quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Dia 21 de dezembro de 2012: "O mundo vai acabar! Verdade ou apenas um pesadelo?"

É meus amigos! Em meio a tantas notícias horripilante de corrupção, crime do colarinho branco, nepotismo, violência nas pequenas e grandes cidades, violência contra menores, pedofilia, terrorismo, drogas... És que de repente surge uma notícia que, mesmo que não tenha o aval da comunidade científica como verdadeira, pelo menos é uma notícia que faz com que todas as pessoas do mundo pensem em alguma coisa em comum: "será que o mundo vai acabar em 21 de Dezembro de 2012"?
Esse assunto está na boca de todos os habitantes da terra: japoneses, americanos, brasileiros... Discutem e enumeram várias versões de como será essa tragédia e quais seriam as soluções para que pudéssemos escapar dela ilesos. Tragédia essa, que poderá ser a última dos nossos tempos modernos e talvez, a última de toda a humanidade.
Bem, e se realmente isso acontecer, o que será então que vai acontecer para provocar o fim do nosso planeta azul? Será que um grande meteoro vindo do infinito universo vai cair sobre o nosso planeta dizimando todos os seres humanos e demais seres que vivem na superfície terrestre? Ou Será que ocorrerá um grande tsunami causado por um maremoto, provocado pelo deslizamento de duas placas tectônicas, tendo como conseqüência, a formação de uma enorme onda que varreria todos os continentes e consequentemente todos os seres vivos existentes na superfície da terra? Ou será um ataque alienígenas invadindo rapidamente a terra com suas naves espaciais que se deslocam na velocidade da luz e com suas armas ultra modernas e potentes que conseguem desintegrar todos os seres vivos com simples disparos de raios letais? Ou será que seremos nós que iremos promover toda essa destruição do nosso planeta água? Será que as nações que detém a fórmula do enriquecimento do urânio e tem em suas entranhas ogivas atômicas apontadas para países inimigos e prontas para serem disparadas? Ou será em função da grande quantidade de desmatamentos e da polição poluição do ar, causadas por inúmeros fatores, iremos sucumbir em função da falta de oxigênio, fundamental para nossa sobrevivência? Bem! Se isso realmente acontecer com certeza estaremos promovendo a destruição do nosso planeta e por conseguinte a nossa destruição. As consequências pós destruição serão incalculáveis! A radiação e a onda de calor espalhadas pelo efeito das explosão das ogivas nucleares, em toda superfície terrestre, dizimará instantaneamente centenas de milhões de pessoas e quem sobreviver terá pouco tempo de vida. Pela proporção dessa hecatombe, em pouco tempo não restará absolutamente nada sobre o nosso planeta.
Aconteça o que acontecer só vamos ter o privilegio de assistir o início e participar dessa grande e macabra cena. Não iremos poder registrar tais fatos pois, ao final de toda essa loucura, estaremos todos mortos. Dependendo do que acontecer, quem sabe se milhares de corpos girarão em torno de algum astro que com a sua força de gravidade os atrairá, formando quem sabe, anéis humanos em volta desse astro, que serão observados por algum extra terrestre, que esteja estudando a imensidão do universo.
Não sei se alguém vai conseguir sobreviver a toda essa catástrofe. Acredito que não! Mas será que existe uma "Nave de Noé", criada por algum "cientista maluco", pronta para ser lançada e sumir no espaço sideral e salvar um exemplar de cada ser vivo da terra? Quem sabe até criar uma nova terra em outro planeta, distante da nossa terra através de milhões e milhões de anos-luz. E os políticos? Os nossos "honestos" políticos? Terão alguma chance? Será que o Congresso Nacional, fará algum acordo político com algum bicheiro ou criará uma medida provisório tornando todo parlamentar imune a esse tipo de tragédia?
E eu meu Deus? E a minha família e os meus parentes? E os meus amigos? Que hei de fazer para nos livrarmos desse terror? Convencer a esse "cientista maluco" que a nossa família é um exemplar que deve ser preservado para servir de matriz para um futuro repovoamento da terra, se é que ela sobreviverá a toda essa catástrofe ou então, conforme já escrevi, povoar um outro planeta pertencente a nossa imensa galáxia?
Se nada disso acontecer, só nos resta rezar para que o nosso Cantinho seja preservado aqui na terra. O Que é praticamente impossível! E os meus amigos! Devo também convencer a esse "cientista maluco", que todos eles serão úteis em sua nave, afinal de contas são: médicos, engenheiros, advogados, professores... E o meu blog será que vai sobreviver nos anais da história, gravado em megas e giga bits... E se sobreviver pra que vai servir? Será motivo de risadas para habitantes interplanetários que encontre sob forma de lixo espacial o meu iPad ou talvez até o meu velho PC, vagando sem rumo pelo espaço sideral? Ou será que vão ficar boquiabertos com esse valioso achado?
Eu bem que gostaria de sobreviver do jeito que fosse, a essa hecatombe. Claro! Eu, minha família e meus amigos, para sermos testemunhas vivas e eu poder escrever tudo o que vi e vivenciei e documentar nos mínimos detalhes para posteridade. Mas que posteridade? Eu, minha família, meus amigos, e também aqueles que por acaso sobreviverem?
Será que depois de tudo isso, a Fatima me acordará de madrugada, preocupada e assustada com os meus gritos de socorro na cama? Será que foi apenas um pesadelo e que tudo voltará ao normal quando abrir realmente os olhos? Ou será que estou despertando em uma outra dimensão?
Bem! A princípio não vejo nuvens brancas sob o céu azul e nem anjos vestidos de branco com suas asas pairando no céu e tocando suas cornetas. Nem tão pouco alguém vestido de branco segurando a chave do céu, me dando boas vindas! Abro realmente os olhos, observo tudo em minha volta e, pra minha grande surpresa e alívio, vejo: paredes, janelas, a Fatima deitada do meu lado rindo pra se acabar! Minha filhas chegando ao nosso quarto, assustadas talvez, mas ao mesmo tempo felizes por estarmos juntos. Conclusão: "foi tudo realmente um sonho, acordei assustado mas vivo, na manhã do dia 21 de dezembro de 2012, apesar desse maldito pesadelo!!!".

Nicolau Cavalcanti em 20/12/2012

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Bar Colonial. de antigo só o casarão! O resto era pura badalação!!!

O Bar Colonial funcionava num dos antigos casarões, próximo ao Prédio da Biblioteca Pública Estadual, Na Ladeira Manoel Ramalho de Azevedo, em frente a Praça Dom Pedro II, no do Centro. O Bar além de tomar uma uma boa parte de uma antiga construção, que na realidade ficava a uma determinada altura da calçada em função do declive da rua,  também tomava parte da caçada e da rua, na frente do prédio, onde várias mesas e cadeiras eram dispostas  nessa área. O Bar Colonial era bem movimentado nos finais de semanas, principalmente nas sextas-feiras e nos sábados à noite. A nossa turma da Esquina de Dona Amélia, frequentava esporadicamente, o Bar Colonial. Íamos para lá, tomar uma cervejinha bem gelada, curtir uma boa música e dar aquela paquerada, era lógico!
Confesso que apesar de termos frequentado o Bar Colonial, algumas poucas vezes, infelizmente não consigo me lembrar de todos os detalhes para melhor descrever o ambiente e algum detalhe que marcou a nossa presença nesse bar. Íamos simplesmente porque era um dos pontos bem frequentado na época. Acredito que funcionou no final dos anos 70 mas, quanto tempo durou, realmente não me lembro. Peço inclusive aos amigos leitores que, se tiverem mais detalhes sobre o Bar Colonial, que por favor, inclua no comentário. Inclusive fotos confirmando inclusive o seu nome que tenho até minhas dúvidas. Só sei que realmente existiu.

