma pessoa que ajuda na casa ouviu um barulho como se fosse um estampido de um tiro vindo do quatro. Quando ela abriu a porta encontrou o Seu Zé caído sobre a cama com o revolver na mão. A coitada muito nervosa e assustada, saiu correndo e quase sem poder falar, chamou o nosso amigo Edson que ao chegar, já não pode fazer nada. Ele já estava morto. Restou apenas a dolorosa missão de avisar a sua esposa que estava na igreja participando de um culto.
Bem meus amigos! Não vou mais prolongar essa triste, comovente e terrível história. Mas, não poderia jamais de prestar essa homenagem póstuma para meu grande e inesquecível amigo. Uma criatura honesta, amiga, correta e acima de tudo muito legal e de grande caráter. Tenho certeza pelo tudo que fez de bom aqui na terra está num lugar privilegiado junto a  Deus e continua lá de cima pedindo à Deus proteção para sua família e todos os amigos que aqui ficaram lamentando a sua morte e com muitas saudades. Vai em paz meu inesquecível amigo José Barbeiro! Saudades!!!

Nicolau Cavalcanti em 17/09/2013

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Esfriando a cabeça lá no Bar do Chopp!!!

É meus amigos! De repente, me veio à mente lembranças dos meus bons tempos de universitário. Lá atrás, na década de 70, quando após uma aula ou uma prova de Resistência dos Materiais, com o famoso Professor Cabús, íamos esfriar a cabeça no Bar do Chopp e tomar uma cerveja bem gelada. "Mofada" ou "véu de noiva", era como chamávamos na época, a cerveja bem gelada que quando retirada daquelas geladeiras que mais pareciam frigoríficos, formava aquela camada branca de gelo na garrafa. O Bar do Chope era um dos "Points" mais frequentados no Centro de Maceió na nossa época e ficava localizado na Rua do Imperador, em frente a Igreja do Livramento.
Na foto abaixo, retirada do Google, temos a antiga Praça Dona Rosa da Fonseca onde funcionava o Bar do Chopp. Lamentavelmente nem o Bar e principalmente a Praça já não existem mais. Uma prova incontestável da incompetência da maioria dos nossos políticos e autoridades do nosso estado. A foto é muito antiga, mas a Praça nos anos 70 era muito parecida com a da foto. O Bar funcionava no imóvel do lado direito da foto.  Aquelas portas davam acesso ao Bar. Existiam também várias mesas espalhadas na Praça e era onde sempre costumávamos ficar olhando o movimento das "cocotas" que por ali passavam. O Bar era o reduto da boemia e muito frequentado pelas pessoas, que na sua grande maioria, trabalhavam no comércio. Tinha determinadas horas que era comum ver pessoas de mais idade lendo um jornal ou folheando uma revista tomando um chope ou uma cerveja, na maior tranquilidade. Muitas vezes se viam também grupo de pessoas que simplesmente ali se reuniam para tomar um café expresso, fumar um cigarro e discutir política e futebol.


A cerveja tinha que ser a antártica e da cidade do Cabo/PE, muito consumida na época, pelo seu excelente e inconfundível sabor(fabricada com água de excelente qualidade de uma fonte existente no Município) e sempre acompanhada de um delicioso e famoso tira-gosto de tripa de porco bem frita e crocante com limão. Era excelente! Tinha também um outro tira-gosto, muito bem lembrado pelo meu amigo Equinho que era o ovo cozido com casca, na água com colorau. O interessante era que, com o colorau na água, após o cozimento do ovo, a sua casca ficava com a cor do colorau. Avermelhada, chamando atenção dos consumidores. Esse tira-gosto era muito comum e ficava exposto nos fiteiros existentes nos balcões dos bares daquela época, assim como o torresmo e muitos outros. Claro que existiam muito mais tira-gostos, mas como éramos estudantes, esses eram os mais solicitados por serem mais baratos e quebravam tranquilamente o galho.
Segundo o Érico, meu amigo de infância, colega de faculdade e que sempre estava esfriando a cabeça no Bar do Chopp, certa vez, numa dessas idas ao Bar com o Missinho, outro amigo de infância, os dois devoraram nada menos do que dez ovos cozidos, cada um. Agora imaginem só a quantidade de cerveja que tomaram e o efeito colateral depois da digestão!!! Eita tempo bom!
Passávamos horas e mais horas tomando cerveja e conversando. Os assuntos eram os mais diversos possíveis que ia desde as matérias que estávamos estudando, futebol, festas, etc, etc... de vez em quando saía uma fofoca que era de lei! Mas, com certeza, o assunto mais comentado era sobre as "cocotas"! Nesse tema éramos mestres! Saía de tudo! Tudo e mais alguma! Sem contar com os olhos atentos nas que por ali passavam.
Ficávamos tão entretidos com o papo que quando nos dávamos conta, tínhamos tomado mais de uma caixa de cerveja e traçado vários pratos de tira-gostos. Agora quer ver confusão! Era na hora de pagar a conta! Meu amigo! Haja choro e discussão para saber quem tinha bebido o que e quem tinha comido o que! PQP! Tinha aquele que cobrava até os centavos. Por sinal muito valorizado na época.
Lamentavelmente o que era bom acabou, ficando apenas as boas recordações. 

Nicolau Cavalcanti em 28/08/2013

sábado, 6 de julho de 2013

Movimentos contra a corrupção, contra maus políticos, etc, etc... !!!


"É meus amigos! O que estamos fazendo, é simplesmente lavando a cueca suja de Merda. O que deveríamos fazer era limpar aquele lugar bem limpinho e cortar o mal pela raiz!!!"

Nicolau Cavalcanti em 06/07/2013

sábado, 29 de junho de 2013

CHAPA 1 Vitoriosa na Eleição do SINTTEL AL!!!

É meus amigos! Essa foi mais uma das grandes vitórias do nosso SINTTEL/AL. Ganhamos mais uma eleição. Calamos a boca de muitas pessoas. Abaixo informativo da FENATTEL, confirmando nossa incontestável vitória.

