domingo, 21 de outubro de 2012

Músicas de sacanagem, que cantávamos na esquina de Dona Amélia!!!

Imaginem só, a Rua São Domingos de madrugada, praticamente toda em silêncio e apenas a nossa turma lá na Esquina de Dona Amélia, bagunçando! era uma verdadeira algazarra! Para chamar alguém da turma que não estava lá, gritávamos com toda a força: fulano de tal! Seu felha da puta! venha pra esquina!!!
Quando então alguém dava a idéia: "pessoal! Pessoal! Vamos cantar uma música, daquela bem cavernosas?", Escolhíamos então uma daquelas bem fuleira! Daquelas que só em pensar, dava ataque de riso na turma. Fazíamos até um rápido ensaio e começávamos a cantar. Aliás! Aquilo não era cantar! Era um bando de doidos gritando e, só a partir da terceira ou da quarta repetição, era que a turma lembrava totalmente da letra da música e o som além de poluir os nossos ouvidos, ecoava no silêncio da madrugada, fazendo a vizinhança inteira ouvir. Muitas vezes, era terminando uma e entrando em outra. Era de tirar o sossego de qualquer cristão.
No final, tinham os gritos de: bravo! Muito bem! E vinham acompanhados é claro, de uma salva de palmas, muitos gritos e muitas gaitadas, cada uma mais safadas do que as outras e que, não podiam faltar nessas horas!
Muitos moradores da rua, colocavam a cabeça nos "postigos" das portas, observavam a nossa bagunça e entravam, como se quisessem demonstrar o seu repúdio pela brincadeira naquela hora. Era bom demais! Bote bom nisso! Abaixo algumas das músicas que cantávamos. Na realidade, na maioria das vezes, eram paródias de músicas conhecidas, na época. Claro que existem muito mais. O nosso repertório era grande.

"O maranhão"
(Autor desconhecido)

Mandei fazer um "maranhão" pra minha amada,
Sendo ele de dezoito polegadas,
Todo dia ela sentava na janela,
E Eu enfiava o "maranhão" na bunda dela.

(bis)
Mandei fazer um "maranhão" pra minha amada,
Sendo ele de dezoito polegadas,
Todo dia ela sentava na janela,
E Eu enfiava o "maranhão" na bunda dela.
Aí como dói!


As "pirocadas" do miau!
(Autor desconhecido)

Dona Maria, o seu gato deu,
Vinte quatro "pirocadas" na bunda do meu.
Dona Maria, o seu gato deu,
Vinte quatro "pirocadas" na bunda do meu.

Se deu, se deu, o que é que tem,
"Piroca" de gato não mata ninguém.
Não mata mas machuca,
Que gatinho filho da uma puta!

(bis)
Não mata mas machuca,
Que gatinho filho da puta!
Miauuu!!!


"O Peidão"
(Autor desconhecido)

Peidei, todos viram,
Sentiram, e perto de mim ninguém ficou.
Ali onde eu peidei, qualquer um peidava.
Dar a volta por cima do peido,
Quero ver quem dava.

Um homem de moral, não peida no salão,
Nem quer que a mulher, lhe chame de peidão,
Reconhece o erro e não desanima,
Levanta sacode a cueca e dar outro por cima.

(bis)
Reconhece o erro e não desanima,
Levanta sacode a cueca e dá outro por cima.


O vaso de fazer cocô
(Autor Desconhecido)

Iaiá cadê o vaso,
O vaso que eu plantei a flor,
Eu vou lhe contar um caso,
Eu caguei no vaso,
E limpei com a flor.

Que cagada, que cagada,
Você bem que sabia,
Que naquele dia,
Eu comi feijoada

(bis)
Que cagada, que cagada,
Você bem que sabia,
Que naquele dia,
Eu comi feijoada.


Chapéu da minha pica
(Autor desconhecido)

A meia noite, no calor da foda,
A nêga roda que nem um pião,
Quando eu enfio, Mariquinha grita,
E o chapéu da minha pica,
É um pneu de caminhão.

(bis)
Quando eu enfio, Mariquinha grita
E o chapéu da minha pica,
É um pneu de caminhão.
Aí como dói!!!


O Rela
(Autor desconhecido)

Segura o côco, Maricota venha cá,
Você rela e eu também relo,
Eu também quero relar,
Faca de ponta, espingarda, baioneta,
Nunca vi couro tão duro
Como couro de buceta.

(bis)
Faca de ponta, espingarda, baioneta,
Nunca vim couro tão duro
Como couro de buceta..
Ai como dói!!!


O Cobrador tarado
(Autor desconhecido)

Sonhei que eu era um dia um cobrador,
dos velhos bondes que não voltam mais,
cobra assim a toda hora,
olha  a senha senhorita!
olha a senha senhora!
e as mocinhas do banco de trás,
não pagavam porque o "quique" era demais.


Pra terminar vai aí dois versos bem conhecido na época:

(Nome e Autor desconhecidos)

Galo canta,
Macaco assobia,
Banana de jegue,
No cú do vigia.

A Bica
(Autor desconhecido)

O velho e a Velha,
foi tomar banho de bica,
a Velha escorregou,
e o Velho passou-lhe a pica.

Nicolau Cavalcanti em 20/10/2012

5 comentários:

  1. Sr. Nicolau, gostaria muito de ouvir a paródia pneu de caminhão, que é da época do meu pai, ele não sabe quem é o cantor, estou pesquisando a dias e não encontro. damos muitas risadas quando ele começa relembrar o passado. Por gentileza existe um cantor desta musica?.

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    1. Este comentário foi removido pelo autor.

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    2. Assista a "Pau tem manteiga" no YouTube - Pau tem manteiga: http://youtu.be/l-JkBYy3JUE

      Ficou boa essa interpretação. Tembem estava procurando.

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  2. TINHA UMA QUE MINHA TURMA CANTAVA.
    "MARIAZINHA DO BOLE BOLE,
    PEITINHO DURO, BUCETA MOLE.
    O GALO CANTA MEU PAU LEVANTA,
    A VACA BERRA MEU PAU ENTERRA.
    SUBI NA PIA QUEBREI A PICA,
    FUI NA FARMACIA PASSEI ARNICA.
    CHEGUEI EM CASA CHAMEI MAROCA,
    LEVANTA A SAIA, LA VAI PIROCA.

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  3. Tinha uma que era uma paródia de O barquinho, uma bossa nova. Começava assim: "Acende a luz, desmaia a mãe ao ver a filha no sofá..."

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