Nicolau Cavalcanti em 13/12/2012

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

No Bar Trapichão começamos a comemorar nossa grande vitória: passamos no Vestibular!!!

Esse Bar funcionava na Avenida Siqueira Campos, de esquina com a Rua Doze de Outubro, ao lado do Trapichão, no Trapiche da Barra. Acho que ainda existe! Um dos momentos mais marcante e feliz das nossas vidas, foi quando passamos no vestibular. Eu e o Equinho(Érico Lages) em Engenharia Civil e o Laurinho(Lauro Farias) em Economia.
Na hora de ser anunciada a relação dos candidatos aprovados no vestibular da UFAL no ano de 1973, pelas emissoras de rádios que existiam em Maceió, toda a turma estava na casa onde eu e minhas irmãs moramos, mas que estava fechada, pois nosso tio Pessoa tinha, prometido que faria uma boa reforma, para que voltássemos a morar nela. 
Estudávamos todas as noite nessa casa. Embora desocupada, data para ser utilizada, pelo menos como casa de estudo. Eu, Equinho, Laurinho e Geraldo "Cabeção"... Estudávamos todas as noites! Tivemos inclusive uma visita histórica durante esse período de intensos estudos que foi a presença do Professor Edson Alcântara, um dos melhores professores de português do estado na época que, atendendo a solicitação do nosso amigo Geraldo "Cabeção", passou algumas horas nos dando dicas de Português. Foi realmente uma verdadeira aula da português!
Enquanto isso, eu estava sozinho em outra casa bem próximo da nossa, que meu tio alugou para morarmos enquanto a reforma não saia. Deitado num sofá, com meu radinho de pilhas encostado no ouvido, esperando o resultado. Tremia mais de que "vara verde" e suava mais de que "tampa de chaleira"! não quis me juntar a turma. Preferi aguardar o resultado sozinho.
Quando a leitura dos aprovados começou, aí eu quase morrí! Quando começou a anunciar os aprovados em Engenharia Civil, meu coração disparou e eu apertava tanto o rádio contra o meu ouvido que só depois do resultado, é que fui sentir dor! Pior foi quando começou a chamar os nomes de pessoas conhecidas: chamou o do Severino "Guaxinim" e de outros colegas do Colégio Moreira e Silva. Mas, quando chamou o nome de meu amigo Érico, e ouvi lá de casa a vibração da turma, eu disse pra mim mesmo : Meu Deus! Vou perder! Achava que já estava terminando de anunciar a relação de aprovados e que o meu nome não estava.  Mas depois de mais doze nomes chamados após o nome do Equinho, chamaram então o meu. O Equinho ficou em 40º lugar e Eu em 53°. Deixei o rádio de lado e de repente ouvi uma gritaria danada, vindo da Rua e lá de casa. Não me contive e chorei! E chorei foi muito! Me levantei do sofá ainda chorando muito e naquelas alturas, todo mundo já estava na porta lá de casa. Minhas irmãs, os vizinhos e a nossa turma. Foi aquela alegria danada! Já tinham cortado o cabelo do Equinho e do Laurinho e, então partiram para cortar o meu. Não fiz a menor resistência! Naquela hora era só alegria.
A nossa primeira comemoração, assim que saiu o resultado foi no Bar Trapichão! Não sei porque cargas d'águas, escolhemos esse Bar para comemorarmos uma das maiores conquistas que, com certeza, iria mudar os rumos das nossas vidas. Tínhamos certeza que o nosso futuro estava garantido e só dependia exclusivamente de cada um de nós. Pelo menos o início estava garantido. Só restava a nós, aproveitar essa chance de ouro, que Deus tinha nos oferecido e estudarmos bastante para sermos excelentes profissionais.
Ganhei um garrafa de uísque da Dona Helena, uma Senhora "balzaquiana" que morava com uma irmã também "balzaquiana" e um irmão solteirão, o Sr. Oscar, quase em frente a nossa antiga casa. Todas pessoas maravilhosas!
Apareceu também, não me lembro de onde, um outra garrafa de bebida, creio que de Run Montilla e então fomos todos para esquina de Dona Amélia, o nosso centro de decisões, para resolver onde iríamos comemorar levando as bebidas que tínhamos ganhado. Na esquina foi a maior gritaria! Foi quando alguém sugeriu o Bar Trapichão. Já tínhamos participado de alguma farras nesse bar e o importante era comemorar! Antes de partir, fizemos uma vaquinha e conseguimos levantar até um bom dinheiro.
Quando lá chegamos, o bar estava vazio. Já era um pouco tarde. Não sei quem falou com o dono do Bar e rapidinho foi liberada para que nós bebêssemos as bebidas que tínhamos levado. Combinamos que pediríamos alguns pratos de tira-gostos como também que tomaríamos algumas cervejas pois, só as duas bebidas que levamos não dava nem pra esquentar o esqueleto. Estávamos em ritmo de festa! 
Creio que nessa comemoração estava eu, Equinho, Laurinho, Geraldo "Cabeção" que tinha passado no vestibular em Recife, o Missinho e o Jarbas que já faziam Medicina, Abelardo e Carlinhos "Matasma", que tinham passado no curso de Tecnólogo de Açucar e outros... Foi realmente uma comemoração maravilhosa. Nessa altura já estávamos com o nossos cabelos todo picotado, cheio de "caminhos de ratos", feitos pela turma logo que saiu o resultado. Mesmo assim, alguém tinha levado um tesoura e insistia em cortar ainda mais.
Pra mim, era como estivesse sonhando. Ainda não tinha caído na real. Acredito que o restante dos amigos que também passaram pensavam o mesmo. Passava um filme na minha cabeça sobre tudo que tinha passado para chegar até ali. O apoio das minhas irmãs, do meu Tio Pessoa, dos amigos, da família foram fundamentais. Com certeza não foi por falta de estudo. Devoramos todos os livros de matemática, trigonometria, geometria, física e muito mais. Estávamos tinindo! Éramos CDF!
Já comentávamos o que iríamos fazer no outro dia. Logo cedo, iríamos raspar a cabeça, bem raspada, com aquele cortador de cabelos que parecia mais um alicate, que quando estava cego arrancava o cabelo na marra e doía pra caramba e claro! aproveitar bastante o momento. 
A farra continuou até altas horas e saímos de lá, aos bagaços. Era mais uma etapa da vida, muito suada, mas vencida de forma incontestável! O Bar, ao contrário do que pensávamos, foi o lugar ideal! Brincamos, bagunçamos e o dono não estava nem aí!
Me lembro que durante o período de preparação para o vestibular, estudávamos também na casa da irmã do Geraldo "Cabeção", no Vergel do Lago. Era muito bom! Muito bom mesmo! A família da irmã do Geraldo era arretada! Todas as noites tinha uma panela de sopa de feijão com macarrão, que devorávamos no intervalo para o lanche e não sobrava nada. Nem pra dona da casa, que fazia a deliciosa sopa, oferecíamos. Se não estou enganado rachávamos a compra do principal ingrediente da sopa: o feijão e o pão francês que acompanhava a sopa. O resto era por conta da irmã do nosso amigo Geraldo. Pense numa mão boa pra cozinhar! o tempero e o sabor eram inconfundíveis! Não me lembro quem de fato ia estudar. Alias! Era eu, o Geraldo e o Equinho. Será que era mesmo? Íamos e voltávamos andando e a resenha era muito legal. Chegávamos na casa da irmã do Geraldo totalmente relaxados.
Nessa época, havia um grande movimento comunista no Brasil, em função da intervenção militar e Alagoas não podia ficar de fora. Tinham vários amigos, não da nossa turma que participavam desses movimentos. Era comum, durante o nosso percurso de volta, na maioria das vezes, da casa da irmã do Geraldo, para nossa casa, encontrarmos pequenos pacotes embrulhados em papel de presente e quando abríamos tinha uma folha de papel onde estava impresso um manifesto escritos por algum desses grupos, esculhambando com o governo e suas arbitrariedades. Encontramos vários desses embrulhos. Encontrávamos também várias folhas que eram soltas nas calçadas, com mesma finalidade. Criticar o governo militar!
Algumas vezes fomos abordados durante o nosso percurso, pela Polícia, encostados na parede e além da revista, daquelas de doer até os ovos, tínhamos de responder aquelas tradicionais perguntas idiotas: "onde estão os panfletos? vão para onde? vem de onde?" O que estão fazendo?... Isso tudo sem nem sequer dar uma boa noite ou pelo menos pedir licença para efetuar a revista que além de ser feita em todo nosso corpo, faziam também em todos os livros e cadernos que levávamos. nós achávamos a maior sacanagem! Mas, como já escrevi, todas essas situações valeram a pena. O bom é lembrar, rir e até escrever sobre tudo aquilo.
No dia seguinte, com muita ressaca, fui raspar a cabeça numa barbearia que existia na Praça do Pirulito, vinho ao Bar do Maurício. Depois iríamos comprar o kit do fera: a boina, no nosso caso azul com o nome "Engenharia Civil" estampado na borda lateral da boina, uma camiseta branca onde tinha estampado o escudo do curso de "Engenharia Civil" e a frase: "fera 73" e para terminar um bolsa plástica, azul com o escudo do curso de Engenharia Civil e escrito "Curso de Engenharia Civil". A boina era arretada! Pense numa desfilada! Todo mundo ficava olhando. As "cocotas", quando passávamos, ficavam olhando e "cochichando"!
Aproveitei a minha ida ao barbeiro e fui passar um "telegrama Western" para meu tio, que morava em Salvador, informando da minha vitória. A agência  da "Western", ficava na Praça Dom Pedro II, no Centro de Maceió, onde mais tarde funcionou a Casa do Colegial, cujo jargão ficou conhecido até hoje: "se no Recife tem! Na Casa do Colegial também tem!"... Claro que fui de boina! Recebi no outro dia um "telegrama Western", do meu Tio me parabenizando.
Fiz Engenharia Civil, por gostar muito de matemática e acredito que me espelhei no meu tio Pessoa. Acredito não! Tenho certeza! Excelente profissional da Engenharia e um homem íntegro, acima de qualquer suspeita.
São momentos da vida que jamais esqueceremos. Fiz questão de imortalizar esse momento tão importante pra todos nós escrevendo essas mal traçadas linhas.