"Terminou há pouco a apuração dos votos da eleição do SINTTEL AL. A CHAPA 1, renovada para nova fase na luta da nossa categoria, e coordenada pela experiência e competência do nosso companheiro Mendonça obteve 94,80% dos votos válidos, e obteve um quórum de 69,97% dos eleitores relacionados.
O processo eleitoral sofreu ataques e tentativas de interrupção por parte de pessoas que ao longo de todo o último mandato ausentaram-se do sindicato, sem nunca terem sequer comparecido à entidade e por essa razão foram desligados em assembléia geral.
Omitiram isso da Justiça e fingindo ser o que não eram, obtiveram uma liminar que foi cassada a tempo pela assessoria jurídica da Federação para eleições de filiados. Justiça feita, o processo seguiu o tramite normal, com rigorosa observância das normas do estatuto que foram revisadas por uma experiente comissão auxiliar, formada pelo presidente do Sindicato para avaliar todos os atos preparatórios do processo e essa comissão composta por pessoas do Sindicato de São Paulo e da FENATTEL validaram o processo eleitoral, à luz do Estatuto.
A Chapa 1 foi proclamada eleita e a ata assinada por todos os membros da Comissão Auxiliar que integraram a mesa apuradora. Em breve você poderá conferir todas as fotos do processo eleitoral que contou com ampla participação dos aposentados na sede e trabalhadores do interior do estado, que compensou com larga margem a ausência dos 19 eleitores da OI e dos eleitores na ARM, dadas as dificuldades criadas pela empresa para instalação da urna no período da manhã.

Vida Nova e força ao SINTTEL/AL!"

Obs: Notícia publicada no site da FENNATEL

Nicolau Cavalcanti em 29/06/2013

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Carta aos Colegas e Amigos da Oi Alagoas

Escrevi essa carta para todos colegas e amigos da Oi, para esclarecer de uma vez por todas a minha atitude tomada com relação as eleições do SINTTEL/AL:

Godoy, bom dia!

Gostaria que repassasse esse email(carta) para todos os amigos e colegas da Oi, sem exceção. Ficarei muito agradecido:

"Não porque devo dar satisfação dos meus atos para ninguém, mas sim, pelo grande respeito e apreço que tenho à todos vocês amigos e colegas da Oi. Toda essa polêmica criada com relação a minha pessoa e as eleições do SINTTEL/AL, me deixou muito preocupado, até porque a única coisa que fiz foi ficar do lado de que sempre estive: apoiando a atual Diretoria. Mais claramente o nosso colega Mendonça, situação que todos já sabiam e sabem.
Apesar de ter recebido convite para deixar a atual Diretoria e participar de uma nova chapa juntamente com mais pessoas da atual Diretoria e outros colegas da Oi, para disputar com a CHAPA da atual Diretoria do SINTTEL/AL, a eleição para mais um mandato do nosso Sindicato, não poderia jamais aceitar esse convite conforme as razões abaixo:

- Tenho certeza que todos colegas da Oi, que verdadeiramente me conhecem, sabem que jamais iria tomar uma atitude dessa: deixar na mão o nosso colega Mendonça, por tudo que ele fez por todos nós e também pela responsabilidade que assumi perante aos demais membros da Diretoria do SINTTEL/AL, pelas minhas sempre coerentes atitudes, aí na Oi.

- Em respeito a todos os associados da APOSTE e do SINTTEL/AL, que na época confiaram em nós e votaram na nossa CHAPA e, que até hoje, confiam. Portanto jamais poderia decepciona-los, tomando uma atitude tão radical, principalmente com relação ao associados da APOSTE, que já foram jovens um dia e ajudaram a construir um grande legado, que foi as telecomunicações em Alagoas, exemplo pra todos nós, futuros aposentados amanhã e quem sabe, membros de uma das Diretorias do SINTTEL/AL ou da APOSTE.

- Faltou conversa! Bom senso! Faltou discussão antes de qualquer tomada de decisão! Creio que houve precipitação como também má orientação, na decisão tomada por alguns colegas que faziam parte da atual Diretoria do SINTTEL/AL. Na CHAPA 1 tinha lugar para todos, sem contar com aqueles que já tinham seus lugares garantidos. Isto é: já faziam parte da atual Diretoria. Não poderíamos jamais orquestrar qualquer tipo de atitude para aquele que acima de tudo, só o que soube fazer, foi defender os membros da atual Diretoria e a nossa classe.

- Gostaria que soubessem que não foi a minha participação na CHAPA 1, que causou todos esses transtornos. Sabemos que o nosso colega Mendonça, jamais entregaria fácil essa batalha, principalmente tendo ele conhecimento de causa e razão para lutar até o fim. Tivemos um exemplo claro na última eleição e, graças ao seu trabalho, saímos vencedores. Creio que todos lembram! Por isso, tudo que está acontecendo hoje, aconteceria, com certeza, sem a minha humilde presença na CHAPA 1. Disso Eu não tenho a menor dúvida e acredito que todos vocês também não.

- A FENATTEL, sabendo do trabalho do SINTTEL/AL, na pessoa do nosso colega Mendonça, deu total e irrestrito apoio a CHAPA 1, em tudo que foi necessário.

- A APOSTE, também demonstrou mais uma vez, apoio, confiança e respeito total a atual Diretoria do SINTTEL/AL, na figura do seu Presidente José Mendonça, votando em massa na CHAPA 1.

- Não podemos deixar de lembrar que no ano de 2004, quando também disputamos o pleito com uma outra Chapa e que após análise de toda a documentação apresentada por essa Chapa, a sua inscrição foi vetada pela comissão que conduziu o pleito e cujo presidente dessa comissão era o Mendonça e também candidato ao pleito por uma outra Chapa, cujas pessoas que hoje brigam na justiça, faziam parte dela e apoiaram tudo que ocorreu na época. Todas as decisões tomadas foram com base no Estatuto, o mesmo que hoje estamos utilizando para que nada de errado aconteça e venha colocar em dúvida o nosso trabalho junto ao nosso SINTTEL/AL.

Por isso, peço à todos os amigos e colegas da Oi, respeito pela minha decisão, no sentido de continuar apoiando e permanecendo na CHAPA 1. Quando tomei essa decisão não foi no sentido de prejudicar ninguém. Foi no sentido de ter minha mente em paz. Poder dormir tranquilo.
Gostaria também de continuar desfrutando da mesma amizade de todos os amigos e colegas da Oi, e que esse episódio não venha causar nenhum rompimento dessa amizade que pra muitos, existe desde da época da TELASA.

Atenciosamente,

Nicolau Cavalcanti"

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

5.000 acessos! "Não acredito! O meu Blog realmente detonou!!! Obrigado Brasil!!!"

