sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Bares que marcaram época nos anos 60 e 70, próximo a Praça do Pirulito. Alguém lembra? Era bom demais!!!

Alguns Bares próximo a Praça do Pirulito eram famosos nas décadas de 60 e 70 ou até mesmo na década de 80. Era o reduto de pessoas que moravam na redondeza e de pessoas que trabalhavam no comércio e que na volta para casa, e no caminho, davam uma paradinha num desses bares para tomar uma drinque ou uma cervejinha bem gelada e também bater um bom papo com a turma que se reunia nesses locais. Era também o reduto da velha guarda que muitas vezes, lá ficavam olhando o movimento e de vez em quando tomando uma boa lapada de aguardente, conhaque ou outra bebida qualquer e para "lavar a prensa", uma cerveja bem gelada. Os jogos de dominó, como também a porrinha era sempre bem vindos. Nos finais de semana sempre tinha uma boa roda de samba ou então uma boa seresta com a turma da velha guarda.
Era também locais que frequentavam muitas das figuras folclóricas conhecidas no Bairro e até mesmo em Maceió. Uma dessas ilustres figuras, que me lembro muito bem, era o Sr. Oscar Bringué! Uma criatura que andava rondando todos os bares da redondeza. Dificilmente se via esse senhor sóbrio. Era uma pessoa de família e muito legal. Tinha uma grave deficiência na visão e usava um óculos com lentes bem grossas como fundo de garrafa, como se dizia na época. Andava praticamente pelo tato e sempre sozinho. Segundo ele, só conseguia enxergar o vulto das pessoas e das coisas. Mesmo assim andava por todas as "bibocas" de Maceió. A nossa turma conhecia muito ele e sua família. Gostava muito de tomar cada "pileque" da porra! De vez em quando aparecia com o rosto e os braços feridos devido alguma queda que levava. Me lembro de uma certa vez que andou com um dos braços na "tipóia" machucado por uma desses tombos que levava. Mesmo assim não desistia. 
A turma jovem da nossa época, inclusive a nossa, gostava muito de mexer com o coitado. Quando ele tinha o azar de passar pela turma já com "umas boas" na cabeça, bastava só chamar a ilustre figura de "Bringué" e ele já saía bravo, resmungando e esculhambando todos da nossa turma. Mas, o bom mesmo, era ver o velho Oscar, tentando pular um buraco inexistente, que inventávamos: Quando ele passava pela nossa turma, gritávamos: olha o buraco Oscar Bringué! O coitado pela sua séria deficiência na visão, saía procurando o tal buraco com as pontas dos pés e toda a turma ficava de longe, ajudando ele a se livrar do tal obstáculo: "Para esquerda! Mais um pouquinho! Agora sim pode passar!" Quando ele seguia adiante, começávamos a rir e chamar ele pelo seu sobrenome, e ele mais uma vez abria a bocas e soltava o verbo. Sempre que podíamos o ajudava a atravessar uma rua ou em alguma dificuldade que estivesse passando na rua.
A turma jovem da Rua Santa Maria, da Praça do Pirulito, a nossa turma da Esquina da Dona Amélia como também pessoas conhecidas da redondeza, frequentavam todos esses Bares. Nós tínhamos o nosso preferido: A Venda do Seu Luiz. Essa ficou na história!
O Bar Ponto e Vírgula - funcionava na esquina da Praça do Pirulito com a Rua Comendador Teixeira Bastos, no Bairro do Centro, ao lado dos trilhos do trem. Era o reduto da velha guarda da redondeza. Sempre tinha gente tomando uma e muitas das vezes tinha uma turma reunida com alguns violonistas e seresteiros tocando um bom samba ou aquele chorinho.
O Bar Sete Portas - funcionava na esquina da Rua Santa Maria com a Rua Comendador Teixeira Bastos, no Bairro do Centro e era um dos nossos preferidos. Sempre tomávamos a nossa cervejinha por lá com os amigos da Rua Santa Maria, sempre jogando uma boa porrinha. o Seu Oscar Bringué era frequentador assíduo desse Bar.
O Bar do Maurício - funcionava na Praça Praça do Pirulito, ao lado dos trilhos do trem. Segundo lembra o nosso amigo Equinho, o Bar tinha muitos tira-gostos e o mais solicitado era o caranguejo Guaiamum. A filha do dono do Bar, segundo declaração do próprio Érico e também confirmado por todos da turma, inclusive eu, era uma criatura muito bonita e muito bem feita, mas, sempre trabalhava no caixa, por trás do balcão. Era um pena! Tomamos muitas cervejas por lá. O Bar do Maurício, depois passou a funcionar na Rua do Supapo, no Bairro da Levada. O Bar era vizinho a uma barbearia muito frequentada pelas pessoas que moravam na redondeza. Eu mesmo, sempre cortava o meu "parrau" nessa barbearia. Quando passei no vestibular, raspei minha cabeça nessa barbearia. Lamentavelmente não recordo o nome dela.
Na esquina da Rua Xavier de Brito com a Praça do Pirulito. vizinho a casa do nosso amigo Abelardo, existia uma Venda, que não recordo o seu nome e que também servia uma cerveja no ponto e também alguns aperitivos
Na outra esquina da Rua Xavier de Brito com a Praça do Pirulito existia uma casa que num determinado e pequeno período, funcionou um Bar muito suspeito. O movimento era grande durante à noite e tinha muitas mulheres só ou acompanhadas fazendo a alegria de muitos marmanjos que frequentavam o Bar. Eu e meus amigos Beto torreiro e Biu Bomba, baixamos por lá algumas vezes.
Na esquina da Praça do Pirulito com a Av. Siqueira Campos existia a famosa Venda do Seu Luiz. Essa sim! Essa nó conhecíamos muito bem! Foi por muitos e muitos anos, depois que a Venda do Seu Toledo acabou, o nosso ponto de encontro.Na realidade, tudo começou na Venda do seu Toledo e acabou na Venda do Seu Luiz. Tive a oportunidade de escrever algumas linhas sobre essas duas Vendas aqui no meu Blog.

Nicolau Cavalcanti em 15/02/2013

Nenhum comentário:

Postar um comentário