Nicolau Cavalcanti em 12/12/2012

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Peixada do Ferreira. "Além de famosa era deliciosa!"

Funcionava no Vergel do Lago, praticamente ao lado do Bar das Ostras, à beira da Lagoa Mundaú. O acesso era feito entrando ao lado do Colégio Rui Palmeira, no Vergel, e seguia-se em frente até chegar a beira da Lagoa e ao Bar. Na realidade o percurso até se chegar a Peixada do Ferreira era o mesmo que se fazia para se chegar ao Bar das Ostras.
O ambiente interno da Peixada era um espaço com várias mesas dispostas de um lado e de outro na área do salão. O imóvel tinha a largura padrão e o seu comprimento muito grande. Típico dos imóveis da época. No final do salão tinha um balcão onde funcionava toda uma estrutura para atender os clientes e por trás, havia um espaço onde funcionava a cozinha onde era preparados os deliciosos pratos. A peixada era o carro chefe da casa! A peixada à moda da casa preparada com postas de arabaiana, que naquela época eram postas mesmo, cozidas com o leite natural do coco, isto é ensopadas e recheadas de verduras, batata inglesa, chuchu e cenoura. O pimentão, o tomate e cebola eram colocados cortados pela metade e cozido na mesma panela, com bastante cheiro verde e cebolinha. Tinha também, ovos cozidos. A peixada vinha acompanhada de arroz branco e um delicioso pirão mexido no caldo do peixe com farinha de mandioca. Não sobrava nada! Era realmente uma maravilha! Tinha a peixada frita que era as postas de arabaiana fritas com rodelas de cebola e tomate, acompanhada de arroz branco e feijão tropeiro ou o mesmo acompanhamento da peixada. A escolha ficava por conta do cliente. Tinham também vários outros pratos e tira-gostos deliciosos, inclusive de camarão, siri, caranguejo...
Fomos poucas vezes por lá. Fazíamos esse roteiro, normalmente nos finais de ano quando juntávamos toda a turma e saíamos visitando e matando a saudade em vários lugares que a turma freqüentava.
Não sei até quando funcionou a Peixada do Ferreira naquele lugar, no Bairro do Vergel do Lado, as margens da Lagoa Mundaú. Só sei que de repente, acredito de 15 a 20 anos atrás, se não estou enganado, ela reapareceu na Avenida Doutor Antônio Gouveia, onde funciona a Churrascaria Labareda Grill, na Praia de Pajuçara, no Bairro de Pajuçara. Não tenho certeza se a Peixada do Ferreira de lá na beira da Lagoa Mundaú, era a mesma da Praia de Pajuçara.

Nicolau Cavalcanti em 11/12/2012

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Pop's Macarronada: "Passávamos muitos Xeixos por lá! Era realmente uma grande aventura!!!"

Começo essa narrativa tentando explicar o palavra "Xeixo". Confesso para todos vocês que não sei como escrever corretamente a palavra acima, Mas, a expressão: "Passar um xeixo",  pra nós da nossa turma significava: Comer, beber e arrotar num determinado local e depois se mandar sem pagar. Essa expressão era muito conhecida na turma bagunçeira dos anos 60 e 70.
A Pop's Macarronada, funcionava no mesmo local onde funcionava também o Posto de Combustíveis Pop's, na esquina da Rua Dr. Pontes de Miranda com a Rua Barão de Anadia em frente ao antigo Prédio da Prefeitura e também ao Prédio do INSS, no Bairro do Centro. Na realidade esse Posto, passou por diversos donos, mudando várias vezes de nome. Durante o dia o Posto era um Posto como outro qualquer. O movimento de entra e sai de veículos para abastecer era o mesmo de qualquer outro posto que existia na época, em Maceió.
À noite, o movimento mudava. Se não me engano os postos tinham hora pra fechar. Creio que era 20:00 horas. Depois desse horário, o Posto Pop's virava Macarronada Pop's. A área era lavada, mesas eram espalhadas e estava montada a famosa Macarronada. Existia uma parte do Posto que tinha um balcão onde eram despachados os pedidos dos clientes. Tinham várias opções de Macarronadas mas, gostávamos muito da bolonhesa, leitão, bife e quando estávamos com pouco dinheiro pedíamos a macorronada de "bife do Olhão", macarrão com ovos. Mas, quando o dinheiro estava pouco a única opção era: sentar, pedir qualquer coisa, comer e desaparecer! Não pagar! Que vergonha! Que nada! Para nós era simplesmente mais uma aventura! O nosso amigo Paulo "Chorão", sempre estava por trás disso tudo, além de gostar, tinha carro e dava apoio para a turma de "Xeixeiros"! Paulo "Chorão" há muito tempo já não está junto a nós. Foi  brutalmente assassinado nos anos 70.
Para passar um "Xeixo', chegávamos três ou quatro amigos na Pop's Macarronada, deixávamos o carro próximo e na posição de se mandar, sentávamos à mesa tomávamos uma geladinha, enquanto vinha o nosso pedido. Nada de demonstrar nervoso. Se não o garçon podia desconfiar e ficar de olho.
Pedido na mesa! Pedido degustado! Garçom! mais uma cerveja! E tititi tititi tititi... Tatata tatata tatata... E começávamos a traçar o Nosso plano de fuga. A mesa ficava num ponto estratégico: longe do atendimento e o veiculo, se não estou enganado, uma Brasília VW, estava pronto e preparado para a fuga. Tudo pronto: o Paulo "Chorão" entrava no seu carro, mais um entrava também e então: garçom por favor, a conta! Aí quando o coitado do garçom dava as costas, aproveitávamos esse momento corríamos para o carro e o nosso amigo PC, acelerava e tchau! Tchau! Pop's Macarronada!!!
Fazíamos isso em qualquer lugar. Mas não era uma atitude normal. Aliás! Eu não era muito de participar dessas aventuras mas, de vez em quando me arriscava. Os mais corajosos, faziam tranquilamente. Missinho, Equinho, Geraldo "Cabeção", Paulo "Chorão" e vários outros eram craques em passar xeixo. Não me lembro por quanto tempo durou o Posto e a Pop's Macarronada, só sei que eram muito divertidas as nossas aventuras. Graças à Deus! Nunca tivemos problema. Além de sermos uma turma de "locas", isto é, de maloqueiros, tínhamos muita sorte. Depois que o Posto acabou, no local foram construídos várias outras opções de comercio. Me lembro que foi construído até um grande Bingo, onde muita gente ia gastar o seu suado dinheirinho apostando. Hoje não sei o que funciona no local.