Gente, com apenas um ano de criado, aos trancos e barrancos uma vez que não sabia nada sobre tema, finalmente o meu Blog "O Baú do Nicolau", detonou e já alcançou a inacreditável marca de 5.000 acessos, isso sem ser necessária uma divulgação mais efetiva nas várias redes sociais hoje existentes. Minhas filhas sempre cobram de mim, para que Eu compartilhe meu Blog com o facebook mas, como não sou bom de escrita, achei por bem não o fazer. Estou realmente surpreso e perplexo com esse número, pra mim, muito alto e, com certeza, supera em muito as minhas expectativas.
Na realidade, quando criei esse Blog, foi principalmente para ocupar o meu tempo ocioso e trabalhar um pouco a minha mente que vinha sendo alimentada diariamente de pensamento vagos e negativos. Com certeza nunca tive essa pretensão de alcançar essa marca pra mim, histórica. Claro, tinha vontade de aproveitar esse espaço e contar um pouco de minha vida, da minha família, como também escrever algumas linhas dedicadas a minha turma da Esquina de Dona Amélia. Amigos de infância fieis e que até hoje continuamos unidos, cada um com suas crenças e suas idéias mas, sempre todos respeitando os limites de tolerância de cada um.
Uma outra coisa que me despertou a atenção foi a falta de informação na internet sobre a vida da turma jovem da nossa época dos anos 60, 70 e 80 aqui em Maceió. Por exemplo: ao consultar o Google sobre bares antigos em Maceió, não encontrava praticamente nada sobre esse assunto. Eu e minha turma de infância, graças a Deus, tivemos a oportunidade de viver muito bem a nossa juventude e conhecemos muitos "cantinhos" legais. Com isso, achei interessante escrever alguma coisa sobre esses saudosos lugares.
Para a turma da velha guarda que por um acaso acessasse o meu Blog, teria a oportunidade de curtir e relembrar dos velhos e bons tempos. Para os mais jovens, seria uma forma de mostrar como era diferente a nossa vida comparada com a vida da turma jovem de hoje.
Gostaria sinceramente, de aproveitar essa oportunidade, pra mim, maravilhosa e única e, dividir esse extraordinário feito com todos aqueles que com sua paciência participaram e compartilharam desse extraordinário número, acessando o meu Blog "O Baú do Nicolau". Gostaria também de agradecer claro, a minha família que me deu forças e sempre me incentivou para que eu prosseguisse esse trabalho que muitas vezes, quase cheguei a desisti. De prometer e me comprometer à todos que confiaram, me apoiaram e me incentivaram a continuar escrevendo essas histórias, e alimentando o meu Blog com artigos simples e de fácil leitura, sempre trazendo e relembrando fatos dos maravilhosos anos dourados. Para acessar o meu Blog, o endereço é: www.bau-do-nicolau.blogspot.com.br.

Nicolau Cavalcanti em 25 de fevereiro de 2014

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Curiosidades sobre alguns lugares da antiga Maceió. Nas redondezas da Rua Cirilo de Castro, a vida era muito agitada!!!

