domingo, 29 de julho de 2012

Bar Santa Quitéria: "minha Santa! Quantas recordações!!!"

Localizado na Rua Santo Antonio, em frente à Rua Professor Loureiro, no Bairro da Ponta Grossa. Na entrada, no salão principal, tinha algumas mesas e um balcão onde ficava uma pessoa do Bar que atendia aos clientes. Em cima do balcão, tinha um fiteiro, uma espécie de armário, todo de vidro, onde haviam expostos, vários tira-gostos já prontos, como: Peixe frito, torresmo, ovos cozido colorido, etc... O Bar não era muito freqüentado pela nossa turma, mas Eu, Biu Bomba, Beto Torreiro e Vestibular, todos faziam parte da nossa turma, gostávamos de dá uma passadinha por lá, pra tomar uma cerveja para "lavar a prensa", quando voltava das bandas do Vergel do Lago, onde íamos dar umas voltas, ou de outro lugar qualquer. Às vezes ia sozinho, mas não me sentia muito bem. Ficava muito impaciente. Tomava uma cerveja e me mandava! O Bar tinha vários ambientes, isto é, a sala e quartos eram utilizados como Bar. Era muito freqüentado pelas pessoas que moravam na redondeza e por casais que iam tomar cerveja, ouvir música e claro, namorar. O local era estratégico, pois todo o movimento de pessoas indo e vindo do Vergel do Lago e da Ponta Grossa, passava pela porta do Bar.
Um detalhe muito curioso e no mínimo pitoresco, era o sanitário “unisex”, usado pelos homens e mulheres e que ficava no lado de fora ao lado do Bar e a porta abria para rua. Na maioria das vezes tinha gente esperando na fila pra tirar "a água do joelho", claro, as mulheres tinham prioridade! A noite, mijar não era problema. Mas durante o dia, a coisa pegava: A rua é até hoje um corredor de ônibus e sempre tinha alguns gaiatos que quando passavam de ônibus pelo Bar e tinha gente na fila da "mijada", aí os gaiatos gritavam: "mijão!", "cagão!", vai fazer em casa! E aí repetia o refrão!
Hoje só resta a frente da casa, acredito eu, que o resto do imóvel deve ter sido demolido. As duas portas da frente do Bar, como também a do banheiro, estão todas fechadas com alvenaria muito mal assentada só para tapar os vãos.
Confesso que tudo que fez parte da minha época de adolescência ou mesmo já adulto, sempre que me recordo é como voltasse no tempo e estivesse nesse momento vivendo aqueles bons tempos. São coisas, até sem a mínima importância se contada hoje. Mas, vividas na época, eram muito emocionantes.

Nicolau Cavalcanti em 29/07/2012

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