Nicolau Cavalcanti em 10/12/2012

domingo, 9 de dezembro de 2012

O maravilhoso jogo de Futebol entre Solteiros x Casados: "não tinha rivalidade mas sim, muita resenha e muita união!!!"

A nossa turma, além de ser boa em tudo que fazia, era excelente em criar situações para que pudéssemos aproveitar o nosso tempo juntos. Eram nos rachas, na Venda do Seu Toledo, na Venda do Seu Luiz, no jogo de botão, nas brincadeiras na Esquina de Dona Amélia... Enfim! Sempre estávamos juntos. Era praxe um bom racha na Praça da Faculdade ou na Praia do Sobral, quase que diariamente. Eu confesso que era um verdadeiro "perna-de-pau" mas, mesmo assim, como sempre faltava alguém para formar um dos times, quem era convocado para fazer parte de um os dois times? Eu! Claro! Sempre jogava na defesa. Acredito pelo meu tamanho. Apesar de só ser convocado nessa situação, eu não decepcionava.
Mas se falando em craque de verdade, tínhamos alguns amigos da turma que eram jogadores e profissionais: o Haroldo era um deles e jogava pelo CRB e o Flavio Paquinha um amigo e craque que jogava pelo CSA, na época. Tinha também o Roberto Pinheiro da turma dos mais velhos e era também um excelente jogador. Sem contar com o Missinho que era muito bom no jogo de futebol de salão. Aliás! A grande maioria da turma sabia dominar e bem, uma bola.
A partir do final dos anos 70, quando já tinha uma boa quantidade de amigos da turma casados, surgiu então a ideia de se promover um jogo entre solteiros x casados, que era disputado uma vez por ano, antes da festa de confraternização que promovíamos todos os anos durante o período natalino. Fazíamos nesse período, para aproveitar a vinda de amigos que trabalhavam ou estudavam fora.
A partida era realizada em um dos dois campos de futebol que existiam na Praia de Pajuçara, e que eram alugados por hora, durante toda a semana. Fazíamos então um levantamento para saber os custos do aluguel do campo, como também os da nossa confraternização que sempre acontecia no Vermelhão. Bar e Restaurante que existia no início da Avenida Doutor Antônio Gouveia, bem próximos aos dois campos, de frente a Praia de Pajuçara.
De acordo com o levantamento dos preços do aluguel do campo, contratação de um juiz de futebol para comandar a partida como também do principal: a festa de confraternização da turma após o jogo, dividia-se o montante pela quantidade de pernas-de-paus. Esse levantamento era feito algumas semanas antes da realização do evento e o valor a ser pago por cada participante era entregue ao Seu Luiz, dono da Venda que frequentávamos, que sempre coordenava o evento. Na foto abaixo, algumas pessoas que faziam parte da turma e detalhes da Venda do Seu Luiz, que na foto ele aparece no fundo e o mais alto(seta preta indicando). Existe também no fundo dessa foto, um mural onde Seu Luiz colocava avisos para turma. Se vocês observarem com cuidado, vai ver um aviso dando detalhes do jogo Solteiros x Casados. aviso em papel na cor branca(seta preta indicando). Esse simples detalhe, vale por toda a fotografia.
No dia do jogo, normalmente uma sexta-feira, a concentração era geral. Todo mundo ansioso, aguardava a noite chegar e sabia que a festa tinha hora pra começar mas, não tinha hora para terminar. Com certeza, depois da conta paga, iam sair intermináveis: saideiras, ideiras e tudo que terminasse com eiras..., para a festa não acabar. Era realmente uma noite muito especial para nossa turma. O jogo, as brincadeiras, as doses de aguardente que o treinador de cada equipe oferecia aos seus "pupilos", quando eles lhe pediam água e era cachaça da boa. No mínimo Mucuri, mas tinham outras: pitú, saborosa e tantas mais... Tinha jogador que quando descobria, passava o jogo morrendo de sede! Na foto abaixo, detalhe do aviso colocado no mural, sobre a data do jogo, valor que cada um teria de pagar e o responsável pela arrecadação. Gente isso é maravilhoso! Nessa foto esse jogo ficou imrtalizado.
Eram momentos maravilhosos e de união da nossa turma. As desavenças e os brigas eram deixadas de lado e, só queríamos mesmo era aproveitar a confraternização. Tínhamos de chegar 30 minutos antes do início da partida, para organizar cada time e pressionar os times que estavam jogando no horário para não ultrapassassem o limite do seu horário. Quando o outro jogo acabava, já estava tudo definido antecipadamente: o lado e quem começava jogando. Não podíamos perder um segundo, pois assim como nós pressionamos para o jogo anterior acabar, o mesmo iria acontecer com a gente.
O jogo começava e a torcida, que era na sua maioria formada por reservas dos dois times, que ficavam esquentando os bancos de concreto, que existiam nos dois lados do campo. Essa torcida formada de amigos solteiros e de casados tomava conta do ambiente com seus gritos e frases estridentes empurrando o seu time pra frente. Tinha a presença de algumas figuras do sexo feminino que eram as namoradas, esposas, paqueras e admiradoras. Muitos já tinham ingerido "água que Pinto não bebe" e, estavam aguardando e pronto para substituir qualquer jogador em qualquer posição. Só não jogava quem não queria ou quem não tinha condições de jogar, devido as altas doses de aguardente na "Carcaça". Afinal de contas o jogo, como já falei, fazia parte de uma grande confraternização beber não era proibido.
Não me lembro se existiu algum time ganhador durante todos os jogos que aconteceram. Só sei de uma coisa: no "frigir dos ovos", todos que participavam desse jogo, saíam ganhando!
O jogo corria normalmente e muitos craques começavam a sentir o peso do cansaço e a garganta seca. Pra mim, puro pretexto, para tomar uma "lapada de pinga". A hora se passava e os jogadores da partida seguinte já começavam a chegar e alguns já gritavam: olhe a hora! Nós já contávamos os minutos para o jogo acabar e começarmos a nossa confraternização no "Vermelhão".
Antes do jogo, os amigos responsáveis pela festa, já tinham acertado tudo com o dono do "Vermelhão" e, já tinha várias mesas juntas forradas e com cadeiras distribuídas por toda a sua extensão. Também em cada lugar em cima da mesa, já tinha uma taça esperando aquele bando de pernas-de-pau sedentos para saciar sua sede com uma cerveja Brahma bem geladinha!
Era o juiz apitar o final da partida, e então saíamos correndo desembestados em direção ao "Vermelhão".  Tinha início então, a nossa maravilhosa confraternização. A cerveja começava a ser distribuída por toda a extensão da mesa como também os tira-gostos. Junto com isso começavam as brincadeiras. Aliás! Antes começar a festa de confraternização, fazíamos um brinde a nossa união, a nossa saúde e a tudo de bom para nossa turma. Todos nós, com os copos cheios de cerveja, fazíamos o tradicional tim, tim e o brinde.
Agora sim, a festa começava com "gosto de gás". O Vermelhão já estava cheio da turma jovem que ali se reunia todas às sextas-feiras, para curtir o espaço. A nossa turma chamava a atenção pelo barulho que fazia, como também pelo time de bonitões que deixavam a mulherada doida. Digo por mim! Que a Fatima não leia essa história!
Bem, a confraternização continuava firme e de vez em quando pedíamos ao garçom para dar uma geral para sabermos quanto ainda tínhamos de grana para continuar a nossa festa. Tinham aqueles que não tomavam cerveja e pagavam as doses por fora, mas eram poucas. Agora, Imaginem uma grande mesa, regada de cerveja e tira-gostos, de frente à Praia da Pajuçara que, além do maravilhoso visual, mesmo sendo noite, tinha também a presença de lindas "cocotas" que abrilhantavam o ambiente. "Velhos tempos, belos dias", como cantava de forma simples e verdadeira, aqueles maravilhosos momentos, Roberto Carlos em uma de suas canções.
O jogo de solteiros x casados enquanto tinha solteiros e casados em número suficiente para formar os dois times, aconteceu e, a cada ano era ainda melhor. Mas um fato lamentável aconteceu. Seu Luiz Tenório nunca participou da nossa confraternização diretamente. Gostava muito da turma mas nunca tinha ido assistir o jogo e muito menos, participar da farra. Era um cara muito sério e não ia aguentar todas as brincadeiras da turma. Mas uma coisa era certa! Ele sempre lamentava que a turma procurasse um outro local para fazer a festa de confraternização. O sonho dele era que antes de morrer ainda fazer uma festa na sua Venda. Um desses anos a turma resolveu então homenagear o Seu Luiz, fazendo a festa na calçada ao lado da sua Venda. Tudo foi feito conforme fazíamos todos os anos. Seu Luiz ficou numa felicidade tão grande, que só vendo!
O jogo foi realizado na Pajuçara e logo após o jogo, voltamos para Venda do Seu Luiz onde na calçada ao lado da Venda, estava montada toda estrutura para nossa festa de confraternização. Dessa vez com a presença do Seu Luiz, que sempre que podia estava com um sorriso aberto e muito satisfeito e feliz com a homenagem que fizemos pra ele. O tira-gosto foi de galeto que Seu Luiz providenciou.
Passado algum tempo, Seu Luiz começou a apresentar problemas no coração e depois de vários e exaustivos exames, a equipe de Cardiologia do Hospital da Santa Casa de Misericórdia, chefiada pelo Dr. Wanderley, optou por uma operação de ponte de safena. Operação que tinha lá os seus riscos, em função de ser um tipo operação nova e que apesar da equipe do Dr. Wanderley já ter realizado inúmeras aqui em Alagoas, os riscos ainda existiam. Seu Luiz foi submetido a essa operação e lamentavelmente não suportando esses riscos veio a falecer.
Isso para nossa turma foi um tiro no peito de cada um de nós. Perdemos o nosso rumo! Perdemos uma pessoa maravilhosa! Ficamos órfãos! Ficamos sem um porto seguro. Com esse acontecimento, a turma se dispersou. Não tínhamos onde nos encontrarmos. Mas a vida é assim. Com o passar dos dias, dos meses, dos anos e de décadas, aprendemos a viver sem aquele Senhor que era, áspero quando tinha de ser, educado sempre mas, não levava abuso de ninguém pra casa. Hoje lembramos dele com muitas saudades e muitas histórias para contar dele e de sua Venda. Não vou me estender mais, pois pretendo futuramente, escrever algumas linhas sobre a Venda do Seu Luiz.