Antigamente, logo após o Restaurante Graci, no Bairro da Levada, num triângulo formado pelas Ruas Cirilo de Castro, Rua Augusta e Rua Coronel Meira, existiam a Macarronada do Eureka, um "Pega Bebo" e um  Posto de Gasolina. No trecho da Rua Cirilo de Castro, de um dos lados, na esquina dessa mesma Rua com a Rua Augusta, funcionava a famosa Macarronada do Eureka que foi por muito tempo, o ponto da saideira e do famoso "rango" após as farras nos finais de semanas da turma jovem da época. A nossa turma da Esquina da Dona Amélia, aprontou "poucas e boas", por lá. A Macarronada de leitão era deliciosa e uma das mais solicitadas. Aliás, no cardápio só tinha prato de primeira. Até a Macarronada com ovos, a famosa Macarronada com "bife do olhão", era maravilhosa.
Vizinho a Macarronada do Eureka, nesse mesmo trecho, na esquina da Rua Cirilo de Castro com a Rua Coronel Meira, existia um Bar que lamentavelmente não recordo o seu nome. Na realidade não sei se poderia chamar aquele lugar de Bar. O mais adequado seria: "pega bebo"! Na realidade, o Bar se resumia a um pequeno espaço fechado com duas grandes janelas onde dentro funcionava a cozinha, a administração e o atendimento. Os clientes eram atendidos através de dois vãos(janelas) abertos, um em cada lado das ruas, onde o Bar se situava. Cada um com um estreito balcão onde os clientes posicionados pelo lado de fora do Bar, na calçada, podiam tomar o seu aperitivo preferido e "degustar" o seu tira-gosto predileto. O caldinho de feijão era conhecido e muito admirado por todos que frequentavam aquele "frege moscas". Eu e alguns amigos e colegas tomamos algumas por lá. esporadicamente, mas bebemos e comemos lá.
A maioria dos clientes daquele Bar eram pessoas que transitavam e trabalhavam no Mercado Municipal, hoje Mercado do Artesanato, como também, pessoas de uma Feira de miudezas que existe até hoje, em frente ao local. Eu e meus colegas e amigos Sivanildo e Severino "Guxinim", na época de ginásio, no Colégio Moreira e Silva, tomávamos de vez em quando, uma "meiota" com um um caldinho de feijão ou até mesmo uma antártica bem geladinha.
Era uma espécie de ideira, que muitas vezes se transformava em saideira... e aí por diante! Fui várias vezes também, com os meus amigos de infância Beto "Torreiro" e Ciço "Bomba". Sempre depois de uma farra. Coisas de aventureiros da época. Lá também frequentavam figuras folclóricas conhecidas na área.
Não tenho certeza mas, acredito que esse Bar também servia refeições: o famoso PF, "prato feito". Parece que o local ainda existe. Tenho minhas dúvidas.
Na esquina da Rua Coronel Meira com a esquina da Rua Augusta, existia um Posto de Gasolina que também não me recordo o nome. Se não me engano era da Shell e que abastecia os automóveis e caminhões que circulavam naquela redondeza. Ainda me lembro como se fosse hoje, aqueles automóveis antigos, de aparência pesada, sendo abastecidos naquele posto. O local tinha um cheiro forte de gasolina, e com o crescimento da área e dos riscos eminente de acidentes, acredito eu, que esse Posto terminou sendo extinto.
Na Rua Cirilo de Castro, esquina com a Rua Dezesseis de Setembro, Rua do antigo Cine Ideal, existia a famosa Farmácia dos Pobres que quando na sua versão original, atendeu por muitos e muitos anos, as pessoas e famílias que moravam na redondeza, como também pessoas que vinham fazer feira no Mercado Municipal. A Farmácia era bastante sortida e ainda tinha um pequeno espaço reservado que servia de ambulatório onde eram aplicadas injeções, se faziam pequenos curativos e se mediam a pressão arterial. Ainda me lembro das estantes com portas de vidro cheias de remédios que tomavam as paredes do interior da farmácia. 
Eu mesmo, por diversas vezes comprei remédios naquela Farmácia. Vários remédios, que eu me lembro, eram comercializados ali: o Biotônico Fontoura, as famosas Pílulas de Vida do Dr. Rossi,  o Entoroviofórmio, esse era muito famoso na cura da diarréia, o "Um Minuto", que acabava com a dor de dente, o Leite de Magnésia Phillips, o Melhoral "é melhor e não faz mal", o Óleo de fígado de bacalhau, A Cânfora, que misturada no álcool servia para dor, o Benzetacil, esse até hoje ninguém quer tomar pela dor que provoca no local,  o Alarem, que curava o impaludismo etc, etc...
Na Rua Ciliro de Castro, existia também um Ponto de carros de aluguel, os famosos pontos de táxi de hoje, onde vários carros da época, de várias marcas e modelos, todos na cor preta, ficavam estacionados em fileira nos fundos da saída do Cine Ideal, aguardando algum cliente para fazer uma corrida.
Nessa mesma Rua Cirilo de Castro, já no final dos anos 70, tinha um Depósito de Bebidas muito conhecido. Ficava entre a Farmácia dos Pobres e os fundo do Cine Ideal e, se não estou enganado, era revendedor e distribuidor da cerveja Antártica. Se a memória não me falha, era do Empresário Jaelson Correia. As barracas que hoje tomam conta da calçada e da Rua Cirilo de Castro e deixa o local horrível, não existiam naquela época. Como se falava antigamente, podia-se transitar pelo passeio tranquilamente. Tinha também o famoso e muito falado Restaurante Graci. Esse sim era de fato muito famoso. Frequentamos bastante. Eu e vários colega e amigos. Escrevi algas linhas contando o que me lembrava desse Restaurante aqui no meu Blog.
Na esquina da Rua Cirilo de Castro e a Rua Formosa, existia uma Igreja Batista, se não me engano era a Primeira Igreja Batista, e era muito frequentada na época. Essa Igreja já não existe no local. Apesar de não sermos crentes, a nossa turma de vez em quando frequentava a Igreja somente para paquerar.
No outro lado da Rua Cirilo de Castro, logo após os trilhos do trem, na Avenida Francisco de Menezes, esquina com a Avenida Moreira Lima, existia a famosa Panificação Nossa Senhora das Graças. Essa panificação era conhecida por ter os melhores pães, biscoitos, bolachas e bolos da redondeza. Atendia a todas as famílias da área, como também todas as pessoas que transitavam por ali diariamente. Seu pão francês, o comum e o de "massa pura", eram deliciosos. Quem se lembra do pão "massa pura"? tinha o formato diferente do francês, era mais comprido e era branquinho por dentro. A diversidade de pães era grande: tinha o francês, o francês "massa pura", o crioulo, o carteira, o Alagoas, que hoje praticamente não mais se encontra, o pão "Roberto Carlos", o pão doce, muito consumido com o famoso caldo de cana, o pão doce de coco. Enfim, não dá pra listar todos. Até porque não me lembro de todos. Lá também se encontravam biscoitos e bolachas deliciosas. O biscoito palito era delicioso. Quem não se lembra da bolacha "sete capas"? E do "cacetinho" e das "rosquinhas"? Todos salgados. É de dar água na boca, só de lembrar! E da bolacha canela? Era aquele bolachão! Que delicia! com café não tinha igual! Tinha também os bolos e salgados que não passavam "em baixo". Eram realmente deliciosos. Eu e minhas irmãs, sempre que saíamos e podíamos, dávamos uma passadinha por lá e sempre levávamos pra casa, algumas dessas guloseimas para degustarmos no café.
Na esquina, em frente a Panificação N. Sra. das Graças, na Avenida Moreira Lima, existia o Palácio do Trabalhador, cujo objetivo era dar assistência aos trabalhadores, oferecendo serviços médicos, odontológicos e ambulatorial e, acredito que vários outros serviços, de graça.
Na mesma Avenida Francisco de Menezes, logo após a essa Panificação, existia um ponto de aluguel de carroças. Naquela época era muito comum se utilizar esse tipo de transporte para se fazer mudanças ou transportar uma determinada carga qualquer, de um ponto para outro da cidade.
Logo após a Panificação, seguindo pela mesma Avenida, na calçada do muro do fundo do Colégio São José, existia a famosa Feira do Passarinho. Eita lugar bom! Nessa Feira se encontrava muitas espécies de pássaros que eram comercializados a céu aberto. Lá se encontrava o xexéu, o galo de campina, o papa-capim, o canário e o mais famoso de todos: O curió. Lá se vendia também todos os tipos de gaiolas: Grandes, pequenas, novas, usadas, alçapão... Tinha uma gaiola muito famosa que se não estou enganado se chamava: "gaiola pião". Era chamada assim, por ter na sua parte superior uma espécie de pião de madeira, onde as talas que formavam o engradado da gaiola, se juntavam formando a gaiola. Hoje ainda existe essas tais gaiolas para vender. A barba-de-bode, que servia para fazer os engradados das gaiolas, também era vendida lá.
Nessa feira também se encontravam todos os tipos de alimentos alimentos e vitaminas para os passarinhos. Desde plantas comercializadas frescas, até outro tipos de alimentos que no momento, não me recordo. Me lembro apenas, que existia para venda, uma espécie de osso, que se dizia ser de baleia e que servia para repor o cálcio, principalmente para reforço do bico do pássaro. Era muito branquinho e segundo as pessoas que comercializavam esse produto, era muito macio e não prejudicava o pássaro. Eu tenho um amigo, que morava vizinho a minha casa, na antiga Rua São Domingos, no Prado, meu amigo Herbert, casado com a Audinete, que confeccionava todo tipo de gaiola. Eu era seu aluno e ajudante. Aprendi com ele a fazer gaiolas e cheguei a fazer uma. Na quela época se usava o arco-de-pua, para furar os buracos por onde a barba-de-bode passava. Era muito interessante!
Muitas vezes, saía Eu, o meu amigo Herbert e um amigo dele que depois nos tornamos muito amigos. O "Mané Braçinho", chamado assim por ter nascido com um defeito em um dos braços e que apesar de tudo, era o nosso remador oficial. Alugávamos uma canoa no Pontal da Parra e bem cedinho, atravessávamos a Lagoa Mundaú e íamos em direção a Bica da Pedra, no rio dos remédios a procura da famosa planta "barba de bode", encontrada em abundância em terrenos encharcados. Essa planta desenvolve um talo muito duro e que depois de seco ao sol serve para fazer o engradado das gaiolas e era muito utilizado na época. Era um dia maravilhoso! Passávamos o dia remando por entre os canais existentes na lago a Mundaú a procura dessa planta. Sempre levávamos um ou mais litros de vinho de jurubeba, para esquentar e, é claro, um lanche bem reforçado. Chegávamos em casa com uma boa quantidade dessa planta.
Logo após a Feira do Passarinho, tinha uma outra Feira onde se vendia de tudo: discos de vinil(LP's), radiolas portáteis, eletrolas, rádios de todas as marcas, modelos e tamanhos, bicicletas, ferramentas das mais diversas e de variadas funções. Enfim! tudo que se podia imaginar, tinha nessa Feira. A grande maioria desses produtos eram usados. Lá se fazia qualquer negócio: se vendia, se trocava... Um exemplo muito comum eram os discos de vinil. Lá muitos fanáticos, levavam seus LP's para trocar por outros que eles ainda não tinham e até mesmo comprar aqueles que lhes agradassem.
Com o passar do tempo, essa tão saudosa Feira, passou a ser chamada de "Feira do Rato", pois se descobriu que a maioria dos produtos ali comercializados, era, na sua maioria, roubados. Me lembro como se fosse hoje, Eu andando nessas Feiras, olhando e curtindo todo aquele movimento de pessoas e de produtos postos à venda! Gostava muito de fazer isso! Tanto a Feira do Rato como a Feira do Passarinho eram muito interessantes. Era um barulho danado dos vendedores expondo e fazendo propaganda dos seus produtos.
Do outro lado da Rua em frente essas duas feira, tinha um monte de bodegas, na sua maioria de madeira onde também se vendia de tudo. O interessante era que algumas dessas bodegas eram lanchonetes, "pega-bebo" e tinha algumas que serviam café da manhã e almoço. Muitos desses fatos e lugares existiram nas décadas de 60 e 70. Tenho certeza que muitas pessoas lembram desses locais e dessas histórias.

