sábado, 29 de setembro de 2012

Bar da Jaqueira: "cuidado com a jaca na cabeça!!!

Funcionava na antiga Rua da Floresta, hoje Rua Fernandes de Barros próximo ao Colégio São José. Aliás! Quando era criança, morei nessa Rua com meus avós e minhas irmãs, do mesmo lado do Bar. Na época era uma rua muito tranquila, onde as famílias viviam em paz com a vida. Me lembro que na esquina dessa Rua com a Rua Melo Moraes, tinha a Venda de Dona Castorina.
O Bar funcionava no quintal de uma casa, e as mesas, na sua maioria, ficavam dispostas embaixo de uma enorme e frondosa jaqueira, que em determinados meses do ano ficava carregada de jaca, daí o seu sugestivo nome. Quando dava na "veneta" e a nossa turma não tinha nada pra fazer, na esquina da Dona Amélia e, já estava cansada de perturbar por lá, durante a semana à noite, íamos todos pra lá tomar algumas "meiotas", que na realidade era a cachaça servida em uma garrafa de refrigerante que correspondia a meia garrafa de cachaça, acompanhada de um prato do tira-gosto mais solicitado e mais famoso do Bar: o tradicional bife de fígado acebolado! Hum! Como era delicioso! Um pouco pimenta e de farinha, para aproveitar a "graxa", não sobrava era nada! Para "lavar a prensa", tomávamos algumas cervejas e voltávamos para a esquina de Dona Amélia, perturbando.
Era um lugar meio suspeito e era frequentado também pelas "mulheres da vidas", Como eram chamadas. Aliás, como já dizia o ditado popular: “a vida só é vivida quando é vivida na vida das mulheres da vida!!!”. Na Rua na época já tinhas várias casas que funcionavam como "inferninhos". Ali era só papo descontraído, cachaça, cerveja, tira e muita zona, comandada pelo Geraldo "Cabeção", Missinho e Equinho e o Laurinho, sem contar com as gaitadas estridentes do Haroldo e do seu irmão do Bebeu. O dono do Bar ficava puto da vida! Era essa a difícil vida que tínhamos!

Nicolau Cavalcanti em 27/09/2012

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