Nicolau Cavalcanti em 08/12/2012

sábado, 8 de dezembro de 2012

Um desabafo de primeira para um timinho de terceira: "leiam e confiram!!!"

Estava eu na porta de casa tomando um arzinho após o jantar, o céu estava claro e uma linda lua cheia cor de prata, brilhava e mostrava toda da sua beleza e exuberância junto a milhóes de pequenos pontos luminosos que faziam parte daquele maravilhoso cenário. Foi quando avistei uma figura muito esquisita, caminhando pela rua e vindo em minha direção. Observei que andava cambaleante, tinha uma camisa rasgada listada vermelha e branca pendurada no ombro, uma bandeirola também rasgada enrolada num pedaço de cabo de vassoura, nas mesmas cores da camisa, embaixo do braço e na cabeça um boné todo em vermelho com o escudo do CRCÊ, suado e encardido, atravessado na cabeça, que nem o Neymar costuma usar. Ao me ver, sem que nem pra que, esbravejou: Amigo Dotô! Boa noie! Eu tô É P...da vida, com esse timinho safado chamado de galo que de galo não tem nada. Pra me é apenas um pintinho e quiçá um franguinho! E olhe lá! Mas não é seu Dotô? Nasci e me criei torcendo por esse timinho safado que desde que me entendo de gente, só me faz raiva. Passou 15 anos na série "B" e só fazia apanhar que nem mulé de malandro, e no final de campeonato só faltava matar a gente do coração. Aliás teve torcedor que até morreu, pois tinha de lutar contra o rebaixamento até o último minuto do jogo e ainda depender de resultados dos outros. Que vergonha, meu Deus!
Tudo bem que esse ano ele está de volta, mas não espero muito dele não! Tenho certeza que vai cair mais uma vez. Com esse timinho aí! Não dá! Agora eu, com cara de abestado, eu só não, todos os abestados torcedores desse timinho safado, gastamos todo o nosso dinheirinho que suamos pra caramba para ganhar, com transporte, ingresso, lanche e uma cervejinha, que ninguém é de ferro, gritando feitos uns otários: galo! Galo!...e nada do pinto beliscar, Dotô! Paciência!
Me responda uma coisa Dotô: "O que foi que os dirigentes do frangote da Pajuçara, fizeram com a renda desses 15 anos todos de decepções? Cadê a “bunfunfa”? Onde peste eles meteram as rendas desses jogos?
O patrimônio do clube clube, meu Deus! Está totalmente dilapidado! Vão vender inclusive o campo do CRCÊ, pra que, meu Deus? Estão dizendo que parte do dinheiro da venda vão construir um CT - Centro do Terceira! e o resto da "bufunfa" vai pra onde? Me responda Dotô! Vai para o bolso de quem!
No Alagoano nem se fala! Passou 10 anos, praticamente sozinho, e nesse período não nos deu uma alegria se quer! Só esse ano apesar dos pesares ganhou mais um título. Mesmo assim perde feio pra o glorioso CSA que tem 37 títulos alagoanos contra apenas 26 do meu frangote da Pajuçara. Repito apenas 26 títulos! Nesses 10 anos só soube mesmo é levar chute no traseiro ou ser vice. Visse!!! Eu tenho certeza que essa diretoria não está nem aí para a sua torcida que só sabe gritar: galo! Galo! frangote... O que querem mesmo é a “bunfunfa”!
Pra sua torcida, coitada! A conversinha é a mesma: é, o galo é o time! Ele pode está na série "B", como também na "C" e com certeza no próximo ano cairá para "D", e nós estaremos juntos! Coitadinhos!!! Dotô, Eu resolvi tomar uma decisão radical: vou torcer pelo Glorioso CSA, pois esse já está na série "D" e com certeza irá subir para "C", enquanto o meu CRCÊ, vai cair para a "D", e só Deus é quem sabe do seu incerto futuro! Fui Dotô! Vou descansar!!! E saiu cambaleante rua à fora e desapareceu! Nem o seu nome perguntei. Devia ter tomado umas boas doses de pinga, pois estava com "bafo de onça" desgraçado e reclamando que estava com um gosto forte de "cabo de guarda-chuva" na boca!