Nicolau Cavalcanti em 21/02/2013

sábado, 16 de fevereiro de 2013

O Bar "O Pulo do Gato"!!!

Existia um Barzinho ao lado da cabeceira da segunda ponte, no lado esquerdo no sentido Maceió/Francês. Esse Bar ficava de lado, quase embaixo da cabeceira da ponte e de dia só era visto quando se vinha em sentido contrário, isto é, Francês/Maceió e por pessoas bem observadoras ou que já soubesse desse excelente esconderijo. No início da ponte tinha apenas uma pequena placa indicando a existência do Bar. À noite, a pouca iluminação do Bar, mostrava bem discretamente  "O Pulo do Gato".
Para se chegar ao Bar, indo na direção Maceió/Francês, entrava-se à esquerda em frente a entrada da Massagueira e, seguindo uma estrada de areia e barro, sempre à esquerda e com calma se chegava nesse magnífico recanto e esconderijo, que ficava na beira da Lagoa Mundaú. Dele se tinha uma visão maravilhosa da lagoa e da paisagem em sua volta. Na época de lua cheia, acredito que essa visão era indescritível. Não sei quanto tempo durou esse Bar e nem porque ele acabou. Era um local muito escondido e pelo nome: "O Pulo do Gato", acredito que servia de toca para muitos "gaviões" pudessem, capturar e levar as suas presas pra lá. Afinal de contas: "À noite, todos os gatos são pardos!!!" Miiiaaaauuuuu!!!

Nicolau Cavalcanti em 16/02/2013

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Bares que marcaram época nos anos 60 e 70, próximo a Praça do Pirulito. Alguém lembra? Era bom demais!!!