Nicolau Cavalcanti em 07/12/2012

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Natal! Inspiração, poesia, marchinha ou agonia!!!

É meus amigos! Conforme já escrevi anteriormente, nossa turma tinha de tudo. Tinha aqueles que não faziam nada! Tinha aqueles que desmanchavam o que os outros faziam! Tinha aqueles que eram bons de matemática e outros bons na paquera. aliás! Nesse item, todos eram bons! Alguns que eram bons na enrolação, outros que eram metidos a escritor e um, apenas um! Graças a Deus! Que era metido a poeta e compositor. Aliás! Bote metido nisso!
Essas obras primas, que com certeza, farão em breve, parte do Patrimônio Cultural da Humanidade pela sua profundidade, significado e abrangência e que só agora  tive coragem de publica-las no meu Blog, tem no mínimo, 40 anos de história.  Estavam guardadas na memória de todos amigos da turma.
Acredito que foram criadas e concebidas num daqueles dias em que sentimos aqueles estalos que surgem na mente quando baixa o satanás! Quando a lâmpada do "eureca" se apaga! Quando a terra fica alinhada entre o sol e a lua! O capeta dá uma cochilada! A galinha cisca pra frente! O Saci Pererê aparece com as duas pernas! O peru morre no dia!
Eu, hipnotizado pela essência e profundidade desses manjares dos deuses, publico corajosamente, uma "poesia" e duas "marchinha" no meu Blog, tentado imortaliza-las e perpetua-las para que as novas gerações tenham acesso a essas "obras primas", que até então só existiam guardadas em nossas mentes.
Fiz questão de publicar essa "linda e filosófica" poesia, como também essas marchinhas pelo que elas representaram na época e pelo que representam até hoje para nossa turma. Sem sacanagem! Sabe o que é dá uma bela de uma cagada e sentir o seu cheiro até hoje? É exatamente isso! É o que acontece quando a turma, por algum motivo, se reúne e começamos a relembrar as nossas incontáveis aventuras. Com certeza lembramos dessas jóias! Da mente totalmente poluída do seu autor! Lembramos, relembramos e por isso mesmo resolvi documentar para posteridade. 
Esse tal "balacobaco" na mente "sã" do nosso amigo Érico, aconteceu há mais de 40 anos, como já escrevi acima e mesmo não sendo documentadas ou patenteadas, essas dua obras não poderiam jamais ficarem escondidas e apenas memorizadas em nossas mentes insanas, pelo sentido etimológico de suas frases, palavras e até da melodia, no caso da marchinha, colocadas harmoniosamente palavra por palavra, transmitindo o real sentido dessa poesia e dessas incríveis marchinhas.
Comece lendo a poesia abaixo com muita calma e a cada frase pare, reflita e tire as suas conclusões. Boa sorte!!! As marchinhas. Depois de ler e refletir sobre a poesia, é hora então de viajar pela notas musicais e da letra dessas marchinhas. Impressionantes! Fantásticas! Tenho certeza que vocês viajarão como se estivessem embriagados com a própria pitú existentes nas letras dessas embriagáveis melodia. Louco não é quem escreveu essas aberrações! Mas sim, aquele que, com certeza, terá a coragem de ler uma por uma! Se sentir alguma indisposição após a leitura, uma dose de Bimbozil 24", subcútânea, de preferência na posição de quatro, deixará você mais relaxado(a).

Natal!

É Natal! Papai e mamãe cheios de pau.
Mamãe chorando e papai vomitando.
Meus amigos na esquina,
Uns chumbados, outros lombrados.
Mas tudo isso é normal,
Porque  hoje é Natal!

O presente de Natal!

Deixei meu sapatinho,
Na janela do quintal.
Papai Noel deixou,
Uma Priquita pro meu pau,
Já que Papai Noel,
Não esquece de ninguém,
Vou pedir outra Priquita,
Pra você também.

Tomando Pitú!

Eu esse ano vou tomar Pitú,
Quem não quiser vá tomar no cú. Bis

Pitú é boa, Pitú é quente,
Pitú alegra o coração da gente. Bis

"Lindas e adequadas para a época, segundo o nosso amigo Equinho".

Poesia e Marchinhas: Érico Lages Lima enviada em 06/12/2012.

Obs: O meu Blog é Sério!

Nicolau Cavalcanti em 06/12/2012

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

As loucuras que aprontávamos com os nativos que iam arriscar a sorte nos bingo promovidos pela FAPE!!!

Antes da construção do o Estádio "Rei Pelé", foi criada pelo governo do estado a FAPE - Fundação Alagoana de Promoções Esportiva, tendo como Superintendente, um dos grandes empresários e homens públicos da época, o Sr. Napoleão Barbosa. A FAPE foi criada com o único propósito de arrecadar fundos para ajudar na construção do Estádio Trapichão. Se não estou enganado a FAPE funcionava na Rua Boa Vista, no Centro, bem próximo ao Prédio da antiga Monte Máquinas, hoje uma das agências do INSS.
Eram sorteados na época vários automóveis, a maioria da marca Willys: tinha a Rural, o Jipe, a Picape... Não lembro se entrava também o Aero Willys!? Tinham também de outras marcas e de vários modelos. Tinha até Caminhão. Até casas foram sorteadas! Não me lembro quantos sorteios eram realizados durante o mês, só sei que no dia do sorteio, Maceió praticamente parava. Os sorteios eram realizados no terreno onde ia ser construído o Estádio Trapichão e eram realizados em forma de bingos e, quem preenchesse primeiro a "cartela", ganhava o sorteio e por conseguinte, levava o prêmio. Se fosse apenas uma pessoa o prêmio era só para essa pessoa, mas se várias pessoas conseguissem preencher a "cartela", o prêmio era dividido por todas essas pessoas. O bom era que os prêmios eram entregues na hora. O terreno se não me engano, era um sítio de coqueiros e que já tinha sido iniciados os primeiros trabalhos, como o corte dos coqueiros, e a retirada de todos os troncos e palhas. Só restaram no terreno as raízes dos coqueiros. Eram muitas raízes em função, lógico, do terreno ter sido um sítio de coqueiros como já falei anteriormente. Várias pessoas marcavam inclusive, a "cartela" em cima dessas raízes. Acredito que esses bingos ocorreram na segunda metade da década de 60.
Muitas pessoas que participavam do bingo, vinham de todo o estado. Chegavam de todo o tipo de transporte inclusive de trem. O trem quando chegava, em Maceió, parava na Avenida Siqueira Campos e então descia um bando de nativos vindos de todos os lugares por onde o trem passava. Essa turma se juntava as outras pessoas  que iam em direção ao local do Bingo e formavam um verdadeiro tsunami. Essa imensa onda formada de pessoas, se deslocava em massa, passando por cima de tudo. Dava até medo acompanhar essa onda.
No local do sorteio tinha mais gente do que não sei o que! Era um zum, zum, zum  e danado! O terreno era formado por uma mistura de areia da praia, areia preta e resto de raiz de coqueiro revolvidas em função do trabalho de terraplanagem. Haviam também muitos pés de coqueiros que tinham sido cortados pela raiz, ficando apenas aqueles monte de tocos, onde as pessoas de vez em quando subiam para dar uma espiada na multidão.
Nem sempre participávamos dos sorteios. Muitas vezes íamos até o local do sorteio, só para perturbar. Por exemplo: quando o sorteio começava e uma boa quantidade de pedras já haviam sido chamadas, aí gritávamos: bati! Bati! Era aquele alvoroço das pessoas se espremiam e esperavam o sortudo aparecer e acompanhar o resultado da conferência. Nem saíamos do lugar! A vaia então cobria!
Quando não íamos, ficávamos então na Esquina de Dona Amélia, aprontando tudo que tinha direito pra cima dos nativos que iam arriscar a sorte no bingo. Eram aproximadamente de quinze a vinte amigos doidos para descarregar um pouco de adrenalina em cima dessa imensa onda que se dirigia em bloco e cadenciada para o local do sorteio.
O local era muito grande e dava para acomodar toda essa gente ávida e esperançosa e ainda sobrava muito espaço. No meio desse espaço era colocado um caminhão que servia de palanque e de onde o locutor oficial chamava o bingo. A grande dificuldade era de se chegar até o caminhão, quando alguém batia e da demora para se conferir a cartela, pedra por pedra, principalmente quando havia mais de um ganhador. Além do empurra, empurra, tinham também aqueles engraçadinhos que torciam descaradamente na cara do pretenso ganhador,  para que não fosse verdade. E se realmente o coitado tinha errado na, marcação da "cartela", levava uma estridente vaia bem dada por todos os participantes do bingo.
Mudando de "pau pra cacete", quando não íamos marcar ou apenas acompanhar a chamada do bingo, ficávamos, como já falei, reunidos na esquina da casa de Dona Amélia, tirando onda com os nativos que na sua grande maioria, viam do interior. Dava até pena, o que aprontávamos!
Uma das brincadeiras que sempre fazíamos era a seguinte: um ou dois dos amigos da turma se infiltrava no meio da multidão que só queriam mesmo era chegar no local do bingo. Na hora que iam atravessar a Rua São Domingos, isto é: da Venda do Seu Toledo para a Esquina de Dona Amélia, onde a turma estava, quando chegavam no meio da rua, os dois amigos gritavam: Olha o carro! socorro! Vai bater na gente! Corram! E aí os dois corriam desesperados para junto da nossa turma. As coitadas das pessoas, distraídas, se assustavam e corriam desesperadas pro outro lado da rua, na esquina onde estávamos. Muitos ficavam puto da vida, chamavam palavrões e ameaçavam partir para cima da gente, mas quando viam a turma que teriam de enfrentar, desistiam e resmungando seguiam em frente. Quando os coitados davam as costas para turma e a distância era segura, aí começávamos: veado, filho da puta... Essa brincadeira se repetia várias e várias vezes até que cansávamos.
Uma outra brincadeira que fazíamos era simular uma briga entre dois amigos. Tudo estava indo muito bem, aquela massa de gente seguia em direção ao local do bingo, quando de repente: dois dois nossos amigos da turma começavam um "bate boca", fingindo uma discussão que ficava mais acirrada a medida que juntava mais gente e os coitados que passavam apressados pra não perder um único número se quer do sorteio, paravam e ficavam olhando e muitas vezes até torcendo para que, aquela discussão que parecia ser real, terminasse em tapa. Depois de muito "bate boca" simulado e já havia um grande número de pessoas paradas assistindo, os dois rindo se a abraçavam e zombavam de todos que ali estavam parados assistindo a discussão. Muitas pessoas gostavam e riam, mas tinham outras que ficavam com muita raiva e esculhambando continuavam a sua caminhada ainda mais apressada.
A mesma situação ocorria quando os nativos passavam pela esquina e davam as costas naquele ritmo desenfreado  e começávamos então a provocar em voz alta: "bando de bestas! Otários! Os coitados nem olhavam pra traz, de tão atrasados que estavam. Alguns mais corajosos tentavam nos encarar e levavam uma boa de uma vaia.
Os cabeças dessas brincadeiras sempre foram: Geraldo "Cabeção", Equinho, Laurinho e Missinhos. Esses comandavam de fato, as loucuras da turma.
A mais comum das loucuras nessas horas, era xingar com alguém que tinha algo de diferente: nariz grande, era "ventão"; baixinho, era "tamborete de gandaia"; alto, era "espanador da lua", barrigudo, era "jarrão"; magro, era "caveira elétrica"; careca, era "sem telha"; feio, era "Zé bonitinho"; veado, era "bicha ou veado" mesmo; Cocota da bunda grande, era "tanajura", gostosa, era gostosa mesmo ou então "minha tara" e tinha muito mais... Passou diante da turma, pessoas com alguma dessas características, com certeza apelávamos, não por maldade, mas sim pelas nossa idade. Simplesmente Surgia por impulso. Éramos aborrecentes! Tínhamos de fazer qualquer coisa para, como já disse. anteriormente, diminuir os níveis de adrenalina de todos nós.
Quando dava tempo montávamos até armadilhas. essa era pesada! Nessas horas, sempre tínhamos uma caixa de sapato ou uma caixa qualquer com as dimensões parecidas. Normalmente usávamos um pedaço de tijolo ou então alguma pedra parecida mas que coubesse dentro da caixa. Ficávamos na esquina enquanto um dos nossos amigos colocava no meio da calçada uma das pedras e cobria com a caixa de sapato. Ficávamos então na espreita, esperando que alguém apressado, ou algum otário desse um bom chute na caixa. Se assim o fizesse, tava lascado! Pois além de chutar a caixa chutava também a pedra! Nós observando, só víamos o neguinho chamar uma baita de uma "porra" e sair mancando e resmungando. Aí começava a nossa "encarnação": um gritava: aí meu pé! O Haroldo, irmão do Bebéu dava uma daquelas gaitadas estridentes dizendo: "uuuiii! Aiiii meu pezinho!!! As vezes, o "chuta pedra", puto da vida, tentava encarar a nossa turma e então revidávamos o que fazia com que o "chuta pedra" mesmo mancando, saísse correndo. Aí aproveitávamos para dar uma boa de uma vaia e elogia-lo com palavras como: FDP, veado, otário, vá tomar no cú... Mas tudo isso não passava de simples brincadeiras! Pelo menos para nós!
Agora! nem tudo era bom pra nós! Estávamos sempre pronto para bater em retida! Isto é! Pernas pra que ti quero! Quando era para corrermos, não tinha quem nos segurasse! Virávamos campeões olímpicos nos 100 metros rasos. Aliás! O Missinho era um excelente corredor! Sempre disputava corrida nos jogos estudantis.
Uma outra brincadeira que era muito simples e fácil de fazer era a da carteira: só precisávamos de um pedaço de cordão ou um pedaço de nylon para pesca. Quanto mais fino melhor! E de uma carteira de cédulas velha e pronto! Amarrávamos a carteira em uma das pontas do nylon ou do cordão. Alguém da turma atravessa a Avenida e colocava a carteira na calçada da Praça da Faculdade e então ficávamos escondidos esperando que alguém notasse a carteira de bobeira na calçada e tentasse pegar. Na hora que a pessoa se abaixava para pegar a carteira, puxávamos então o cordão e o cara tomava susto da porra e na maioria das vezes saia descabriado, olhando de um lado para o outro. Tinham outros que davam conta da carteira na caçada e não tinham coragem de pega-la de primeira. Davam algumas passadas e depois paravam, encaravam a isca, voltavam e sem querer querendo, davam aquela abaixadinha discreta para abocanhar a dita cuja. Na hora de pegar a carteira, puxávamos o cordão! PQP! Gritava o coitado! A vaia cobria no centro e o coitado saía sem nem olhar para traz. Outros, corriam atrás da carteira e se a gente desse bobeira, perdíamos a dita cuja. 
Só fazíamos essas duas últimas brincadeiras quando o movimento estava mais calmo, pois na hora do pique, com certeza seríamos arrastados pela aquela grande onda viva e além pisoteados seríamos linchados. Graças a Deus, nunca levamos a pior, a não ser na história dos malditos marinheiros. Só de lembrar fico todo arrepiado com a surra que eu e mais uns dois da turma levamos! Nem quando passava pela Capitania dos Portos tinha coragem de olhar para o prédio, que dirá encarar um deles.
Todas essas brincadeiras fazíamos sempre que podíamos ou quando tínhamos as ferramentas em mãos, como era o caso da pedra escondida debaixo da caixa ou no caso da carteira. Agora tinha uma coisa! Se fizéssemos alguma coisa de muito errada, sempre tinha alguém mais velho nos observando e tínhamos que arcar com os prejuízos.
Me lembro que certa vez, estávamos todos reunidos na Esquina de Dona Amélia quando o nosso amigo Zezinho, inventou de tocar fogo na grama seca que existia em um dos vários canteiros que existe até hoje na Praça da Faculdade. O fogo começou a se alastrar, quando de repente o Heitor irmão do Helbert, que estava jogando dominó com uma turma que se reunia todas as noites num quartinho em frente a Praça, onde morava um sapateiro muito conhecido na redondeza, partiu em direção à Praça. ou melhor, mais precisamente em direção ao Zezinho! Pediu então para o nosso amigo apagasse o fogo. Zezinho metido a brabo, abriu suas asas e disse: apague você! Você não é meu pai! O Heitor era uma pessoa que ninguém podia pisar nos seus calos! Era daqueles como diz o matuto: não é flor que se cheire! Ouvindo aquele desaforo, não deu outra! Pegou o Zezinho pelo muque e disse: ah, é! Veremos! E jogou o Zezinho no meio do fogo. A gente do outro lado da Praça, só via o Zezinho pular e sapatear bem ligeiro apagando o fogo!  Na realidade, era um fogo muito baixo e que não ia causar perigo ao Zezinho. O coitado teve de apagar o fogo todinho e o Heitor só soltou ele quando o fogo estava totalmente apagado. Ele então correu ao encontro da turma e quando chegou levou foi uma boa de uma vaia! Era bom demais! Tudo que fazíamos e tudo que vivíamos naquela época era o nosso combustível. Ficou tudo na nossa memória. Lembrar desses maravilhosos momentos é voltar no tempo e lembrar o quanto éramos felizes!