Alguns Bares próximo a Praça do Pirulito eram famosos nas décadas de 60 e 70 ou até mesmo na década de 80. Era o reduto de pessoas que moravam na redondeza e de pessoas que trabalhavam no comércio e que na volta para casa, e no caminho, davam uma paradinha num desses bares para tomar uma drinque ou uma cervejinha bem gelada e também bater um bom papo com a turma que se reunia nesses locais. Era também o reduto da velha guarda que muitas vezes, lá ficavam olhando o movimento e de vez em quando tomando uma boa lapada de aguardente, conhaque ou outra bebida qualquer e para "lavar a prensa", uma cerveja bem gelada. Os jogos de dominó, como também a porrinha era sempre bem vindos. Nos finais de semana sempre tinha uma boa roda de samba ou então uma boa seresta com a turma da velha guarda.
Era também locais que frequentavam muitas das figuras folclóricas conhecidas no Bairro e até mesmo em Maceió. Uma dessas ilustres figuras, que me lembro muito bem, era o Sr. Oscar Bringué! Uma criatura que andava rondando todos os bares da redondeza. Dificilmente se via esse senhor sóbrio. Era uma pessoa de família e muito legal. Tinha uma grave deficiência na visão e usava um óculos com lentes bem grossas como fundo de garrafa, como se dizia na época. Andava praticamente pelo tato e sempre sozinho. Segundo ele, só conseguia enxergar o vulto das pessoas e das coisas. Mesmo assim andava por todas as "bibocas" de Maceió. A nossa turma conhecia muito ele e sua família. Gostava muito de tomar cada "pileque" da porra! De vez em quando aparecia com o rosto e os braços feridos devido alguma queda que levava. Me lembro de uma certa vez que andou com um dos braços na "tipóia" machucado por uma desses tombos que levava. Mesmo assim não desistia. 
A turma jovem da nossa época, inclusive a nossa, gostava muito de mexer com o coitado. Quando ele tinha o azar de passar pela turma já com "umas boas" na cabeça, bastava só chamar a ilustre figura de "Bringué" e ele já saía bravo, resmungando e esculhambando todos da nossa turma. Mas, o bom mesmo, era ver o velho Oscar, tentando pular um buraco inexistente, que inventávamos: Quando ele passava pela nossa turma, gritávamos: olha o buraco Oscar Bringué! O coitado pela sua séria deficiência na visão, saía procurando o tal buraco com as pontas dos pés e toda a turma ficava de longe, ajudando ele a se livrar do tal obstáculo: "Para esquerda! Mais um pouquinho! Agora sim pode passar!" Quando ele seguia adiante, começávamos a rir e chamar ele pelo seu sobrenome, e ele mais uma vez abria a bocas e soltava o verbo. Sempre que podíamos o ajudava a atravessar uma rua ou em alguma dificuldade que estivesse passando na rua.
A turma jovem da Rua Santa Maria, da Praça do Pirulito, a nossa turma da Esquina da Dona Amélia como também pessoas conhecidas da redondeza, frequentavam todos esses Bares. Nós tínhamos o nosso preferido: A Venda do Seu Luiz. Essa ficou na história!
O Bar Ponto e Vírgula - funcionava na esquina da Praça do Pirulito com a Rua Comendador Teixeira Bastos, no Bairro do Centro, ao lado dos trilhos do trem. Era o reduto da velha guarda da redondeza. Sempre tinha gente tomando uma e muitas das vezes tinha uma turma reunida com alguns violonistas e seresteiros tocando um bom samba ou aquele chorinho.
O Bar Sete Portas - funcionava na esquina da Rua Santa Maria com a Rua Comendador Teixeira Bastos, no Bairro do Centro e era um dos nossos preferidos. Sempre tomávamos a nossa cervejinha por lá com os amigos da Rua Santa Maria, sempre jogando uma boa porrinha. o Seu Oscar Bringué era frequentador assíduo desse Bar.
O Bar do Maurício - funcionava na Praça Praça do Pirulito, ao lado dos trilhos do trem. Segundo lembra o nosso amigo Equinho, o Bar tinha muitos tira-gostos e o mais solicitado era o caranguejo Guaiamum. A filha do dono do Bar, segundo declaração do próprio Érico e também confirmado por todos da turma, inclusive eu, era uma criatura muito bonita e muito bem feita, mas, sempre trabalhava no caixa, por trás do balcão. Era um pena! Tomamos muitas cervejas por lá. O Bar do Maurício, depois passou a funcionar na Rua do Supapo, no Bairro da Levada. O Bar era vizinho a uma barbearia muito frequentada pelas pessoas que moravam na redondeza. Eu mesmo, sempre cortava o meu "parrau" nessa barbearia. Quando passei no vestibular, raspei minha cabeça nessa barbearia. Lamentavelmente não recordo o nome dela.
Na esquina da Rua Xavier de Brito com a Praça do Pirulito. vizinho a casa do nosso amigo Abelardo, existia uma Venda, que não recordo o seu nome e que também servia uma cerveja no ponto e também alguns aperitivos
Na outra esquina da Rua Xavier de Brito com a Praça do Pirulito existia uma casa que num determinado e pequeno período, funcionou um Bar muito suspeito. O movimento era grande durante à noite e tinha muitas mulheres só ou acompanhadas fazendo a alegria de muitos marmanjos que frequentavam o Bar. Eu e meus amigos Beto torreiro e Biu Bomba, baixamos por lá algumas vezes.
Na esquina da Praça do Pirulito com a Av. Siqueira Campos existia a famosa Venda do Seu Luiz. Essa sim! Essa nó conhecíamos muito bem! Foi por muitos e muitos anos, depois que a Venda do Seu Toledo acabou, o nosso ponto de encontro.Na realidade, tudo começou na Venda do seu Toledo e acabou na Venda do Seu Luiz. Tive a oportunidade de escrever algumas linhas sobre essas duas Vendas aqui no meu Blog.

Nicolau Cavalcanti em 15/02/2013

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Esses políticos não dormem no ponto!!! KKKKK...

É meu amigos e minhas amigas! Depois da renúncia de Sua Santidade o Papa Bento XVI, ao mais alto cargo da Igreja Católica e que nos deixou não apenas surpresos mas também totalmente estarrecidos, alguns tabloides que circulam em Brasília, publicaram que com a vacância do cargo, muitos políticos estão interessados em concorrer a esse alto cargo eclesiástico, principalmente aqueles que tem a "ficha suja". O Sarney, o Dirceu, o Genuíno e muitos outros já manifestaram o seu interesse em participar dessa disputa, que para muitos, será a "eleição do século". Aleluia! Até o Cachoeira está nessa relação é já adiantou que dinheiro lavado, não faltará. O Lula, como sempre, afirmou "que não sabia de nada", mas se fosse verdade, entraria no páreo.
Os Partidos Políticos já estão correndo e procurando fazer coligações, no sentido de disputar e ganhar essa eleição que promete ser muito concorrida, pois praticamente a maioria do  Congresso deseja participar.
Segundo declarações de alguns políticos, esse cargo dará oportunidade para aquele que ganhar, trabalhar arduamente na defesa da classe política tão sofrida e principalmente daqueles acusados irresponsavelmente de cometerem "pecados" que antigamente eram tidos como mortais e, oxalá, poder salvar muitos deles de tais pecados!!!
Aqui em Alagoas, o Senador Renan, segundo um tabloide local, abriria mão inclusive do cargo recém conquistado de Presidente do Senado para concorrer ao Papado. O JL também concorreria, pois segundo o que está escrito num desses tabloides, se ele ganhar o pleito, com certeza teria grandes chances de suas dívidas serem perdoadas. Não se saber, no entanto, qual Santo o perdoará. O Collorido, declarou que vai disputar essa eleição, pois é o único cargo que não consta em seu "curriculum" e com a ajuda dos fiéis do Frei Damião, a eleição está no papo!
Agora imaginem só: Até o Ciço quer entrar nessa disputa, pois tem certeza, por ser muito devoto do Padim Pade Ciço, vai ganhar e colocar Alagoas no lugar onde ela já deveria estar. Que lugar é esse, ninguém sabe qual é! Se no céu ou no inferno!!! Garantiu que no caso de vitória, o forró está garantido!

Nicolau em 11/02/2013

sábado, 5 de janeiro de 2013

Banho de mar. "Que maravilha! Eu consegui!!!"

Num desses mais de 100 artigos já escritos no meu blog, Eu me rendo a essa maravilha criada por Deus que é o mar. Nasci e me criei bem perto do mar. De madrugada, quando o vento soprava na direção da nossa rua, dava até pra ouvir o barulho do mar como também sentir o cheiro inconfundível de maresia. Adorava quando criança, ir a praia com meu avô Nicolau e minhas três irmãs. Às vezes sonhava acordado, pensando em desbravar esses mares já desbravados pelos grandes navegadores, que com suas Naus descobriram novas terras além mar.
Nas fotos 1 e 2 abaixo, a situação da Praia da Barra de São Miguel no dia em que Eu dei o meu primeiro mergulho pós AVC.

Foto 1
Fui crescendo e cada vez mais, me apaixonando pelo mar. Aprendi a pescar de arremesso com o meu amigo Bebéu um outro apaixonado pelo mar e, todos os finais de semana, estava em qualquer lugar dando minhas arremessadas e curtindo essas maravilhosas praias que só aqui em Alagoas temos tão perto de nós. Juntava eu, Sergio meu cunhado e normalmente o grande Joel, outro amigo irmão e a pescaria estava feita. Pois é, essa era minha vida até então. Minha e de minha família. Era muito difícil passar um fim de semana sem tomar um bom banho de mar. Era na Praia da Barra de São Miguel, no Gunga, no Francês... Foram realmente momentos maravilhosos que jamais esquecerei. Saudade é a palavra certa para definir tudo isso.

Foto 2
És que de repente, fui surpreendido com um AVC isquêmico que a princípio me deixou com sequelas que não me deixava ir a praia e tomar o meu banho de mar. Passei mais de 3 anos e 3 meses sem ir a praia e lógico sem mergulhar nas águas quentes das nossas maravilhosas praias que banham esse nosso vasto litoral alagoano.
Não foi por falta de convite. Minha esposa e minhas filhas sabendo que eu adoro ir a praia, sempre insistia para tomarmos um mergulho. Eu sabia que entrar no mar eu até conseguiria, o problema era dominar meu corpo no vai e vem das ondas. Tinha também o receio de que, na hora de sair, algo errado acontecesse e eu, mesmo com a ajuda da minha família causasse algum acidente, prejudicando a mim mesmo como também as minhas queridas filhas e esposa. Confesso a vocês que sempre que recusava um desses convites, ficava muito triste por dentro e realmente passava o resto do dia abusado e sem vontade de fazer nada. Aliás, o domingo passou a ser um pesadelo na minha modesta vida. Não sei se era certo, mas tudo que fazia e que me dava satisfação, deixei de fazer.
Pensando bem, para ir a praia e arriscar um mergulho, o local teria de ser daqueles que só eu sei onde encontrar. Já tinha em mente a praia ideal para o meu primeiro banho de mar pós AVC: A Praia da Barra de São Miguel! E ela que reúne o mínimo de segurança pra mim, pra minhas filhas e para minha esposa que, com certeza, irão me acompanhar. Não sei se todo esse cuidado é necessário mas, por via das dúvidas eu tinha de me precaver. Aliás, Eu sempre fui assim preocupado com coisas que nem se quer tinham ainda acontecido. Como diz a minha esposa Fatima: "seu nome é preocupação"! Na foto 3 abaixo, detalhes do grande momento: Eu tomando banho de mar, com a minha querida netinha.

Foto 3
Aconteceu da nossa filha Paulinha chegar de Campinas para passar as festas de fim de ano com a família e, apesar de não gostar muito de mar, estava querendo dar um mergulho e matar a saudade desse maravilhoso visual das nossas praias. Desde que chegou a Maceió, tanto ela como a irmã Renata, vinha insistindo para juntos irmos a praia. Pra mim ainda tinha um porém: a maré teria de estar baixa para facilitar a minha entrada e saída da água, evitando as ondas mais fortes formadas quando a maré está cheia.
Para que não decepcionasse mais ainda minhas filhas, resolvi aceitar o convite. Era dia de semana e, apesar das férias, o movimento tanto na estrada como na praia era menor e por coincidência a maré estava baixa, do jeito que Eu queria. A princípio escolheram a Praia do Francês mas logo descartei. Apesar de belíssima o acesso até a praia é difícil para mim e tem um movimento diário muito grande, pela sua fama. Sugeri então a Barra de São Miguel pois sei que tem no mínimo um local de fácil acesso para a praia.
O dia estava lindo! O céu azul sem uma nuvem deixava em evidência o sol que brilhava e espalhava seus raios além do horizonte, formando um visual próprio para um delicioso banho de mar. Saímos então Eu, a Paulinha, a Renatinha e a minha netinha Maria Luísa. Lamentavelmente minha esposa não pode presenciar o meu retorno à praia, pois estava trabalhando.
Na foto 4 abaixo, mais detalhes do meu banho de mar com minhas filhas Paulinha e Renatinha e minha netinha Malu.

Foto 4
Com a duplicação da AL-101 Sul, a ida até a Barra ficou uma maravilha. Rápida e segura. Além do visual, o trânsito fluía normalmente e chegamos sem problema na Barra. Estávamos com tanta sorte que até encontramos uma vaga para estacionar o carro, próxima ao acesso para a praia. Descemos e sentamos em uma mesa, próximo ao mar, para que eu pudesse me deslocar mais facilmente. O mar estava belíssimo. Era realmente indescritível a sua cor e a sua beleza que juntamente com o céu azul, nos transmitia paz e tranqüilidade nos deixando relaxados e prontos para mergulhar em suas águas. Me lembrei dos bons tempos. 
Tudo pronto! Tudo em seu lugar! Só faltava criar coragem e enfrentar a platéia, na sua maioria turistas e caminhar aproximadamente uns vinte metros até a água para matar o meu grande desejo. Tirei a minha órtese, respirei fundo, me pus de pé com o auxílio das minhas filhas e da minha inseparável bengala e parti firme em direção ao mar. A areia nesse trecho estava úmida facilitando bastante a minha caminhada. Mesmo assim, o pé direito estranhava aquele caminho que ele conhecia muito bem, de outras épocas. Toda vez que eu pisava na areia com o pé direito ele dobrava pra dentro, me deixando sem equilíbrio. Mesmo assim, eu não me entregava e continuava firme na minha vontade cada vez maior de cair naquelas águas que antes tanto tinha me esbaldado de tantos banhos tomados. Entrei na água devagar para sentir o meu reencontro com minha velha companheira, pois pelo tempo que passei desaparecido, não sabia qual seria sua reação.
Na foto 5 abaixo, mais detalhes: dessa vez de minha netinha Malu se lambuzando toda chapando um delicioso picolé de chocolate. Que maravilha!  Estava realmente como queria.