Nicolau Cavalcanti em 05/12/2012

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Bar e Restaurante Kaballa: "Tempos bons que não voltam mais!!!"

Funcionava na Rua Silvério Jorge, no Bairro do Centro. Era uma casa antiga, do tipo chalé, com um alpendre de um dos lados. Existia também um terreno descoberto no mesmo lado do alpendre. Na área coberta existiam várias mesas e era o local onde a turma jovem gostava de ficar. Nesse terreno descoberto , além das mesas, tinha uma espécie de coreto, onde o seu espaço era utilizado como uma extensão do Bar onde haviam algumas mesas e esse local era bastante concorrido pelas pessoas que frequentavam o Bar. Na parte interna do casarão, funcionava o Bar propriamente dito e também o Restaurante. Um ambiente mais discreto! Durante os finais de semana, era lotado. Aliás! Todo o Bar e o Restaurante não dava pra ninguém, de tão cheio que ficava.
No lado oposto do casarão, onde existia o alpendre e o pequeno coreto, existia um terreno muito grande, que fazia parte do imóvel, onde tinham vários pés de mangueiras e amendoeiras, que além de darem bastante sombra praticamente durante todo o dia, era um local bastante ventilado, por ficar bem próximo da praia, e era também um local excelente para se tomar uma cerveja. Pois é! Debaixo dessas frondosas árvores, tinham algumas mesas e que durante o dia, nos finais de semana, pessoas que conheciam e eram amigas do dono do Bar e Restaurante Kaballa, podiam tomar uma cervejinha no local. Me lembro que a nossa turma foi tomar uma "geladinha", nesse lugar. Pense num local Arretado! O acesso para essa área, era feito pelos fundos do imóvel, pela Avenida Juca Nunes. Lá dentro a turma jovem animada, curtia e se divertia ao som nas alturas, que saía dos auto-falantes de algum carro, dos vários que tinham estacionados no local. Era o que não faltava por lá. Boa música! Um bom papo! Era bom demais! Fomos inclusive quando na época tínhamos a mania de juntar a turma que morava aqui em Maceió e aqueles amigos que por algum motivo, moravam em outros estados. Saíamos por aí, relembrando os bons tempos em alguns bares de Maceió, que tínhamos frequentado. Com relação ao Bar e Restaurante Kaballa, fomos algumas vezes com a nossa turma da Esquina de Dona Amelia, e aproveitamos bastante as noites juntos. Com o passar do tempo o "Kaballa", deve ter sido vendido e passou a ser chamado de "Asa Branca". Ambos deixaram muitas saudades. Esse último já foi na época em que já estava casado.

Nicolau Cavalcanti em 03/12/2012

domingo, 2 de dezembro de 2012

Bar e Restaurante "A Maloca": "Coisas de índio? Não! Cardápio de primeira!!!"

O Bar e Restaurante "A Maloca", funcionava ao lado do Posto de Gasolina Jangadeiros, na esquina da Rua Antônio Ferreira Rodrigues e a Rua Desembargador Almeida Guimarães, na Pajuçara, creio que no final dos anos 80. O Bar como o próprio nome já diz, era realmente um grande palhoção em forma de maloca e toda coberto de sapê. Era um Restaurante cujo interior era decorado de forma a dar um aspecto rústico de uma maloca. A palha era bastante utilizada como uma ótima opção para decoração. Frequentado Pela elite maceioense todas as noites e nos também nos finais de semana. Era um dos pontos de encontro de casais, executivos que iam tomar um drinque enquanto tratavam de negócio e de pessoas que iam apenas tomar um aperitivo e curtir o local. Durante o dia também funcionava e muitos turistas procuravam o Restaurante para almoçar. Tinha uma turma da TELASA que gostava muito de frequentar esse Bar e Restaurante. Não me lembro de ter sido frequentador assíduo desse Bar. Se fui, foi participando de alguma confraternização de final de ano que sempre fazíamos com a turma da TELASA.
Quando na época morava na Pajuçara, passava muito pelo local e observava o movimento. Se não estou enganado, "A Maloca" tinha uma iluminação interna indireta que deixava o ambiente muito legal e mais aconchegante.

Nicolau Cavalcanti em 02/12/2012