Foto 5
Pra minha surpresa, a minha recepção foi muito tranquila. Quando a água estava na metade das minhas pernas, parei e disse para minhas filhas: "bem! agora é só sentar e curtir!" Me sentei na areia e quase não acreditei o que estava acontecendo: Eu em carne e osso, sentado nas águas cristalinas do mar da Barra de São Miguel em plena luz do dia, por volta das 10:30 horas de uma manhã ensolarada, pra mim, só em sonho!
Já que não era sonho, mergulhei, me arrastei sobre a areia e a água, me ajoelhei como se estivesse agradecendo à Deus por aquele momento que ele através das minhas filhas, tinha me proporcionado. Aproveitei todos os segundos mas, não podia me demorar mais, pois a maré estava começando a subir e eu já estava sentindo dificuldades para controlar os movimentos do meu corpo, então resolvi sair da água. Não estava triste por sair rápido, quer dizer, depois de aproximadamente uns vinte minutos, mas sim, muito alegre e satisfeito pois, agora tinha a certeza de que muitos outros dias iguais a esse com certeza virão.
Na foto 6 abaixo, Eu e minha netinha já em terra firme degustando um delicioso picolé.

Foto 6
A Malu estava com a vida que pediu à Deus: só praia, sol, picolé e tudo de bom para aproveitar esse dia maravilhoso. Eu só podia fazer uma coisa: acompanha-la nessa farra. Voltamos para a nossa mesa colocada na areia a poucos metros do mar e a platéia na areia me olhava muito curiosa. Para mim e pra minhas filhas. A volta foi um pouco mais difícil, pois a areia estava seca e muito solta, dificultando os meus passos. Mas isso não foi problema, como na ida, levantei a cabeça e com poucas passadas cheguei ao meu objetivo. Demoramos um pouco e depois voltamos para casa. Minha netinha Maria Luísa, aproveitou bastante como também minhas filhas. Já combinei com a família que na próxima maré baixa, estaremos mais uma vez na Barra de São Miguel para juntos, curtirmos essa que é uma das minhas melhores opções de lazer. Confesso para todos amigos que esse que parece um simples banho de mar, pra mim foi um santo remédio para curar esse meu medo sem necessidade, de fazer as coisas triviais do dia à dia.

Nicolau Cavalcanti em 04/01/2013

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

A lenta morte do Riacho Salgadinho. "Que vergonha, meu Deus!!!"

É meus amigos! É lamentável a situação em que se encontra o nosso Riacho Salgadinho. Como todos nós sabemos, não é de agora! Entra e sai prefeito e governador e nada de uma solução para essa fétida ferida, a céu aberto, cortando parte da cidade de Maceió e jogando sua podre secreção na nossa belíssima Praia da Avenida. É uma vergonha para todos nós alagoanos. Reclamamos! Reclamamos! E nada fazemos!
E os turistas que chegam aos milhares todos os anos em nossa cidade? O que será que pensam dos nossos "políticos", dirigentes e até mesmo de nós, ao ver esse total descaso com a nossa linda cidade de Maceió, rica em maravilhas naturais, mas paupérrima de políticos competentes. Os que estão no poder, só sabem usufruir de seus mandatos e não estão nem aí para nossa cidade?
É inacreditável o que está acontecendo com o coitado do Riacho Salgadinho. Lembro muito, bem que no início dos anos 70, eu e a minha turma, atravessava o Riacho com água no pescoço e, muitas vezes, até mergulhávamos, para conseguirmos "tomar pé" para conseguir atravessar da Praia do Sobral para chegarmos até a Praia da Avenida. A cor da água do Salgadinho se confundia com a cor da água do mar, quando ambos estavam cheios. Mas no entanto, já existia poluição!
Quando a maré estava baixa, já era evidente que alguma coisa muito séria e errada estava para acontecer com o Riacho Salgadinho. Já se via na fina e branca areia, por onde o Riacho escorria e desembocava no mar, um fino veio de água escura que escorria silenciosa para o mar. Na época de inferno principalmente. Isso já mostrava o início da decadência do Riacho Salgadinho, que só piorava anos após anos. Hoje o Riacho está morrendo! Se é que ainda não morreu! Assistimos a tudo isso calados. 
Acredito que toda a vida animal e vegetal está totalmente comprometida e o seu leito nada mais é do que um grande depósito de lama podre e de lixo de toda espécie. A fedentina é muito grande! Muitas vezes insuportável! Não acredito que essa situação deva perdurar por muito tempo. Não acredito que os nossos gestores e "políticos" que transitam diariamente, com seus carrões blindados pelas suas margens, não notem e não tomem nenhuma atitude, pois só sabem mesmo é utilizar o nosso dinheiro em benefício próprio.
Não acredito que, com os meus mais de 60 anos já completados, terei a satisfação, de um dia, pelo menos, ver o nosso Riacho Salgadinho em processo final de despoluição e, quem sabe, nossos descendentes podendo usufruir dele como deveria realmente ser usufruído. Quem sabe se um dia poderemos apreciar a sua beleza sentados em algum dos vários bancos colocados ao longo de suas margens, passear com a família pelas calçadas ao longo do trajeto do seu leito, ir de um ponto para outro através de barcos colocados à disposição da população para essa finalidade, aproveitar as horas vagas para pescar com os amigos em suas margens, ver casais de namorados curtindo a sua beleza... Será que esse é um sonho impossível? Será que vai acontecer nesses 25 anos que é o tempo de sobrevida estipulado pelo INSS, para quem sabe, eu ainda possa estar vivo e ver com meus próprios olhos, esse milagre? Se isso acontecer, com certeza estarei presenciando também a realização de um projeto ousado de algum "doido", que teve a coragem de assumir para si esse compromisso e mostrar para esse bando de políticos "não faz nada", que quando se quer, com certeza, se faz! Eu claro! Estarei lá, com minha família documentando e fotografando essa grandiosa façanha para, com certeza, postar no meu Blog. Aliás! Estarei lá documentando todos os detalhes da realização de um sonho de todos nós maceioenses e alagoanos. Oh! Meu Deus do céu! Não é que era mesmo um sonho! Poxa vida! Acordei! 

Nicolau Cavalcanti em 01/01/2013